Será que toda a arte é contemporânea ?

26 Abril 2022, 11:00 Vítor Manuel Guimarães Veríssimo Serrão

Constatamos que a História da Arte é tanto o campo ilustre das produções auráticas como a estrada ínvia da destruição, e esquecimento. É por isso que se torna tão importante estudar os mecanismos fugazes de «apreciação» e «gosto» e afirmar a potencialidade das artes como obras vivas que perduram e põem questões sempre renovadas. É por causa do seu imenso poder impactante (para além das estritas teias da «época») que elas nos atiçam para um olhar estético que é absoluta e permanentemente trans-contemporâneo. É esse olhar que precisa de se reforçar, já que permite, senão apagar, ao menos minorar os actos de iconoclasma e a insustentável miséria de todo o tipo de censura. E, se é possível sonhar, criar pontes mais solidárias entre as pessoas…