(Covid-19) - Feedback a versão final de T2. Preparação de trabalho final.
26 Março 2020, 10:00 • Maria Teresa Correia Casal
Caras/os Estudantes
Espero que continuem bem.
A par do envio do feedback a T2, queria também fazer o ponto da situação, ciente, porém, de que ela é dinâmica.
Tudo indica que não estejam reunidas as condições para voltarmos a ter aulas presenciais este semestre e parece-me razoável organizarmo-nos nesse pressuposto. Gostaria, pois, de vos propor convertermos o exercício de tradução presencial programado para 23 de Março num exercício de tradução individual online, a realizar na próxima quinta-feira, 23 de Abril, no horário da aula (10:00-13:00). Enviar-vos-ei o enunciado às 10:00 e deverão enviar-me as respostas até às 13:00.
À semelhança do que teria sucedido a 12 de Março, poderão consultar dicionários e outras ferramentas, devendo identificar todas as fontes consultadas.
A ponderação dos vários elementos de avaliação manter-se-á tal como planeada no início do semestre.
1. Avaliação:
a. Traduções ao longo do semestre: 20%
b. Tradução individual online a 23 Abril, 10:00-13:00 (substituindo a tradução individual presencial inicialmente marcada para 12 Março e com data sujeita a confirmação por toda a turma): 40%
c. Trabalho final: 40%
2. Tradução para teatro (T3):
a. Texto dramático consiste em:
i. Diálogo (ou monólogo)
ii. Didascálias (indicações cénicas)
b. Teatro e tradução:
i. Traduzir para o palco: ao ser representado (e não apenas lido), o texto dramático integra um sistema semiótico complexo, interagindo com as outras linguagens presentes na encenação, desde a corporalidade e interpretação de actores aos elementos visuais, auditivos e outros presentes em cena;
ii. Questões a considerar: Quais são as implicações de traduzir para o palco? Haverá alguma diferença entre traduzir para a página e traduzir para o palco? Será que a tradução impõe ou prediz uma determinada encenação (por exemplo, precisamos de uma nova tradução de Romeo and Juliet ou de Hamlet se desejarmos encenar estas peças num contexto contemporâneo)? Será que há cuidados específicos na tradução do texto dramático para o palco, como sugerem os conceitos de performativity e speakability, ou a dizibilidade de um texto deve ser um desiderato de qualquer tradução de um texto que se deseje «dizível», designadamente de um texto realista? E ainda, haverá alguma diferença entre traduzir diálogo para o palco ou traduzir diálogo inserido num texto narrativo (conto ou romance)?
iii. Bibliografia a consultar:
1. Phyllis Zatlin, “In Theatrical Translation, There Is No Lack of Conflict”, in Theatrical Translation and Film Adaptation: A Practitioner’s View, 2005, 1-20. (antologia)
2. E, como não podemos ter a programada palestra de Mariana Maurício, recomendo: Mariana F. Maurício, “Pensar sobre a Tradução de Teatro a Partir de The Night of the Iguana, Tennessee Williams e os Artistas Unidos”, dissertação de Mestrado em Tradução, UNovaLisboa, Maio 2018, cap. 3, pp. 80-100 - https://run.unl.pt/handle/10362/51006
(Se tiverem dificuldade em aceder ao repositório, deverão contactar-me.)
Obs.: A tradução do Acto 1, cena 1 de Leaves, de Lucy Caldwell (T3), será facultativa para aqueles que não optaram por este texto para trabalho final, integrando o item de avaliação (a) Traduções ao longo do semestre (20%). É, naturalmente, parte do trabalho de quem optou por este texto para trabalho final.
- Trabalhos finais (TFs)
Os textos escolhidos para TFs foram:
a. T1 – Emilie Pine
b. T3 – Lucy Caldwell
c. T5 – Marina Warner
Convicta de que juntos pensamos melhor e esperando, por isso, que o brainstorming promovido em aula tenha sido enriquecedor para o processo de tradução, depois de receber as versões rascunho dos TFs procurarei promover formas de brainstorming à distância, além de enviar feedback individual.
Lamento, mas nas presentes circunstâncias não me é possível, por razões logísticas, manter aulas em videoconferência, pois tive de me ausentar da minha residência habitual para assegurar o cuidado da minha mãe, que requer acompanhamento permanente. Como o nosso trabalho tem um carácter eminentemente oficinal e felizmente já havia hábitos de trabalho, presenciais e à distância, interiorizados no grupo, perdemos certamente a vivacidade e o prazer da partilha presencial de ideias, mas espero que não se sintam menos acompanhados e que a aprendizagem seja gratificante.