Sumários

O advento do cristianismo.

29 Setembro 2022, 09:30 Angélica Varandas


O advento do cristianismo. O Édito de Milão e a política de Constantino. Eusébio de Cesareia e o princípio da monarquia teocrática.

O Édito de Tessalónica.

A cristianização do eremitismo pagão: o microcosmo monástico e a configuração da sociedade cristã

27 Setembro 2022, 15:30 Rodrigo Furtado


  1. A filosofia pagã dos séculos I-IV d.C.: filosofia e modo de vida.
    1. Pitagóricos; Estóicos; Neo-platónicos: a contemplação do Uno e a fuga ao mundo distractivo;
    2. Ataraxia (tranquilidade); ascetismo (ἄσκησις: treino, exercício do gymnasium); mortificação; purificação; contemplação;
    3. A fuga à cidade; a fuga à política; a fuga ao artifício; a fuga ao mundo material; o eremitismo (ἐρημίτης: o que vive no deserto)/anacoretismo (ἀνακορέω: retirar-se) pagãos.

 

2.     Antão (ca. 251-356).

a.      o controlo de si tão caro aos filósofos: o deserto como o lugar da luta contra as tentações; o controlo do corpo e das paixões;

b.     a atracção: os seguidores do deserto – discipulado, peregrinações e aldeamentos.

 

 

3.     O anacoretismo.

a.      A expansão do modelo de Antão e as comunidades de anacoretas: Pacómio (†348) e a ‘vida comunitária’: o nascimento do cenobitismo.

b.     Jerónimo e o ascetismo em Roma e na Palestina.

c.      O monaquismo episcopal e os precedentes das comunidades de canónigos regulares.

                                               i.     Martinho de Tours; Ambrósio de Milão; Agostinho de Hipona; Isidoro de Sevilha;

O termo "Idade Média".

27 Setembro 2022, 09:30 Angélica Varandas


Discussão em torno do termo "Idade Média" e das balizas temporais deste período.


Ciceronianus e/ou Christianus? ‘Onde estiver o teu tesouro, aí está também o teu coração’.

22 Setembro 2022, 15:30 Rodrigo Furtado


  1. “Revoluções”:
    1. Um Deus que é LOGOS;
    2. A Filosofia Antiga torna-se também uma filosofia prática: Estóicos, Pitagóricos e Neoplatónicos.

 

  1. As devoções imperiais
    1. As devoções particulares: E.g. Heliogábalo (imp. 218-222); Severo Alexandre (imp. 222-235); Aureliano (imp. 270-275); Diocleciano (284-305) e Maximiano (293-305).
    2. Constantino (306-337): as visões de Apolo; o sonho da véspera da ponte Mílvia (batalha: 28 de Outubro): o . A visão: Ἐν τούτ νίκα/in hoc signo uinces.

 

3.     Cristianismo e ambiguidades na época de Constantino (306-337).

    1. O carácter ambíguo das atitudes de Constantino:

                                               i.     a manutenção dos ritos cívicos e os restauros dos templos pagãos

                                              ii.     a manutenção do imperador como pontifex maximus.

                                             iii.     os templos da deusa Thychê e dos Dióscuros em Constantinopla;

b.     O Cristianismo como padrão cultural: ser cristão é ser como o imperador.

 

4.     A vitória do Cristianismo

a.      a proibição aos cristãos de participarem nos ritos e sacrifícios cívicos (321 d.C.);

b.     Edicto de Constante (ou Constâncio II) (341): cesse a superstição e que a insânia dos sacríficos seja abolida  (cod. Theod. 16.10.2): a proibição dos rituais da religio.

c.      Notícias esporádicas de conflito; mas ausência de uma política consequente até à época de Teodósio; mesmo depois, não há uma perseguição massiva;

d.     Teodósio e o edicto de 392: a ilegalidade dos sacrifícios pagãos.

 

5.     As destruições:

Gália: 2,4% templos destruídos;

Norte de África: apenas destruições em Cirene;

Ásia Menor: apenas um exemplo de destruição;

Grécia: apenas um exemplo de destruição (pelos Godos de Alarico);

Itália: apenas um exemplo de destruição;

Britânia: três exemplos de destruição;

Egipto: sete exemplos de destruição;

Síria-Palestina: vinte e um exemplos de destruição

TOTAL: 43 destruições

 

6.     A negligência: A decadência da religiosidade cívica.

“Imaginei na minha cabeça o tipo de procissão que seria, com um homem a ter visões sonho: animais para sacrifícios, libações, refrões em honra do deus, incenso e os jovens da cidade a rodear o santuário, com as suas almas adornadas com toda a santidade e eles próprios vestidos com vestes brancas e esplêndidas. Mas quando entrei no santuário, não encontrei incenso, nem um bolo, nem um animal para sacrifício. Nesse momento fiquei espantado e pensei que ainda estava fora do santuário e que estavam à espera de um sinal meu, dando-me essa honra por eu ser o sumo pontífice. Mas quando comecei a indagar que sacrifício a cidade pretendia oferecer para celebrar a festa anual em honra do deus, o sacerdote respondeu: 'Trouxe comigo da minha casa um ganso como uma oferenda ao deus, mas a cidade desta vez não fez preparativos.” Juliano, Misopogon (sobre o santuário de Apolo em Dafne, perto de Antioquia).

 

7.     Roma/384: uma cidade que deixou de ser capital

a.      o círculo feminino de Jerónimo.

b.     A tradução da Vulgata.

c.      Ciceronianus, non Christianus

 

Jerónimo, Epístola XXII a Eustóquio, 30: ‘Há já muitos anos, embora tivesse, por causa do Reino dos Céus, cortado todas as relações com a minha casa, os meus pais, irmã, parentes e, o que é mais penoso do que isto, com o hábito dos lautos banquetes [...], não podia passar sem a biblioteca que coligira para mim, em Roma, com grande zelo e trabalho. Assim eu, infeliz, antes de ler Cícero, jejuava. Depois das ininterruptas vigílias nocturnas [...], tomava Plauto nas minhas mãos. Se porventura, caindo em mim, começava a ler um profeta, a linguagem rude horrorizava-me [...].

Quase a meio da Quaresma, uma febre, infundida nas minhas entranhas mais recônditas, invadiu o meu corpo esgotado e, sem qualquer descanso [...], devorou os meus infelizes membros ao ponto de eu mal permanecer preso aos meus ossos. [...] De repente, arrebatado em espírito, sou arrastado até ao tribunal do Juiz, onde era tanta a luz e tanto o brilho oriundos do esplendor dos que se encontravam de pé ao meu redor, que, lançado por terra, não ousava olhar para cima. Interrogado acerca da minha condição, respondi que era Cristão. Mas aquele que presidia disse: «Mentes. És Ciceroniano, não Cristão; «onde estiver o teu tesouro, aí está também o teu coração» [Mat. 6, 21].

                  Calei-me de imediato e, entre vergastadas – efectivamente, tinha ordenado que eu fosse flagelado – era ainda mais torturado pelo fogo da minha consciência, reflectindo para comigo naquele versículo, ‘no inferno porém, quem te louvará?’ [Ps. 6, 6b]. Comecei então a gritar e a dizer entre lamentos: ‘Tem piedade de mim, Senhor, tem piedade de mim’ [Ps. 56, 2]. [...] Fui libertado, voltei à superfície e, perante a admiração de todos, abro os olhos, inundados por uma tamanha chuva de lágrimas que convenciam da minha dor os incrédulos. [...] A partir de então li os livros divinos com um empenho maior do que aquele com que antes tinha lido os livros dos mortais.



8.  Tradição literária e novos conteúdos : pseudomorfose cultural.

                                               i.     A oratória clássica ao serviço da religião: João Cristóstomo;

                                              ii.     Juvenco e os Euangelii libri.

Medievalismo.

22 Setembro 2022, 09:30 Angélica Varandas


O século XIX: Romantismo e medievalismo.

Medievalismo, neo-medievalismo e cultura popular. Discussão do capítulo "The Return of the Middle Ages" de Umberto Eco.