Sumários

"Douro, Faina Fluvial" (Manoel de Oliveira, 1931) e a tradição modernista da "City Simphony"

25 Fevereiro 2016, 12:00 Mário Jorge Torres Silva

Visionamento comentado de Douro, Faina Fluvial (Manoel de Oliveira, 1931):


"Maria do Mar" e as matrizes futuras do cinema português

23 Fevereiro 2016, 12:00 Mário Jorge Torres Silva

Conclusão do visionamento comentado de Maria do Mar (Leitão de Barros, 1930): as variações ficcionais sobre as rivalidades familiares de Romeu e Julieta de William Shakespeare, mas também sobre Amor de Perdição de Camilo Castelo Branco; os modos de integração da intriga amorosa na visualização complexa de uma Nazaré entre a mitografia folclórica e uma certa antropologia dos costumes; os tropos do filme de mar - naufrágios, coscuvilhices, trajos e interiores estereotipados, mercados, lutas de mulheres; sinos a rebate, funerais, a estilização das redes de pesca; o contexto da festa no filme, abrindo inclusive para a comédia salazarista, com marchas à fulambó, balões, procissões, ranchos folclóricos ou cantigas; a especificidade de um universo representativo português e as influências de um cineasta modernista de profunda cultura cinematográfica, assimilada a um imaginário próprio - as sombras do Expressionismo Alemão, os grandes planos e a montagem do Formalismo Soviético, a visão do mar inspirada pela vanguarda francesa, sobretudo Jean Epstein; a importância da liberdade de fazer um filme mudo, fora de tempo, sem grandes condicionalismos orçamentais; o final conciliador e a força dramática de objecto estético, pensado como tal, num momento em que o Cinema Português se inscrevia numa estratégia vanguardista e artística europeia.


Leitão de Barros e o Modernismo cinematográfico porttuguês

18 Fevereiro 2016, 12:00 Mário Jorge Torres Silva

A relevância de Leitão de Barros no final do chamado Cinema Mudo: a relação entre documentário e ficção; o cineasta, o pintor e o jornalista; das primeiras comédias curtas ao imaginário da Nazaré, aproveitando o tipicismo e a paisagem.

Início do visionamento comentado de Maria do Mar (1930): a problemática do cinema mudo e o acrescento, por vezes aleatório de bandas sonoras, sem controlo do cineasta; a dramatização da acção e o uso de actores com distintas formações e de de proveniências diversas - dos teatrais Alves da Cunha ou Adelina Abranches aos cinematográficos Oliveira Martins ou Rosa Maria; o início cubista do filme, sobrepondo o casario; a sequência do naufrágio e o seu valor dramático; o erotismo e a sequência da salvação da protagonista; o uso do folclorismo nazareno como imagem de marca que irá prolongar-se na cultura nacional, de Os Pescadores de Raúl Brandão ao neo-realismo de Alves Redol e Manuel Guimarães; a filmagem do mar e dos barcos, enquanto fundo documental e traço estilístico; os intertítulos e a sua função explicativa ou substitutiva; problemas de restauro e as razões da utilização de uma cópia (a única disponível em suporte vídeo) com deficiente definição de imagem e com cortes devido ao desenquadramento.


Apresentação

16 Fevereiro 2016, 12:00 Mário Jorge Torres Silva

Apresentação e discussão do programa da cadeira. Marcação das datas da avaliação.

Breve introdução histórica ao Cinema Português: a importância do Modernismo na fase transitória da passagem do Cinema Mudo para o Cinema Sonoro (1929-1933).