Canto V, estrofes 37-60: a organização do texto e o valor de uma pergunta; "parecer" e "aparecer"; os nomes e a percepção do mundo.

O Adamastor como projecção subjectiva do medo; a importância do "impulso gnoseoógico".

A auto-definição de Adamastor: a transformação do conhecimento e o lugar dos auctores.

Camões, contemporâneo de Pedro Nunes: a tradução do Tratado da Esfera e a revisão do saber dos Antigos.

Retoma do trabalho da aula anterior: o canto V d' Os Lusíadas e o género do roteiro; Camões, leitor de Pompónio Mela?

"Ver claramente visto": a descrição de "segredos" de Natura. Verdade e verosimilhança: conceitos em tensão.

Uma questão epistemológica: caminhos do conhecimento; o saber empírico dos "rudos marinheiros" e a "ciência" dos que "tem juízos mais inteiros"; potencialidades e limites; uma proposta de síntese; a relação entre Antigos e Modernos.

Descrever lugares - uma prática sem eloquência? Reflexão a propósito do início de De Chorographia, de Pompónio Mela.

O roteiro como género discursivo; seu desenvolvimento no século XVI.

O caso do Roteiro de D. João de Castro: reconhecimento de traços característicos; comentários de passos vários.

Os Lusíadas: o poema épico de Camões e a assimilação de um género como o roteiro.

O conceito de sistema poético, segundo Itamar Even-Zohar. Possibilidades de aplicação ao estudo da poética renascentista.

Formas de "interdependência": relações dinâmicas entre autores, obras, códigos, público, agentes de difusão e promoção literária. A centralidade do género épico no sistema poético.

A expectativa sobre o género épico: exploração de textos (Valentim Fernandes, Diogo Velho da Chancelaria, António Ferreira).

Antigos e modernos: encontros e tensões.

O poema épico no século XVI: teorização e prática.

Os Lusíadas em contexto. Camões: o poeta e suas escolhas.