O problema da irracionalidade no mundo da corte: desconcerto e injustiça.

Saber viver, saber simular e dissimular: o cortesão como "artista" e "actor". Cálculo e acomodação. Comparação de passos dos livros I e II da obra de Castiglione.

"Self-fashioning" (cf. S. Greenblatt): o conceito e sua aplicação em O livro do cortesão.

A arquitectura da obra de Castiglione: os livros de O livro do cortesão.

O livro II e o valor atribuído às "circunstâncias" da prática cortesã. A sombra de Momo.

Sinais de pessimismo antropológico. "Innata malignità"? 

A construção de uma imagem. Ser e parecer.

Retoma de tópicos aflorados na aula anterior: o retrato de Federico e Guidubaldo da Montefeltro por J. de Gand ou P. Berruguete (a conciliação de armas e letras); a livraria como tesouro; formas de projecção simbólica de poder; a corte como centro político e cultural.

"Formare con parole un perfetto cortegiano": o jogo cortesão e o jogo da escrita; o conceito de "sprezzatura" e o valor da "imitação artificiosa da natureza".

Imitar: a relação com modelos; Castiglione vs Bembo?

O cortesão e o domínio das artes liberais e dos studia humanitatis.

A dedicatória a D. Miguel da Silva: reconhecimento de questões nucleares em Il libro del Cortegiano.

O diálogo como género: "ao jeito de muitos antigos", "como nas escolas de filosofia". "Diálogo" e "colóquio": elementos para uma possível distinção.

Urbino: uma "città in forma di pallazzo"; a corte e o mundo, "uma concatenata contrarietà".

O "jogo" do diálogo e o conceito de "sprezzatura": "formare con parole un perfetto cortegiano"; modelos e imitação.

Baltasar Castiglione: elementos para uma contextualização do autor e da sua obra.

Il libro del cortegiano: as suas primeiras edições; a (singular) dedicatória a D. Miguel da Silva.