Sumários

aula 6

9 Novembro 2016, 16:00 Ivo José de Castro

1. Trabalhos de seminário

2. A galáxia Gutenberg [Marshall McLuhan, The Gutenberg Galaxy, 1962]

- as três idades do livro impresso: manual, mecânica, digital (a metáfora de M.Mc. não previu a terceira)

- a tipografia manual produz eds. à peça (há que provar que dois exs. são idênticos); as outras produzem séries de exs. idênticos.

- dois tipos de revisão: revisão do original (conteúdo, expressão e forma); revisão de provas tipográficas (cotejo original-prova).

(mais sobre isto na próxima aula)


aula 5

2 Novembro 2016, 16:00 Ivo José de Castro

1. Trabalhos de seminário.

- As eds. póstumas de Leite de Vasconcelos.

- A questão bíblica.

- Variantes autorais de Camilo.

- Mss. científicos ports.

- Filologia moderna baiana.

2. Continuação da aula anterior:

- G. Pasquali e a crítica neo-lachmanniana: os problemas da recensão aberta e da contaminação.

-


aula 4

26 Outubro 2016, 16:00 Ivo José de Castro

1. Comentários à bibliografia, integrados na história da disciplina:

1. Kristeller Lachmann: uma apresentação distanciada do método atribuído a Lach. Para visão geral actualizada, p. ex. Timpanaro.

audio - https://player.fm/series/rare-book-school-lectures/kristeller-paul-oskar-the-lachmann-method-merits-and-limitations-18-july-1984

2. Bédier Lai 1928 (repr.1970): este é o texto clássico de Bédier, que antes tinha editado o Lai de l’Ombre duas vezes (1890, 1913) em modo lachmanniano.

3. Maas Textkritik 1927: o método de Lachmann condensado, Leipzig 1927 (1950, 1957, 1960), trad. ital. Firenze 1952, trad. inglesa Oxford 1958.

continuadores H. Fraenkel, Testo critico e critica del testo, Firenze 1969; D’Arco Silvio Avalle: Principî di Critica Testuale, Padova 1972;

Alberto Blecua: Manual de Crítica Textual, Madrid 1983.

recensão  G. Contini, Storia della tradizione e critica del testo, Firenze 1934, fonte da crítica neo-lachmanniana

4. Várvaro. CT neolachm

5. Vinaver princ. textual emendation: discípulo de Bédier. Se a emenda era baseada na comparação de lições variantes, como emendar quando se edita um ms. único?

6. Roncaglia: neo-lachm

7. Fourquet- erros comuns – revisão de Bédier

8. discrepancias_filologicas_transatlanticas: faits divers, à custa da tardia CT espanhola

9. Camilo tipologia das emendas: sistematização da variante autoral.

2. Conceitos básicos de CT (3):

1. Conceito: A edição de texto pode ser definida como escrita2 realizada sobre escrita1, em modo reprodutivo.

2. Fases da escrita: autorais (generativa, de escrita1, e transformacional, de leitura e reescrita) e reprodutiva (escrita2).

3. Tipologia das operações de reescrita : Estas operações são próprias da escrita1 (quando voluntárias) e produzem emendas autorais, mas também da escrita2 (involuntárias), produzindo erros de cópia.

4. Emendas autorais: imediata e mediata.

5. Tipos de edição de texto (escrita2)

a. Edição facsimilar: reprodução em imagem de um suporte textual individual e identificado, sem intervenções editoriais

b. Edição diplomática: reproduz em tipografia moderna o texto de um suporte individual, com um mínimo de intervenções editoriais, que devem ser identificadas

c. Edição crítica:

(CT1) de cópia: reconstitui na medida do possível esse original, com base nos testemunhos dele descendentes; conserva as invariantes dos testemunhos; opta entre as suas variantes

(CT2) de original presente:

a. original único: reproduz diplomaticamente esse suporte

b. originais múltiplos: reconstitui a génese da escrita e reproduz o original mais recente.


aula 3

19 Outubro 2016, 16:00 Ivo José de Castro

1. Tema para discussão: o conceito de variante varia conforme é encarado no eixo das sincronias ou no eixo das diacronias.

Variante é termo polissémico: 1.º  no plano da CT de cópias, em que se opõem lições sucessivamt. criadas pela transmissão, é “variante da tradição”, termo preferível a “erro de cópia”. 2.º no plano da CT de originais, é “variante autoral” e usa-se para duas realidades difs.: a “var. mediata” surge na reescrita de revisão e opõe lições diacronicamt. distintas; a “var. imediata” pertence ao processo de escrita original do texto. A var. autoral situa-se sempre no eixo das diacronias; a var. da tradição alinha sincronicamt. com as suas alternativas, procurando o crítico descobrir uma diacronia que as distinga.

2. Conceitos básicos de CT (2):

‒ Duas CT: a) da cópia (tradicional); b) do original (moderna). Seus processos: afinidades e diferenças. Em comum, recensão, colação e, em parte, estabelecimento do texto. Em contraste, estemática/reconstituição da génese e aparato crítico/genético.

3. Terminologia. Bibliografia a enviar por dropbox.

4. Discussão sobre trabalhos de seminário.


AULA 2

12 Outubro 2016, 16:00 Ivo José de Castro

Conceitos básicos de CT:

1. Texto e variação. Só o texto único é isento de variantes originais (mas não de adquiridas). A multiplicação de textos é a principal fonte de variantes, em geral da responsabilidade do editor.

2. Mas também há variantes devidas ao autor: a) variantes autorais introduzidas no processo de transmissão entre edições; b) variantes autorais integradas no processo de criação original.

3. Estas são de dois tipos: mediatas, ocorrendo durante revisões parciais do texto não-concluído; imediatas, parte integrante do processo criativo original, antes de escrito texto para a direita.

4. Sobre estes materiais de natureza diferenciada assenta a separação entre as duas CT (próxima aula).

Trabalhos de seminário – esboço de abordagem. Os trabalhos são individuais, os temas são propostos pelos alunos, a execução é acompanhada, entrega em Janeiro.