Sumários
Relações Europa-China: Ambivalências e Constantes Transtemporais
16 Maio 2017, 10:00 • Luís Filipe Sousa Barreto
Aula 23
Elementos de passado, vindos do século XVI ao século XVIII, no presente relacionamento do século XXI entre as Europas e a China: a cultura material chinesa, a China como espelho, mecanismos de Sinofilia, (Proto)Sinologia, Sinofobia.
Dos europeus dos mares da China à China nos mercados, cortes, consumos europeus e Atlântico. O inventário das manufacturas mais consumidas e a formação de conhecimentos mútuos. O Xi Rue/”conhecimento Ocidental” e a representação por Xu Guangqi (1562-1633) de M. Ricci como um letrado tributário ao serviço do Imperador da China. O chinesar/chinoiserie na Europa e a China ambivalente (moderna/antiga; civilizada/bárbara; luz e sombra). O impacte Europeu nas relações internacionais do sistema tributário: adjuvante de deterioração e também de manutenção.
Japão – Europa: Processos de relacionamento (sécs. XVI-XXI)
11 Maio 2017, 10:00 • Luís Filipe Sousa Barreto
Aula 22
1.Japão –Europa, séc. XVI: Do ‘Cipango’ ao conhecimento empírico do Japão: circulação de informação nas redes mercantis e missionárias. O Japão de Nobunaga e Hideyoshi: o processo de unificação e o contacto com diversos modelos de presença europeia.
2.O Shogunato Tokugawa (sécs. XVII-XIX): O ‘sakoku’ e a formação de uma identidade japonesa. De Shimabara a Deshima: entre a Europa ‘ameaçadora’ e a Europa ‘necessária’
3. Restauração Meiji (1868) e a construção do Estado Imperial (1868-1945). Sistemas políticos ocidentais/europeus na modernização do Japão. Os modelos imperiais europeus na afirmação do Estado/Nação japonês. A ideologia ‘kokutai’
4. Japão e Globalização (1945-séc. XXI). Japão e Europa no contexto da ‘Guerra Fria’. Convergências e distanciamento do modelo de desenvolvimento neo-liberal. Reconversões do sistema económico: o Japão ‘soft power’ e os desafios da globalização.
Bibliografia
Jean-Marie Bouissou (ed.), Le Japon Contemporain, Paris, Fayard/Ceri, 2007
S. N. Eisenstadt, Japanese Civilization: A Comparative View, Chicago/Londres, The University of Chicago Press, 1996
Bert Edstrom (ed.), The Japanese and Europe: Images and Perceptions, Surrey, Japan Library, 2000
Ikuhiko Hata, Hirohito, The Shôwa Emperor in War and Peace, Kent. Global Oriental, 2007
Marie Conte-Helm, The Japanese and Europe: Economic and Cultural Encounters, Londres, Athlone, 1996
Yutaka Hibino, Nippon Shindo Ron. The National Ideals of the Japanese People, Cambridge, CUP, 1928 (ed. 2103)
David L. Howell, Geographies of Identity in Nineteenth Century Japan, Berkeley/Los Angeles/Londres, University of California Press, 2005
Donald F. Lach, Asia in the Making of Europe, Vol. I, Chicago, The University of Chicago Press, 1965.
Donald F. Lach, Japan in The Eyes of Europe. The Sixteenth Century, 2ª edição, Chicago, The University of Chicago Press, 1968.
Tessa Morris-Suzuki, A History of Japanese Economic Thought, Londres/Nova York, Routledge, 1989
Tessa Morris-Suzuki, Re-inventing Japan: Time, Space, Nation, Armonk, Nova York, M. E. Sharpe, 1998
Hajime Nakamura, Ways of Thinking of Eastern Peoples: India-China-Tibet-Japan, Honolulu, University of Hawaii Press, 1964
Yoshiko Nozaki, War Memory, Nationalism and Education in Post-War Japan, 1945-2007, Londres/Nova York, Routledge, 2008
Edwin O. Reischauer e Albert M. Craig, Japan: Tradition and Transformation, ed. rev., Boston, Houghton Mifflin, 1989
George Sansom, A History of Japan, 9ª edição, Boston/Rutland/Vermont/Tóquio, Tuttle Publishing, 2000
G. B. Sansom, The Western World and Japan: A Study in the Interaction of European and Asiatic Cultures, Tóquio, Tuttle, 1987
Pierre-François Souyri, Nouvelle Histoire du Japon, Paris, Japan Foundatio/Perrin, 2010
Michiko Tanaka, História del Pensamiento Político en Japón, México,D.F., El Colégio de México, 1987
Elise K. Tipton (ed.), Modern Japan. A Social and Political History, Londres/Nova York, Routledge, 2002
Motoyama Yukihiko, Proliferating Talent. Essays on Politics, Thought and Education in the Meiji Era, Honululu, University of Hawai’i Press, 1997
Relações Europa-China no Século XVI
9 Maio 2017, 10:00 • Luís Filipe Sousa Barreto
Aula 21
As características chave das relações eurasiáticas (processuais, multilaterais, mútuas em desigual aculturação, hierárquicas, heterogéneas) e eventos, indivíduos, grupos e instituições em conexão na primeira metade do século XVI.
Os andamentos chave no início do relacionamento: 1509-1512; 1513-1516; 1517-1522; 1523-1528; 1529-1549; 1550-1555. Os anos de 1555-1557 como um qualitativo ponto de viragem com a emergência de Macau, plataforma chave até ao século XIX.
Características chave em cada andamento e a grande transformação a partir dos anos de 1543 com o “pagar direitos” alfandegários às autoridades chinesas. Articulações comércio-cultura na ética neoconfuciana e nas implicações jesuítas/mercadores. A junção dos dois grandes espaços mercantis e o papel internacional do Fujian/deusa Mazu-Ama. A multiplicidade e o crescimento dos parceiros, parcerias, produtos e lucros em jogo: a necessidade de um ponto de encontro comum a todos os interesses e a fórmula Macau. Bloqueamentos e desenvolvimentos nas metamorfoses passado-presente.
Na Busca de Relações Diplomáticas/Oficiais com a China Ming
4 Maio 2017, 10:00 • Luís Filipe Sousa Barreto
Aula 20
Malaca, “na obediência da China” (Tomé Pires) com função de fronteira múltipla: do Indico/India à China, do privado e público chineses, das províncias de Guangdong/Fujian, dos chineses ultramarinos e islâmicos. A multifuncionalidade de Malaca no horizonte português de 1509, 1511, 1513 a 1515-1517. A Embaixada (de Portugal) tributária à China de Fernão Peres de Andrade/Tomé Pires, dados informativos e cronológicos. Do falhanço político-diplomático ao sucesso comercial. As informações de G. Empoli e as múltiplas e contraditórias dimensões em jogo. Da impossibilidade do Código Internacional Ming contemplar os objectivos portugueses/europeus. Comércio internacional, posições hegemónicas e tentativas militares: as relações diplomáticas/ oficiais de 1517 a 1522.
Bibliografia citada:
Barreto, Luis Filipe – Macau: Poder e Saber- séculos XVI e XVII, Lisboa, Presença, 2006, p. 35-68 e p. 230-242.
O Emergir das Relações Europa-China
2 Maio 2017, 10:00 • Luís Filipe Sousa Barreto
Aula 19
A transformação como também herança e alguma repetição. A presença intraasiática nas relações eurasiáticas. Lisboa (1499-1502) e o desaguar de porcelana e informação a partir do Indico/Kerala-Reino de Ernad/Calecute. A conjuntura internacional asiática do século XIII ao século XV. (China, Indico, Pérsia). As expedições de Zheng He/1405-1433 e Calecute. Lisboa, as cartas de Sernigi /1499 e o Planisfério anónimo adquirido por A. de Cantino/1502. De Calecute a Malaca, da informação à posição a partir de 1509. As portas da China em diáspora marítimo-mercantil e a fronteira múltipla de Malaca. O acelarador das exportações chinesas e o acumular de conhecimentos. Alguns dados sobre Tomé Pires e a Suma Oriental. Lisboa Atlântica porto do Indico/Mares do Sul, Calecute-Malaca e o (a)fluir de China. Parceiras e concorrências: Veneza, Florença, Roma, Antuérpia. A condição multilateral, heterógena, assimétrica das relações internacionais e transculturais. O estudo analítico de caso específico e especializado como base firme de modelos mais gerais/globais.