Sumários

Apresentação do Tema

19 Fevereiro 2018, 12:00 Adriana Veríssimo Serrão

FILOSOFIA DO AMOR 2017-2018

45 TP

Prof.ª Adriana Veríssimo Serrão

adrianaserrao@fl.ul.pt

adrianaserrao@letras.ulisboa.pt

  

O curso propõe o estudo de algumas teorias filosóficas representativas do tratamento do amor.

Inicia com as concepções clássicas que integram o amor (e a amizade) na esfera da metafísica e da ética, prossegue com concepções marcadamente antropológicas e finaliza com intersecções entre filosofia e sociologia. O confronto entre o primado do amor, ou do conflito, como traço mais de­ter­­mi­nante do ser‑humano permitirá uma reflexão em torno dos principais mo­delos da fun­da­­­men­ta­ção antropo­lógica: essência, natureza, existência ou con­dição.

 

1. Platão. Eros e a metafísica da beleza.

2. Aristóteles. Philia, a amizade como virtude prática.

3. Hobbes. Amor‑apetite e ama­bili­dade.

4. Feuerbach. As gra­dações do amor: vínculo universal, expressão do sentimento e relação interpessoal.

5. Nietzsche. A crítica da compaixão no âmbito do ressentimento, da má‑consciência e da ascese.

6. Simmel. O amor entre sociologia e metafísica.

7. Sartre. A perseguição reiterada e nunca con­sumada da re­lação.

8. Camus. A trans­mutação do iso­la­mento em soli­dariedade.

9. Zygmunt Bauman: a dissolução contemporânea dos vínculos.

 

 

Textos de trabalho / Plano de Leituras Obrigatórias

PLATÃO: Fedro;

/ 1.º Discurso de Sócrates (237a-243e). 2.º Discurso de Sócrates (244a-249b). Eros e Beleza (249b-252b).

 

ARISTÓTELES: Ética a Nicómaco;

/ Livros VIII e IX (sobre a Amizade).

 

HOBBES: Leviathan;

/ I. Da sensação. II. Da imaginação. III. Da consequência ou cadeia de imaginações. VI. Da origem interna dos movimentos voluntários vulgarmente chamados paixões; e da linguagem que os exprime. XIII. Da condição natural da humanidade relativamente à sua felicidade e miséria.

 

Ludwig FEUERBACH: A Essência do Cristianismo; Princípios da filosofia do futuro;

A Essência do Cristianismo, Segunda Parte: “A contradição da fé e do amor”. Princípios da filosofia do futuro §§22 e ss.

 

Friedrich NIETZSCHE: Para a Genealogia da Moral;

/ Terceiro Ensaio: Que significam os ideais ascéticos?

 

Georg SIMMEL: Fragmento sobre o Amor e Outros Textos;

/ “Fragmento sobre o Amor”; “Excurso sobre o Eros platónico e o Eros moderno”;

 

Jean‑Paul SARTRE: O ser e o nada;

Terceira Parte, Cap. III “As relações concretas com outrem”.

 

Albert CAMUS: O homem revoltado;

I. “O homem revoltado”.

 

Zygmunt BAUMAN: Amor líquido.

/ 1. Enamorar-se e desenamorar-se. 3. Sobre a dificuldade de amar o próximo.

 

 

A avaliação será cumulativa, dependendo a classificação do nível de conhecimentos atingido. Todos os elementos serão objecto de preparação e discussão com a docente em horas de recepção. A classificação final é ponderada em função das classificações obtidas nos seguintes elementos:

1. Um exercício escrito na aula, na primeira aula de Maio (3 de Maio).

2. Um ensaio sobre um tópico da matéria (4 pp.), a entregar na última aula do semestre / facultativamente pode ser precedido de uma apresentação oral na aula .

3. Uma prova oral (incide sobre 1. e 2. e sobre as Leituras Obrigatórias.

 

Critérios de avaliação: acompanhamento regular da matéria e participação activa no trabalho da aula, designadamente, na leitura e comentário dos Textos de trabalho / Plano de Leituras Obrigatórias; maturidade reflexiva, clareza e correcção da expressão oral e escrita; organização formal do ensaio.

 

 

Próxima aula:

PLATÃO: Fedro;

/ 1.º Discurso de Sócrates (237a-243e). 2.º Discurso de Sócrates (244ª-249b). Eros e Beleza (249b-252b)

Georg SIMMEL: Fragmento sobre o Amor; “ Excurso sobre o Eros platónico e o Eros moderno”, pp. 105-113.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1. Metodologia expositiva: enquadramento teórico e apresentação da matéria.

2. Comentário e interpretação de textos seleccionados.

3. Iniciação na prática argumentativa.

 

A frequência desta nesta unidade curricular deve permitir a alunos recém-chegados ao ensino superior o contacto com níveis de estudo muito rigorosos, desde a leitura e interpretação de textos filosóficos à prática de escrita. As metodologias de ensino enunciadas em 8. são as ajustadas a este nível de iniciação.

Elas concorrem, em articulação, para cumprir os seguintes parâmetros:

a) conhecimento bem fundado das matérias expostas;

b) aquisição de competências no uso dos conceitos e da terminologia própria da disciplina;

c) leitura e interpretação de textos seleccionados;

d) capacidade de expor um tema e defender um ponto de vista;

e) exercício do pensar crítico e de práticas argumentativas.

f) elaboração, com autonomia e responsabilidade, de relatórios e ensaios.