Sumários

Os espaços socializados dos mundos africanos “antigos". Os grandes pontos de viragem do processo histórico africano.

13 Outubro 2022, 09:30 José Augusto Nunes da Silva Horta


1. As cadeias de sociedades  englobantes e englobadas e os espaços socializados  dos mundos africanos “antigos". 

- Os espaços de trocas — espaços hierarquizados de apropriação da produção, controle da circulação e de consumo (conclusão); lógicas comerciais africanas e signos monetários. 

- Espaços estatais, políticos e guerreiros — a natureza do poder político, poder sobre pessoas e não sobre terra sujeita a fronteiras; a dinâmica histórica de agregação, desagregação e nova agregação sucessivas entre estados, chefados e sociedades linhageiras (semelhante a fenómenos de diástole e sístole); relações tributárias, predatórias e deslocações de população. 

- Espaços linguísticos —tipos de línguas e tipologia de áreas linguísticas; relação dessas áreas com a composição e decomposição de espaços políticos, de trocas e 

- Espaços religiosos. 

- Mutações étnicas e os sistemas de classificação identitária "pré-coloniais" — escolhas identitárias e grupos categoriais relacionados com as cadeias de sociedades: a classificação identitária e a sua apropriação pelos actores sociais como o resultado de um jogo de forças; o valor performativo do "etnónimo" e a pluralidade dos seus significados; a identidade: um estado, consoante os contextos, e não uma essência cultural.

As transformações identitárias e um determinado modelo de visão étnica como invenção colonial. 

Comentário à segunda parte do capítulo de J.-L. Amselle, "Etnias e espaços...". 


2. Os grandes pontos de viragem do processo histórico africano e seus contextos regionais. Início do comentário a um capítulo de John Akare Aden e John Hanson.


Aula prática em torno da análise de uma fonte histórica

11 Outubro 2022, 09:30 José Augusto Nunes da Silva Horta


Aula prática em torno da análise de uma fonte histórica sobre a Senegâmbia: leitura e interpretação de excertos do Tratado Breve dos Rios de Guiné de André Álvares de Almada.


A desconstrução do objecto étnico

6 Outubro 2022, 09:30 José Augusto Nunes da Silva Horta


Os condicionamentos epistemológicos da produção do conhecimento sobre o continente africano (conclusão). A desconstrução do objecto étnico.

Os conceitos herdados de outras disciplinas interpelados na sua operatividade para a História de África:  a desconstrução do objecto étnico da Antropologia  colonial. Os denominadores comuns das definições de "tribo" e "etnia" e a revisão desta concepção fixista e fechada a outras interacções por algumas definições mais abertas da corrente dinamista da Antropologia. Afinal: a identidade que se designa por "étnica" é uma invenção colonial ou antes foi a sua rigidificação que foi inventada?

Comentário a excertos de Elikia M’Bokolo e Jean-Loup Amselle em Pelos Meandros da Etnia.

 

Metodologia de análise de uma fonte para a História de África.

4 Outubro 2022, 09:30 José Augusto Nunes da Silva Horta


1. Metodologia de análise de uma fonte para a História de África.

Metodologia de análise de uma fonte histórica para a História de África. Explicação do esquema/estrutura para a elaboração do trabalho final.
Consultar no E-Learning: 

— no Tópico 1,  "Esquema para o trabalho de comentário de fonte histórica"

— no Tópico 2, André Álvares de Almada, Tratado Breve - II

Ficheiro 


2. Confronto da perspectivas de Parker e Rathbone,  académica, e da perspectiva do senso comum dominante do artigo de jornal "Elas querem Pôr as tribos de Angola na moda", baseado numa visão redutora e estereotipada sobre as sociedades africanas.

Eurocentrismo versus Relativismo. Diversidade e unidade das sociedades africanas.

29 Setembro 2022, 09:30 José Augusto Nunes da Silva Horta



1. Conclusão do comentário ao texto de V. Y. Mudimbe. A pobreza de uma abordagem eurocêntrica e evolucionista contraposta às vantagens analíticas do relativismo. 

2. Africanos: diversidade e unidade. Comentário ao texto de John Parker e Richard Rathbone.
— Diversidade linguística, cultural e política. Uma definição de "africano" de carácter histórico é necessariamente ampla.
— Unidade: desmontar a ideia de "africanidade", de um "povo" unitário não é desvalorizar a sua importância intelectual, quer na perspetiva europeia, quer na perspectiva africana. A "unidade africana" enquanto construção ideológica não substitui a História.
— Identidade: fluida e multifacetada. As identidades são construídas pela acção humana e transformam-se.
— A errada fusão de múltiplas identidades no conceito de "tribo".