Sumários

A problemática da auto-representação: questões teóricas e estudos de caso (continuação)

8 Outubro 2015, 16:00 Ricardo Gil Soeiro

Continuação do estudo sobre a problemática da auto-representação. Breve comentário crítico sobre o artigo “O Secreto e o Real – Caminhos Contemporâneos da Autobiografia e dos Escritos Intimistas”, da autoria da Professora Paula Morão: a relação entre o Eu e o Mundo, a impureza e a complexidade que caracterizam o objecto literário, em geral, e as diversas modalidades dos escritos intimistas, em particular, a aporia da linguagem. Estudo de caso: os auto-retratos. A importância do rosto, a dialéctica da identidade e da alteridade. O auto-retrato enquanto auto-revelação e auto-análise. Transparência vs. opacidade. Análise concreta de alguns auto-retratos: A. Dürer, Rembrandt, Van Gogh, M. C. Escher, Giorgio di Chirico, Francis Bacon, Johannes Gumpp. A impossibilidade do auto-retrato e o jogo representacional dos múltiplos olhares. A experiência especular e o descentramento do Eu: o Eu como um Outro. 


Literatura Comparada: questões e problemas (conclusão) e Início do estudo da temática da auto-representação

6 Outubro 2015, 16:00 Ricardo Gil Soeiro

Conclusão do comentário crítico dos ensaios “Campos de indagação comparatista” e “Comparação e literatura”, de Helena Buescu (2001):  os campos específicos de reflexão comparatista na actualidade; o comparatismo como “saber de fronteira”; a indagação comparatista assume um carácter provisional e revisionista; a tensional oscilação entre formas de globalização e manifestações de localização. A importância e a centralidade da comparação enquanto instrumento operativo; o conceito de “interviagem” e a questionação fronteiriça (própria do comparatismo); Guillén e a temporalidade intermitente (a questão do cânone). Síntese das questões suscitadas pelos ensaios incluídos no volume Entro lo uno y lo diverso. Introducción a la Literatura Comparada (Ayer y hoy), de Claudio Guillén (2005): a tensão entre o local e o universal, e entre o uno e o diverso, devir e continuidade. A “topos” da crise dos estudos humanísticos; a relação complexa entre literatura comparada e teoria literária; os estudos culturais e os estudos pós-coloniais (as figuras tutelares de Fredric Jameson e de Edward Said). Comentário crítico do primeiro capítulo “primeiras definições”. Octavio Paz e as polaridades constitutivas da arte. A literatura comparada enquanto disciplina histórica. A tarefa dialéctica do comparatista. Início ao estudo da problemática da auto-representação: questões teóricas. as fronteiras entre verdade e ficcionalidade, entre o real e o inventado, entre o vivido e a escrita. Algumas características fundamentais da literatura autobiográfica, da autoficção e da autografia. O espectro alargado das escritas do Si: confissões (a tradição confessional): breve referência aos textos canónicos de Santo Agostinho, Montaigne e Rousseau), os diários, as memórias, a escrita epistolar. O “pacto autobiográfico” segundo o teórico P. Lejeune. A explosão intimista na época contemporânea, de acordo com as posições assumidas por Clara Rocha na sua obra Máscaras de Narciso. Estudos sobre a literatura autobiográfica em Portugal, Coimbra, Almedina, 1992. O movimento centrífugo e o movimento centrípeto da escrita autobiográfica. O exemplo biográfico de Kafka: publicação dos diários (privado vs. público).


Literatura Comparada: Questões metodológicas e epistemológicas II

1 Outubro 2015, 16:00 Ricardo Gil Soeiro

Continuação da leitura e comentário dos ensaios “Campos de indagação comparatista” e “Comparação e literatura”, de Helena Buescu (2001):  os campos específicos de reflexão comparatista na actualidade; o comparatismo como “saber de fronteira” que pretende “desocultar” e “desnaturalizar” questões relevantes no universo das artes e das culturas; o “tertium quid” do gesto comparativo e a consideração da dimensão “relacional” dos fenómenos literários e artísticos. Síntese da questões suscitadas pelos ensaios comentados anteriormente. Referência ao volume Entro lo uno y lo diverso. Introducción a la Literatura Comparada (Ayer y hoy), de Claudio Guillén (2005): a tensão entre o local e o universal, e entre o uno e o diverso, entendida como tema e problema centrais à Arte, que a Literatura Comparada procura evidenciar e esclarecer. Referência ao ensaio “What is Comparative Literature?”, de George Steiner (in: No Passion Spent, 1996). Breve discussão em torno dos conceitos "cânone" e "literariedade" (ilustração através de leitura e comentário do poema "This Is Just To Say" (1934), de William Carlos Williams).


Literatura Comparada: Questões metodológicas e epistemológicas

29 Setembro 2015, 16:00 Ricardo Gil Soeiro

Início da leitura e comentário do ensaio “Campos de indagação comparatista”, de Helena Buescu (2001): a “atitude” comparativa e a comparação como “fundamentação epistemológica sistemática” da disciplina da Literatura Comparada; a história da afirmação da disciplina, a partir do final do século XVIII, na explicitação de uma perspectiva supra-nacional. Dilucidação de conceitos operatórios: “paradigma”, “episteme”, “doxa”, perspectiva historicista, perspectiva textológica. Explicitação das três tendências actuais do comparatismo.


Questões bibliográficas e metodológicas

24 Setembro 2015, 16:00 Ricardo Gil Soeiro

Recapitulação da apresentação do programa, da bibliografia e dos critérios de avaliação da disciplina. Tratamento de algumas questões metodológicas: sistematização da tipologia de trabalhos escritos; expressão escrita e estilística; participação oral dos discentes em torno das regras básicas que presidem à elaboração de trabalhos escritos. Apresentação formal e referenciação bibliográfica (exposição teórica e breve exercício prático). Excurso sobre as funções da linguagem e o processo da comunicação verbal. Breve consideração das principais questões que definem o universo dos Estudos Comparatistas. Discussão em torno das noções de Literatura, Arte e Ciência; as especificidades do campo de estudo das Humanidades. Breve clarificação sobre o objectivo dos trabalhos escritos individuais e sua apresentação oral.