Sumários

LUCANO, FARSÁLIA

14 Março 2023, 14:00 William Dominik

AULA 7: TERÇA-FEIRA, 14 DE MARÇO

LUCANO, FARSÁLIA

Linguagem e política na Guerra civil  (Farsália) de Lucano; o corpo e o estado; cinismo, ideologia e esperança

Seminário

Lucano, Farsália

Questões

Qual é a natureza do “elogio de Nero”?

Como o poema funciona como uma denúncia do ato de elogio?

Quais são os papéis do paradoxo, da hipálage e da catacrese em um poema acerca da guerra civil?

O que está envolvido no colapso das fronteiras linguísticas?

O que constitui o tratamento do corpo dado por Lucano?

Qual é o sentido do grotesco em Lucano?

Como o conceito de “abjeção” de Kristeva se aplica à epica?

Qual é o efeito da guerra civil sobre o sujeito humano?

O corpo na guerra civil é apenas um mecanismo?

É Lucano “fragmentando as cadeias de comando”?

Como nós devemos entender a atitude do narrador em relação a Pompeu, o protagonista?

Esta obra é um poema de desespero e cinismo ou é uma defesa ideológica do último defensor da republica?

O Estoicismo explica a imagem estranhamente evolutiva de Pompeu?

Qual é a política do narrador?

Textos

Lucano, Farsália 1.1–182, 352–388, 666–672; 2.1–42, 139–226, 234–391; 3.583–762; 7.1–123, 185–213, 385–459, 680–697; 8.610–691; 9.190–214, 734–838.

Tradução em espanhol: REDONDO, Antonio Holgado (trad.), M. Anneo Lucano, Farsalia (Madrid 1984).

Tradução em castelhano: La Farsalia: Marco Anneo Lucano.

Tradução em português: VIEIRA, Brunno V. G. (trad.), Lucano, Farsália Cantos de I a V (Campinas 2011) 74183, 268–281.

Suetónio, A Vida de Lucano (inglês)

Vacca, A Vida de Lucano (inglês)

Leituras secundárias

BIBBY, M. (1993) “Fragging the Chains of Command: GI Resistance Poetry and Mutilation”, Journal of American Culture 16: 29–38.

CITRONI, M., CONSOLINO, F.E., LABATE, M. e NARDUCCI, E. (trad. Margarida Miranda, Isaías Hipólito e Walter de Sousa Medeiros), Literatura de Roma Antiga (Lisboa 2006) 711–718, 779–790.

DEWAR, Michael, “Laying it On with a Trowel: The Proem to Lucan and Related Texts”, Classical Quarterly 44 (1994) 199–211.

FEENEY, Denis, “Stat Magni Nominis Umbra: Lucan on the Greatness of Pompeius Magnus”, Classical Quarterly 36 (1986) 239–243.

GROSS, Elizabeth, “The Body of Signification”, em FLETCHER, John e BENJAMIN, Andrew (orgs.), Abjection, Melancholia and Love: The Work of Julia Kristeva (London 1990) 80–103.

MARTI, Berthe, “The Meaning of the Pharsalia”, American Journal of Philology 66 (1945) 352–376.

MARTINDALE, Charles, “Paradox, Hyperbole, and Literary Novelty in Lucan’s De Bello Civili”, Bulletin of the Institute of Classical Studies 23 (1976) 45–54.

MASTERS, Jamie, “Deceiving the Reader: The Political Mission of Lucan Bellum Civile”, em ELSNER, Jás E MASTERS, Jamie (orgs.), Reflections of Nero: Culture, History, and Representation (Chapel Hill 1994) 151–177.

MOST, G. W., “Disiecti Membra Poetae: The Rhetoric of Dismemberment in Neronian Poetry”, em HEXTER, Ralph e SELDEN, Daniel L. (orgs.), Innovations of Antiquity (New Haven 1992) 391–419.

Leituras complementares

AHL, Frederick. Lucan: An Introduction (Ithaca 1976).

BIBBY, Michael, Hearts and Minds: Bodies, Poetry, and Resistance in the Vietnam Era (New Brunswick 1996).

HARPHAM, Geoffrey Galt, On the Grotesque: Strategies of Contradiction in Art and Literature (Princeton 1982).

HENDERSON, John, “Lucan/The Word at War”, Ramus 16 (1987) 122–164.

HÜBNER, U., “Hypallage in Lucans Pharsalia”, Hermes 100 (1972) 577–600.

JOHNSON, W. R., Momentary Monsters: Lucan and His Heroes (Ithaca 1987).

KRISTEVA, Julia (trad. Leon S. Roudiez), Powers of Horror: An Essay on Abjection (New York 1982).

MASTERS, Jamie, Poetry and Civil War in Lucan’s Bellum Civile (Cambridge 1992).

QUINT, David, Epic and Empire (Princeton 1993) 131–210.

RUDICH, Vasily, Dissidence and Literature Under Nero: The Price of Rhetoricization (New York 1997).

RUDICH, Vasily, Political Dissidence Under Nero (London 1992).

SCARRY, Elaine, The Body in Pain: The Making and Unmaking of the World (New York 1985).

SCOTT, J. C., Domination and the Arts of Resistance (New Haven 1990) 45–107.

Powerpoint

Lucano, Farsália 


VIRGÍLIO, ENEIDA

7 Março 2023, 14:00 William Dominik

AULA 6: TERÇA-FEIRA, 7 DE MARÇO

VIRGÍLIO, ENEIDA

A ideologia de império; a natureza de império; o indivíduo e o império; o início, o meio, e o fim do Eneida de Virgílio

Powerpoint

Virgílio, Eneida

Texto

Virgílio, Eneida 1, 4, 6, 10, 12.

Tradução em português: NUNES, Carl Alberto (trad.), Eneida

Tradução em português: MENDES, Manuel Odorico (trad.), Virgílio, Eneida.

Leitura suplementar

Resumo do enredo da Eneida (material disponibilizado pelo professor).

Questões

Qual é o propósito de Virgílio?

Por que Enéias e o Sibylla saem pela porta de marfim?

Qual é o significado dos portões de passagem do sono?

Qual é o propósito de Vergílio no final da Eneida? Eneias tem verdadeiramente sucesso aqui?

Enéias persegue fielmente os preceitos da ideologia do império abraçados por Anquises ou ele os transgride e revela a natureza impraticável da visão do seu pai?

A visão de grandeza inigualável que Anquises descreve para Roma é, em algum sentido, falsa ou enganosa?

A busca de fama e do próprio destino realmente vale a pena quando há tanto sofrimento e tantas lágrimas envolvidos?

A história na verdade cumpre suas promessas de glória à luz da perda de tantas vidas humanas?

Leituras secundárias

CITRONI, M., CONSOLINO, F.E., LABATE, M. e NARDUCCI, E. (trad. Margarida Miranda, Isaías Hipólito e Walter de Sousa Medeiros), Literatura de Roma Antiga (Lisboa 2006) 476–494, 433–451.

DOMINIK, W. J., “Vergil’s Aeneid: Which Interpretation?”, NZACT Bulletin 31.1 (2004) 13–16.

Nenhuma leitura adicional secundária, suplementar ou complementar será fornecida para este tópico por causa da sua familiaridade relativa.

Leituras complementares

Nenhuma leitura adicional secundária será fornecida para este tópico por causa da sua familiaridade; os recursos bibliográficos disponíveis para a Eeneida de Vergílio são discutivelmente maiores do que qualquer outro trabalho literário antigo, incluindo a Ilíada de Homero.


A RELAÇÃO ENTRE POESIA E RETÓRICA, QUESTÕES ROMANAS DE ESTILO, APRESENTAÇÃO E PATROCÍNIO

28 Fevereiro 2023, 14:00 William Dominik

AULA 5: TERÇA-FEIRA, 28 DE FEVEREIRO

A RELAÇÃO ENTRE POESIA E RETÓRICA, QUESTÕES ROMANAS DE ESTILO, APRESENTAÇÃO E PATROCÍNIO

Seminário

Questões romanas de estilo, apresentação e patrocínio

Questões

Qual estilo de expressão Aper defende no Diálogo dos Oradores de Tácito?

Quais são algumas das diferenças entre o estilo “novo” e o estilo Ciceroniano? Quais são os fatores culturais que possivelmente explicam algumas destas diferenças?

Porque é que Quintiliano odeia Séneca e o seu estilo?

Qual é a relação entre poesia e retórica?

Quais debates sobre o estilo oratório ou literário temos hoje na nossa cultura académica moderna?

Quais são os principais argumentos de Horácio em Sátira 1.4?

O que constitui o ataque de Pérsio à corrupção da literatura e ao gosto literário em Sátira 1?

De que Juvenal se queixa em Sátira 7?

Textos

Tácito, O Dialógo dos Oradores 15.1–27.2 (português)

Tradução em português: REZENDE, António Martinez de e AVELLAR, Júlia Batista Castilho de (trad.), Tácito, Diálogo de Oradores (Belo Horizonte / São Paulo 2014).

Quintiliano, Instituição Oratória 10.1.125–131 (português)

Tradução em português: BASSETTO, Bruno Fregni (trad.), Instituição Oratória, Tomo IV: Quintiliano (Campinas 2009).

Horácio, Sátira 1.4 (português)

Tradução em português: SEABRA, António Luiís (trad.), Sátiras; Horácio (São Paulo 2011).

Pérsio, Sátira 1 (português)

Tradução em português: BRUNO, Haroldo (trad.), Pérsio: Introdução, tradução e notas (USP MA tese 1980) .

Juvenal, Sátira 7 (português)

Tradução em português: BASTOS, Francisco Antônio Martins (trad.), Juvenal, Sátiras (Rio de Janeiro s/d).

Leituras

DOMINIK, W. J. “Roman Poetry and Rhetoric: A Reminder of the Affinity Between the Two Arts”, Akroterion 37.2 (1992) 61–67.

DOMINIK, W. J. “The Style is the Man: Seneca, Tacitus and Quintilian’s Canon”, em DOMINIK, W. J. (org.), Roman Eloquence: Rhetoric in Society and Literature (London 1997) 50–68.

Dominik, W. J. “Tacitus and Pliny on Oratory”, em DOMINIK, W. J. E HALL, J. (orgs.), A Companion to Roman Rhetoric (Oxford 2007) 330–334.

Powerpoint

Questões romanas de estilo, apresentação e patrocínio


ESTILO; O SUBLIME; ATICISMO E ASIANISMO

14 Fevereiro 2023, 14:00 William Dominik

AULA 4: TERÇA-FEIRA, 14 DE FEVEIRO

ESTILO; O SUBLIME; ATICISMO E ASIANISMO

Seminário

Aristóteles, Retórica 3.212

Pseudo-Longino, Do Sublime

Luciano de Samósata, Lexífanes

Luciano de Samósata, O Mestre de Retórica

Estilo; o sublime

Questões

De acordo com Aristóteles, quais são os principais componentes estilísticos com que um retor dever lidar?

O que é o sublime e o que é que tem a ver com retórica? O sublime é “analisável”?

O que pensa Pseudo-Longino sobre qual é o problema da retórica no seu tempo? Quem são os seus “heróis”? Será que imitá-los seria suficiente para “resolver” o problema? 

Textos

Aristóteles, Retórica 3.2–12 (português)

Tradução em português ALEXANDRE JUNIOR, Manuel, ALBERTO, Paulo Farmhouse e PENA, Abel do Nascimento (trad.), Aristóteles, Retórica (Lisboa 2005).

Pseudo-Longino, Do Sublime (português)

Tradução em português: VÁRZEAS, Marta Isabel de Oliveira (trad.), Dionísio Longino, Do Sublime (São Paulo / Coimbra 2015).

Luciano de Samósata, Lexífanes (português)

Tradução em português: MAGJUIJO, Custódio (trad.), Luciano de Samósata: Luciano [VIII] (São Paulo (Coimbra 2013).

Luciano de Samósata, O Mestre de Retórica (português)

Tradução em português: MAGJUIJO, Custódio (trad.), Luciano de Samósata: Luciano [III] (São Paulo (Coimbra 2012).

Leituras

GELLER, N. and ZACHARIAS, A. “Rhetoric’s Cure: The Sublime Τέχνη of Longinus”, Classica et Mediaevalia 66 (2009) 163–189.

INNES, D. 1995. “Longinus, Sublimity and the Low Emotions”, in INNES, D., HINE, H. e PELLING, C. (orgs.), Ethics and Rhetoric (Oxford 1995) 323–333.

WHITMARSH, T. Greek Literature and the Roman Empire: The Politics of Imitation (Oxford 2001) 57–71. Oxford.

Aticismo e Asianismo

Questões

“Aticismo” é geralmente definido como o uso fluente do clássico dialeto ático por autores gregos posteriores, durante o período agora conhecido como a Segunda Sofística (meados do primeiro ao terceiro séculos d.C.). Na sua opinião, o que motivou esta tendência? O que estava em jogo na imitação de um dialeto que já não era falado? Como é que KIM (abaixo) define “Aticismo” e “Asianismo”?

Qual pensa Luciano de Samósata sobre qual é o problema da retórica contemporânea? Como é que as suas opiniões se comparam com a perspectiva de Pseudo-Longino?

Textos

Pseudo-Longino, Do Sublime (português)

Tradução em português: VÁRZEAS, Marta Isabel de Oliveira (trad.), Dionísio Longino, Do Sublime (São Paulo / Coimbra 2015).

Luciano de Samósata, Lexífanes (português)

Tradução em português: MAGJUIJO, Custódio (trad.), Luciano de Samósata: Luciano [VIII] (São Paulo (Coimbra 2013).

Luciano de Samósata, O Mestre de Retórica (português)

Tradução em português: MAGJUIJO, Custódio (trad.), Luciano de Samósata: Luciano [III] (São Paulo (Coimbra 2012).

Leituras

CRIBIORE, R. “Lucian, Libanius, and the Short Road to Rhetoric”, Greek, Roman, and Byzantine Studies 47 (2007) 71–86.

GOLDHILL, S. “Rhetoric and the Second Sophistic”, in Gunderson, E. (org.), The Cambridge Companion to Ancient Rhetoric (Cambridge 2009) 228–242.

KIM, L. “Atticism and Asianism”, em RICHTER, D. S. e Johnson, W. A. (orgs.), The Oxford Handbook of the Second Sophistic (Oxford 2017) 41–66.

Powerpoint

O sublime; estilo; Aticismo e Asianismo


A ARTE PELA ARTE E O ENFOQUE ESTÉTICO

7 Fevereiro 2023, 14:00 William Dominik

AULA 3: TERÇA-FEIRA, 7 DE FEVEIRO

A ARTE PELA ARTE E O ENFOQUE ESTÉTICO

Seminário

Aristóteles, Política, Poética; Horácio, Arte Poética

Questões

Aristóteles, Política e Poética

Quais papéis sociais e educacionais a literatura desempenha de acordo com Aristóteles?

De que modo a visão de Aristóteles do papel da literatura na sociedade difere daquela de Platão?

Aristóteles estaria confortável com qualquer literatura dissidente na sua sociedade ideal?

Horácio, Arte Póetica

O que é central para a abordagem de Horácio à crítica e ao decoro na Arte Poética?

A que tipo de poesia ou literatura é aplicável o ponto de vista de Horácio?

Como se compara o tratamento da poesia e da imitação de Horácio na poética de Arte Poética com os pontos de vista de Platão e Aristóteles?

Qual é a importância da oratória em relação à poesia na Arte Poética?

Textos

Aristóteles, Poética

Tradução em português: SOUZA, Eudoro de (trad.), Aristóteles, Poética (São Paulo 1984).

Horácio, Arte Poética

Tradução em português: FURLAN, Mauri (trad.), Ars Poetica / Arte Poética: Quintus Horatius Flaccus.

Aristóteles, Política 7.13–17, 8

Tradução em português: AMARAL, António e GOMES, Carlos (trad.), Aristóteles, Política (Lisboa 1998).

Leituras

CARNES, Lord, Education and Culture in the Political Thought of Aristotle (Cornell 1982) 151–179.

CARNES, Lord, “Politics and Education in Aristotle’s Politics”, em PATZIG, Günther (org.) Aristotle’s Politik (Göttingen 1990) 202–215.

SALKEVER, Stephen G., “Tragedy and the Education of the Demos: Aristotle’s Response to Plato”, em EUBEN, J. Peter (org.), Greek Tragedy and Political Theory (Berkeley 1986) 274–303.

Notas sobre Aristóteles, Poética (material disponibilizado pelo professor).

Resumo de Horácio, Arte Poética (material disponibilizado pelo professor).

Análise de Aristóteles, Política 7.13–17, 8 (material disponibilizado pelo professor).

Powerpoint

Aristóteles, Política, Poética; Horácio, Arte Poética