Sumários

Imagens medievais e modos de representação do universo bíblico

26 Outubro 2015, 10:00 Maria João Monteiro Brilhante

A aula foi ocupada com o visionamento e análise de algumas imagens de frescos em igrejas românicas, de iluminuras e pinturas (Cranach, o Velho) que os alunos têm na plataforma para observação mais detalhada. Tratou-se de reconhecer características das representações de figuras e episódios bíblicos (a expulsão do paraíso, por exemplo) no sentido de compreender o seu carácter espiritualizado e abstracto e a preferência por formas planas, incorpóreas, a frontalidade das figuras e cenas, a solenidade e hierarquia no espaço. A codificação simbólica e alegórica foi outro aspecto relevado. Alguns traços de humanização levaram à leitura do excerto do jogo medieval Le mystère de Adam, onde eles são perceptíveis e revelam a coexistência do sagrado e do profano, do sublime  e do humilde.A função comunitária e universalizante das representações da Bíblia, dos Evangelhos e das vidas de santos na Idade Média.  


Sobre como fazer uma recensão

22 Outubro 2015, 10:00 Maria João Monteiro Brilhante

Aula dedicada à explicação de como elaborar uma recensão, que será elemento de avaliação desta unidade curricular. Apresentação de um powerpoint que ficará acessível na plataforma Moodle.


A segunda parte da aula foi ocupada com a redacção pelos alunos de uma síntese escrita a partir dos textos e autores estudados até aqui.


A cicatriz de Ulisses, texto de Erich Auerbach e as duas formas iniciais de representação mimética

19 Outubro 2015, 10:00 Maria João Monteiro Brilhante

Apresentação por um grupo de alunos da posição de Auerbach acerca das mimeses homérica e bíblica. Contraste entre a clareza e efeito de completude da representação em Homero através da análise de um episódio da Odisseia e a obscuridade e fragmentação da narrativa bíblica. O presente único das acções narradas, a construção de um único plano de representação no episódio da cicatriz. A proposta do sacrifício de Isacc como exemplo e como exigência de fé; a necessidade de interpretação dos signos e enigmas bíblicos como forma de aceder à verdade única e unificadora da palavra de Deus.

 


Ainda a Poética de Aristóteles

15 Outubro 2015, 10:00 Maria João Monteiro Brilhante

Leitura de excertos e continuação da discussão. Desvio da relação entre representante e representado para a técnica e a finalidade da representação, tornando o poema dramático mais importante do que o seu modelo.


A Poética de Aristóteles no debate sobre mimese

12 Outubro 2015, 10:00 Maria João Monteiro Brilhante

Apresentação por um grupo de alunos da Poética de Aristóteles. Intervenção incidiu mais na descrição das regras de composição da tragédia e menos na perspectiva aristotélica sobre mimese. A aula ocupou-se então de uma clarificação da diferente posição de Aristóteles face a Platão acerca da mimese e das fábulas, generalizando Aristóteles as características da mimese a muitas outras formas de expressão humana, verdadeiro traço antropológico. Ao destacar a mimese trágica das acções huumanas, Aristóteles propõe a representação directa (sem a intermediação do narrador) e a unidade da fábula como modo e meio de produzir o reconhecimento que resultará na eficaz purgação dos vícios e erros humanos.

Aspecto igualmente relevante para o estudo do conceito é o entendimento de mimese não como cópia do mundo, mas como composição do mundo, daí a referência aristotélica ao possível e ao necessário nas representações das acções humanas.