Sumários
Palcos ibéricos e mediterrâneos da Guerra dos Cem Anos – os Trastâmara e os Avis. Caspe.
27 Maio 2025, 12:30 • Rodrigo Furtado
I. Introdução.
1. Transição do século XIV para o XV marcada por conflitos sucessórios nas três principais monarquias cristãs ibéricas.
2. Guerras peninsulares articulam-se com dinâmicas europeias, sobretudo com a Guerra dos Cem Anos e a política papal.
II. A Guerra dos Cem Anos (1337-1453).
1. Um conflito dinástico: Valois vs. Plantageneta.
2. Um conflito pelo controlo da costa Atlântica da França: o território entre a Gasconha e a Normandia.
3. O papel das monarquias peninsulares.
III. Pedro I de Castela e a Guerra Civil (1350–1369)
1. Pedro I (1350–1369): centralização, contestação interna, instabilidade social; a deposição por Henrique de Trastâmara com apoio francês.
1.1 Conflito enquadra-se na Guerra dos Cem Anos:
1.2 Pedro I aliado da Inglaterra (Príncipe Negro);
1.3 Henrique II apoiado pela França (Bertrand du Guesclin).
1.4 Batalha de Nájera (1367): vitória de Pedro I com apoio inglês, mas sem capital político.
1.5 1369: Pedro é assassinado; Henrique II inaugura a dinastia Trastâmara com base na aliança com a nobreza.
1.6 Dependência militar de Castela face a potências externas e introduziu novos equilíbrios aristocráticos.
IV. Conflito de 1383–1385 em Portugal
1. Morte de D. Fernando I de Portugal sem herdeiro varão; pretendente: D. Beatriz, casada com João I de Castela (Trastâmara).
2. Resistência interna liderada por João, Mestre de Avis, com apoio da burguesia lisboeta.
3. Alianças externas:
3.1 Castela com França;
3.2 Portugal com Inglaterra (Tratado de Windsor, 1386).
4. O conflito insere-se no mesmo ciclo de recomposição dinástica e de guerra cruzada com interesses europeus.
V. Crise dinástica aragonesa e compromisso de Caspe
1. Morte de Martinho I de Aragão (1410) sem descendência → crise de sucessão.
1.1 Várias candidaturas (Jaime de Urgel e Fernando de Trastâmara).
1.2 Compromisso de Caspe (1412): nomeação de Fernando de Antequera (Trastâmara) como rei de Aragão (Fernando I).
2. Início da presença castelhana na monarquia aragonesa, reforço da dinastia Trastâmara.
2.1 Consequência: reorientação da política aragonesa e integração parcial com a diplomacia castelhana.
2.2 A resolução de Caspe marca um ponto de viragem no equilíbrio peninsular e antecipa a união dinástica dos Reis Católicos.
Rodrigo Furtado
Bibliografia:
Fynn-Paul, J. (2024), ‘The Iberian Economy in Global Perspective, 700–1500’, An economic history of the Iberian Peninsula, 700-2000, Cambridge, 221-247.
Tena García, S. (2014), ‘Estructuras de poder en la Baja Edad Media’, Historia de la España Medieval, Salamanca, 347-374
______
Childs, W. R. (2013), Trade and Shipping in the Medieval West: Portugal, Castile and England, Turnhout: Brepols.
Estow, C. (1995), Pedro the Cruel of Castile, 1350–1369, Leiden: Brill.
Faria, T V. (2011), ‘Tracing the “chemyn de Portyngale”: English service and servicemen in fourteenth-century Portugal’, Journal of Medieval History, 37(3), 257–268.
Kagay, D. J., & Villalon, L. J. A. (2021), Conflict in Fourteenth-Century Iberia: Aragon vs. Castile and the War of the Two Pedros, Leiden: Brill.
Olivera Serrano, C. (2005), Beatriz de Portugal: La pugna dinástica Avís-Trastámara (1383–1385), Santiago de Compostela: CSIC, Instituto de Estudios Gallegos.
Ruiz, T. F. (2007), Spain’s Centuries of Crisis: 1300–1474, Malden, MA: Blackwell.
Sesma Muñoz, J. A. (2011), El Interregno (1410–1412): Concordia y compromiso político en la Corona de Aragón, Zaragoza: Institución “Fernando el Católico” (CSIC).
Sumption, J. (2009), The Hundred Years War, Volume III: Divided Houses, Philadelphia: University of Pennsylvania Press.
Valdaliso Casanova, C. (2016), Pedro I de Castilla, Madrid, Espanha: Silex.
Valdeón Baruque, J. (2001), Los Trastámaras: El triunfo de una dinastía bastarda, Madrid: Temas de Hoy.
A peste: demografia e impacte económico de uma crise global – a Ibéria no contexto mediterrâneo.
22 Maio 2025, 12:30 • Rodrigo Furtado
1. Introdução.
1.1 “Crise do século XIV”: enómeno pan-europeu - guerras prolongadas, colapso demográfico, estagnação agrícola, tensões urbanas e reformas fiscais
2. Peste negra e colapso demográfico.
2.1 A partir de 1348, a peste chega à Península por via dos portos mediterrânicos (Barcelona, Valência).
2.2 Impacte demográfico: quebra populacional (30–50%).
2.3 Efeitos económicos: crise de mão-de-obra, abandono de terras, queda da produção, quebra fiscal.
2.4 Efeitos sociais: escassez de mão-de-obra leva a tentativas de controlo social pelas elites (restrições à mobilidade laboral). Tensões urbanas e rurais.
3. Crise do comércio mediterrâneo.
3.1 Em Aragão: retração das redes comerciais com o Oriente após as crises do Império Bizantino e do mundo muçulmano. Perda de dinamismo dos consulats de mar e instabilidade nos portos (Génova, Alexandria, Rodes).
3.2 Desaceleração mediterrânea: fim do apogeu catalão no século XIII, com desvantagem face à expansão atlântica de Castela e Portugal.
3.3 A concorrência dos circuitos atlânticos: crescente ligação ao comércio da lã (com Inglaterra e Flandres). A tensão sobre a Biscaia.
4. Fiscalidade e reformas institucionais.
4.1 Queda da arrecadação fiscal directa obriga à multiplicação de impostos extraordinários.
4.2 Em Castela: crescimento do papel das Cortes na aprovação de serviços, e aumento da pressão fiscal sobre vilas e concelhos.
4.3 Em Aragão e Catalunha: fortalecimento da Generalitat como instituição fiscal permanente.
o Generalitat: comissão de deputados das Corts catalãs encarregados de fiscalizar e administrar os impostos temporariamente concedidos ao rei.
Composição: 12 deputados representando os três braços das Corts: clero, nobreza e concelhos.
Funções: cobrança e gestão dos impostos + fiscalização da aplicação dos fundos;
o Negociação de privilégios fiscais com a coroa em troca de apoio financeiro
o Contrapoder à autoridade régia / modelo pactista.
4.4 Fortalecimento de poderes intermédios — urbanos e oligárquicos.
o Nas cidades (como Barcelona: consell de Cent): oligarquias mercantis concentram o poder nos consells municipais e excluem os grupos populares (artesãos, comerciantes menores) da governação.
Triângulo: crise económica e demográfica – necessidade de recursos/dependência dos reinos – negociação de prerrogativas
5. Tensões sociais e violência urbana.
5.1 Em Castela: aumento da violência senhorial e contestação por parte das cidades (ex. Valladolid, Burgos).
o Reimposição ou agravamento de rendas e serviços;
o Repressão violenta de resistências locais;
o Usurpação de foros urbanos e direitos concelhios.
5.2 Em Aragão: conflitos entre grupos sociais, repressão dos remensas na Catalunha.
o O problema dos remensas na Catalunha: a resistência à intensificação das exigências senhoriais.
o Contestação social é simultaneamente rural e urbana.
6. Reconfiguração da nobreza castelhana-leonesa.
6.1 Desgaste dinástico: algumas famílias (como os Haro ou os Castro) enfrentam crises sucessórias, mortes em combate ou falta de herdeiros directos.
6.2 Conflito com a monarquia: outras casas (como os Lara ou os Meneses) entram em confronto directo com o poder régio: Pedro I de Castela (1350-1369).
6.3 Crise económica e redistribuição fundiária:
o a combinação de peste, retração fiscal e guerra: reconfiguração das redes de poder territorial
o oportunidade para redistribuir senhorios a nobres mais leais ou a novas famílias emergentes.
6.4 A nova nobreza (segunda metade do s. XIV): Enríquez, Álvarez de Toledo, Guzmán, Mendoza, Manrique
o clientes régios: obtêm grandes senhorios como recompensa por fidelidade militar e política.
Rodrigo Furtado
Bibliografia:
Abulafia, D. (2012), The Great Sea: a human history of the Mediterranean, Oxford, 334-384.
Fynn-Paul, J. (2024), ‘The Iberian Economy in Global Perspective, 700–1500’, An economic history of the Iberian Peninsula, 700-2000, Cambridge, 221-247.
______
Beauchamp, A. (2023), ‘Réformer l’état du royaume, réformer le droit: la convocation et le processus législatif des assemblées d’états de la Couronne d’Aragon (années 1270–1380)’, In M. Dejoux (Ed.), Au nom de la « réforme »?, Paris: Éditions de la Sorbonne, 339–379.
Bisson, T. N. (1995), The Medieval Crown of Aragon: A Short History, Oxford: Clarendon Press.
Ruiz, T. F. (2007), Spain’s Centuries of Crisis: 1300–1474, Malden, MA: Blackwell Publishing.
Sánchez Martínez, M. (2003), Pagar al rey en la Corona de Aragón durante el siglo XIV: estudios sobre fiscalidad y finanzas reales y urbanas, Barcelona: CSIC.
Aragão/Catalunha: entre a Ibéria e o império mediterrâneo – disputas na Sicília, na Itália e nos Balcãs.
20 Maio 2025, 12:30 • Rodrigo Furtado
1. A formação do reino de Aragão e a emergência catalã.
1.1 A autonomia do condado de de Aragão com Ramiro I (1035): a assimilação de Sobrarbe e Ribagorza (1043); a união com Navarra (1076-1134). O fechamento ao mar; a expansão para Saragoça (1118).
1.2 A constelação de condados catalães:
o a autonomia desde o século X.
o A hegemonia do condado de Barcelona. A abertura geográfica ao mar – as relações com o sul de França e com as cidades de Itália.
o Integração precoce em redes eclesiásticas e jurídicas do mundo carolíngio (uso do rito romano, adoção de direito escrito, influência cluniacense). A articulação com o mundo franco.
2. União dinástica entre Aragão e Catalunha (1137): potencialidades e limites.
2.1 1137: casamento de Petronila de Aragão com Raimundo Berenguer IV de Barcelona: união pessoal e dinástica (não fusão política).
2.2 Raimundo Berenguer IV assume o governo como princeps e dominus de Aragão, mas mantém identidade própria dos territórios catalães
2.3 Potencialidades:
- Integração de territórios distintos (Catalunha, Aragão, Valência, depois Sicília); respeito pelas particularidades jurídicas e políticas.
- articulação de recursos militares aragoneses com capitais e redes mercantis catalãs;
- abertura para o Mediterrâneo (via Barcelona);
- Fragmentação interna e a necessidade de financiamento da expansão mediterrânica obrigaram os reis a negociar com elites locais;: as Corts foram o espaço privilegiado dessa negociação (precodidade: s. XIII).
- Monarquia: pactuada e composta, mais dependente do consenso político do que do exercício autoritário.
- A vantagem sobre as cidades italianas rivais: dimensão; demografia; recursos; guerra.
2.4 Limites:
o tensões regionais (resistência da nobreza aragonesa ao predomínio catalão);
o separação de línguas, direito e identidade institucional.
2.5 Os campos de expansão:
o conquista de Valência e Maiorca: afirmação peninsular e acesso ao mar;
o entre o Rossilhão e a embocadura do Ródano;
o a disputa pelo Mediterrâneo.
3. Conquista de Valência e Maiorca: afirmação peninsular e acesso ao mar.
3.1 Jaime I (1213–1276): campanhas decisivas sobre territórios muçulmanos: Valência (1238) e Maiorca (1229).
3.2 Conquista da costa oriental permite expansão comercial e acesso directo ao Mediterrâneo ocidental.
3.3 Início da construção de uma economia marítima de escala regional, com centros em Barcelona, Palma e Valência.
4. O nascimento do “império marítimo catalão”. A disputa pelo Mediterrâneo.
4.1 Expansão:
- Sul da França: a disputa até à foz do Ródano – Rossilhão, Montpellier, Toulouse, Provença.
- Ocupação da Sicília (1282): resultado da revolta anti-angevina (Vésperas Sicilianas) - Pedro III (1279-1285) torna-se rei da Sicília.
- Ocupação da Córsega e Sardenha (investidura papal em 1297; conquista em 1323–1326).
- A intervenção nos Balcãs: Atenas e Neopátria (1381-1388).
4.2 Catalunha torna-se núcleo de uma rede comercial e militar mediterrânea:
- consolidação de rotas com Génova, Pisa, Marselha e Alexandria;
- a rivalidade com Nápoles;
- presença de consulados (consulats de mar) e estruturas diplomáticas.
- Multiplicação dos fluxos de prata, trigo e têxteis
4.3 Modelo imperial catalão é funcional, baseado mais no controlo de portos e rotas do que em conquistas territoriais massivas.
Rodrigo Furtado
Bibliografia:
Abulafia, D. (2012), The Great Sea: a human history of the Mediterranean, Oxford, 334-384.
Fynn-Paul, J. (2024), ‘The Iberian Economy in Global Perspective, 700–1500’, An economic history of the Iberian Peninsula, 700-2000, Cambridge, 221-247.
Luis Corral, F. (2014), ‘Conquistas cristianas y evolución del mapa político peninsular en la Plena Edad Media (1035-1300)’, Historia de la España Medieval, Salamanca, 155-184.
______
Bautista, F., Laliena, C., & Tomás, G., coords. (2019), Cultura y poder del Estado en la Corona de Aragón: historiadores e historiografía en los siglos XIII–XVI, Zaragoza: Univ. de Zaragoza.
Bisson, T. N. (1991), The Medieval Crown of Aragon: A Short History, Oxford: Clarendon Press.
Canet Aparisi, T. (2010), ‘Las bases del sistema: el recorrido medieval de la Corona de Aragón’, in A. Dubet & J. J. Ruiz (Eds.), Las monarquías española y francesa (siglos XVI–XVIII): ¿Dos modelos políticos?, Madrid: Casa de Velázquez, 3-15.
Laliena Corbera, C. (2012), ‘La metamorfosis del estado feudal: las estructuras institucionales de la Corona de Aragón en el periodo de expansión (1208–1283)’, In Á. Sesma Muñoz (Ed.), La Corona de Aragón en el centro de su historia (1208–1458), Zaragoza: Gobierno de Aragón, 65-93.
Minieri, J. L. (2024), ‘The Crown of Aragon and the Mediterranean’, Encyclopedia of the Global Middle Ages. Bloomsbury.
Sabaté, F. (Ed.). (2017), The Crown of Aragon: A Singular Mediterranean Empire, Leiden: Brill.
Salrach, J. M. (1995), La Corona de Aragón: plenitud y crisis: de Pedro el Grande a Juan II (1276–1479), Madrid: Temas de Hoy.
Sánchez Martínez, M. (2003), Pagar al rey en la Corona de Aragón durante el siglo XIV: estudios sobre fiscalidad y finanzas reales y urbanas, Barcelona: CSIC.
Sesma Muñoz, Á., dir. (2010), La Corona de Aragón en el centro de su historia (1208–1458): la monarquía aragonesa y los reinos de la Corona, Zaragoza: Gobierno de Aragón.
Leão/Castela: consolidação do território; poder económico; disputas internas; política europeia
15 Maio 2025, 12:30 • Rodrigo Furtado
1. Expansão territorial e novas fronteiras.
1.1 Dinâmica de avanço cristão sobre territórios islâmicos após a conquista de Toledo (1085): da bacia do Tejo ao Guadiana:
- O controlo do Tejo
- Santarém (1093-1111); Lisboa (1093-1094?). O avanço Almorávida no final do século XI.
- Conquista da bacia do Tejo e consolidação do controlo sobre a Meseta sul com Afonso VII (séculos XI–XII).
- Integração dos territórios da Extremadura, Alcântara, Trujillo e Cáceres sob Leão e Castela.
- O controlo do Guadiana: Calatrava; Badajoz.
- A resistência aos Almôadas: Navas de Tolosa (1212).
2. Fundação e reorganização de cidades e vilas.
2.1 Importância da consolidação militar e territorial como base para a construção institucional:
§ Organização de novos espaços de poder: concessão de terras.
§ Controlo do espaço e a capacidade de o articular politicamente: resdistribuição do poder pelo rei.
2.2 Os concelhos e a sua importância para a reorganização do espaço em termos locais (forais): Ávila (1085-1090), Salamanca (1102), Ciudad Rodrigo (1105).
o concelhos actuam como agentes administrativos, judiciais e fiscais.
o a cidade como ponto de articulação entre o território e o rei — servia para organizar o repovoamento, para distribuir terras, e para garantir que a autoridade se fazia sentir em zonas fronteiriças ou instáveis.
3. Redes aristocráticas e monarquia: tensões e alianças
3.1 Instabilidade, fidelidade e autonomia.
- A instabilidade no tempo de Urraca; as regências de Afonso VIII e de Henrique I.
3.2 Crescimento de casas nobres poderosas (e.g. Trava, Lara, Haro, Meneses-Albuquerque, Castro).
3.3 Relação ambígua com o poder régio: apoio militar vs. autonomia local (judicial, militar, fiscal).
3.4 O papel das cortes (1188) e da negociação entre rei e aristocracia em contextos de guerra, impostos e sucessão.
4. Relações peninsulares: alianças, rivalidades e partilhas.
4.1 A hegemonia leonesa/castelhana.
- Uma dinastia de origem castelhana: a dinastia Jimena.
- projecto falhado de Afonso VI: a ausência de herdeiro; a união fracassada de Urraca e Afonso I de Aragão.
- Afonso VII: imperator totius Hispanie (1135) – a vassalagem de Navarra, Aragão e Portugal.
- A divisão de Leão e Castela (1157-1230).
4.2 Diplomacia régia: casamentos estratégicos, pactos e guerras dinásticas.
- O horizonte navarro-aragonês-catalão:
- Afonso VII – Berenguela de Barcelona (1128);
- Sancho III – Branca de Navarra (1151);
- Sancha (i) de Leão – Sancho VI de Navarra (1153);
- Sancha (ii) de Leão – Afonso II de Aragão (1174);
- Leonor de Castela – Jaime I de Aragão (1221).
- O horizonte português:
- Fernando II – Urraca de Portugal
- Urraca de Castela – Afonso II de Portugal (antes de 1211).
- Afonso IX – Teresa de Portugal (1191);
- Henrique I – Mafalda de Portugal (1215);
- O horizonte europeu:
- Afonso VII – Riqueza da Polónia (1152);
- Cosntança de Leão – Luís VII de França (1154);
- Afonso VIII- Leonor de Inglaterra (1170);
- Branca de Castela – Luís VIII de França (1200);
- O casamento Afonso IX – Berenguela de Castela (1197);
5. Unificação de 1230: Fernando III e a fusão Leão-Castela.
5.1 Em 1230, Fernando III herda Leão e já reinava em Castela:
5.2 Marco simbólico da transição para um novo ciclo de centralização régia e expansão (Andaluzia, Múrcia, Algarve):
- A vassalagem do emirado de Niebla a Fernando III (1230s).
- A chegada ao Guadalquivir: a conquista de Sevilha (1248).
- A submissão de Múrcia a Castela (1243).
5.3 O casamento de Fernando III e Beatriz da Suábia (1219).
Rodrigo Furtado
Bibliografia:
Luis Corral, F. (2014), ‘Conquistas cristianas y evolución del mapa político peninsular en la Plena Edad Media (1035-1300)’, Historia de la España Medieval, Salamanca, 155-184.
-----------
Aurov, O. (2006). “El concejo medieval castellano-leonés: el caso de Soria.” Anuario de Historia del Derecho Español, 76, 33–80.
Barton, S. (1997). The Aristocracy in Twelfth-Century León and Castile. Cambridge: Cambridge University Press.
González Jiménez, M. (2006). Fernando III el Santo: El rey que marcó el destino de España. Sevilla: Fundación José Manuel Lara.
Holt, E. L., & Witcombe, T. (Eds.). (2020). The Sword and the Cross: Castile-León in the Era of Fernando III. Leiden: Brill.
Ladero Quesada, M. A. (1999). “El sistema impositivo en Castilla y León (siglos X–XIII).” Edad Media: Revista de Historia, 2, 113–150.
Linehan, P. (2008). Spain, 1157–1300: A Partible Inheritance. Malden, MA: Blackwell.
Martínez Díez, G. (1995). Alfonso VIII, rey de Castilla y Toledo (1158–1214). Burgos: La Olmeda.
Monsalvo Antón, J. M. (1990). “Transformaciones sociales y relaciones de poder en los concejos de frontera, siglos XI–XIII: Aldeanos, vecinos y caballeros ante las instituciones municipales.” In R. Pastor (Ed.), Relaciones de poder, de producción y parentesco en la Edad Media y Moderna: aproximación a un estudio (pp. 101–170). Madrid: CSIC.
O’Callaghan, J. F. (2003). Reconquest and Crusade in Medieval Spain. Philadelphia: University of Pennsylvania Press.
Powers, J. F. (Trans.). (2000). The Code of Cuenca: Municipal Law on the Twelfth-Century Castilian Frontier. Philadelphia: University of Pennsylvania Press.
Reilly, B. F. (1992). The Contest of Christian and Muslim Spain, 1031–1157. Oxford: Blackwel.
Reilly, B. F. (1993). The Medieval Spains. Cambridge: Cambridge University Press.
Shadis, M. (2009). Berenguela of Castile (1180–1246) and Political Women in the High Middle Ages. New York: Palgrave Macmillan.
Torres Sevilla-Quiñones de León, M. (1999). Linajes nobiliarios en León y Castilla (siglos IX–XIII). Valladolid: Junta de Castilla y León.
Valdeón Baruque, J. (2006). La Reconquista: El concepto de España, unidad y diversidad. Madrid: Espasa Calpe.