9 Fevereiro 2023, 12:30
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Maria Cristina de Castro Maia de Sousa Pimentel
Daniel Faria (1971-1999) conversando com os clássicos
1. Daniel Faria, um poeta para sempre
a) Uma herança de palavras: Poesia (2003, 1ª edição), O Livro do Joaquim (2007, 1ª
edição), Sétimo Dia (2021, 1ª edição). A importância da materialidade do livro.
Apresentação do poeta por Luís Adriano Carlos. Documentário de Marlene Maia “O
silêncio e a palavra” (2021).
b) A bibliografia crítica como indício de um processo de canonização poética.
c) Do poema “Arte Poética”, de Oxálida (1992), à regra de S. Bento: entre o ausculta e
o peruenies.
2. Lidar com os clássicos
a) Percurso académico de um aluno leitor de poesia.
b) Um início de conversa: referências clássicas em O Livro do Joaquim e Sétimo Dia.
c) Continuar a conversar: mitos clássicos no poema inédito “Mãe”, poema “Ítaca” de
Oxálida, o ciclo “Explicação do labirinto” de Explicação das Árvores e de Outros
Animais, um poema da secção “Uma espécie de anjo ferido na raiz”, de Homens que
São como Lugares mal Situados.
3. Considerações finais
a) Uma tentativa de síntese: um eu que espera um tu ausente, o poema como teia e lugar
dessa espera, os mitos clássicos reescritos à luz de uma poética marcada pelo silêncio,
pela morte, pela busca de uma Verdade, pelo regresso à origem, pelo desejo de um amor
infinito.
b) A poesia como lugar de encontro e de beleza: “Prometo-te a palma da minha mão
para a escrita.”, “Lembra-te do teu Criador nos dias da mocidade” e “Seja o que for /
Será bom. / É tudo.”
c) Audição de passos de Sétimo Dia (programa A Ronda da Noite, 2021).
Aula com o Mestre Gil Teixeira.
7 Fevereiro 2023, 12:30
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Maria Cristina de Castro Maia de Sousa Pimentel
Poética quinhentista: elementos para a sua caracterização.
Antigos e Modernos: relações desejadas, formas de encontro (comentário de imagens e textos do século XVI).
Para uma caracterização da poética quinhentista portuguesa: “o claro lume de Toscana” e a “antiga Hespanha”; vozes coevas, perspectivas várias (os casos de Francisco Sá de Miranda e António Ferreira).
O discurso teorizador de António Ferreira na Carta a Diogo Bernardes (Poemas Lusitanos, I, XII): a imitação do “grão Flaco”; traços dominantes de uma poética explícita.
Aula com a Prof.ª Doutora Isabel Almeida.
2 Fevereiro 2023, 12:30
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Maria Cristina de Castro Maia de Sousa Pimentel
Formas de acesso à Antiguidade:
1. O ensino dos jesuítas (origem da Companhia de Jesus, a Ratio Studiorum — organização das aulas e autores recomendados);
2. As antologias dos colégios (autores e obras antologizados, a censura dos textos — o exemplo da Arte de Amar de Ovídio).
Nota: Aula com a Mestre Joana Veiga (CEC).
31 Janeiro 2023, 12:30
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Maria Cristina de Castro Maia de Sousa Pimentel
1. O sistema de ensino como meio privilegiado de contacto com os textos clássicos;
2. A transformação do latim de língua de comunicação em língua de leitura:
- reforma pombalina dos estudos (1759) — influência do Verdadeiro Método de Estudar (1746);
- reformas oitocentistas (em particular a criação dos liceus, em 1836);
- a fundação do Curso Superior de Letras durante a Regeneração e a progressiva especialização dos estudos clássicos;
3. A tradução e actualização dos textos clássicos ao longo dos tempos.
Nota: Aula da responsabilidade do Doutor Ricardo Nobre (CEC).
26 Janeiro 2023, 12:30
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Maria Cristina de Castro Maia de Sousa Pimentel
O mito de Medeia: principais fontes antigas (literárias, gregas e latinas; cerâmica; pintura).
Medeia na literatura portuguesa: Duarte de Brito (Cancioneiro Geral); André Falcão de Resende; Camões (Rimas; Os Lusíadas); António José da Silva, o Judeu, Os Encantos de Medeia; Bocage; Hélia Correia; Mário Cláudio; Fiama; Sophia; Eduarda Dionísio (Antes que a Noite Venha); José Ribeiro Ferreira.
Outras leituras: literatura brasileira; música; cinema; escultura; tapeçarias.