Sumários

Ciência e tecnologia, saberes locais e Império no mundo atlântico.

14 Fevereiro 2024, 12:30 Ângela Vieira Domingues


A participação de eruditos e académicos, de marinheiros, soldados, pilotos, mercadores e comerciantes; a colaboração de indígena e comunidades locais. Um assunto durante algum tempo pouco estudado pela historiografia dos descobrimentos e da expansão. A importância de guias, remeiros, intérpretes, práticos de canoas, pescadores, caçadores, carregadores de expedições, conhecedores dos sertões e da natureza. Os documentos e os arquivos centrais.

Introdução. Os portugueses no Oriente

9 Fevereiro 2024, 12:30 Ângela Vieira Domingues


Apresentação comentada da bibliografia fundamental. Dimensões geográficas do Oriente: de Sofala ao Japão. A génese da expansão portuguesa: os antecedentes e o debate. A expansão no Norte de África como escola de guerra para a nobreza é transplantado para o Oriente. O império português do Oriente como um empreendimento real. As contradições e as tensões entre os interesses do rei, dos nobres e dos comerciantes e mercadores. As bases de um império com pés de barro: a ilha de Moçambique, Sofala, Quíloa, Socotorá, Cochim. O grupo de Cochim e Afonso de Albuquerque: a criação de um império com base em Goa, Ormuz e Malaca e o controlo das rotas marítmas detidas por muçulmanos e hindus. A importância do comércio interasiático. A dispersão da presença portuguesa a Leste do Cabo Comorim. Praças portuguesas na Ásia: Chaul, Baçaim, Bombaim, Damão e a centralidade de Goa (capital, sede de governadores e vice-reis, local onde se cruzam as rotas comerciais portuguesas e regionais; as instituições: Alfândega, Misericórdia. Câmara, cobrança de impostos, gestão de orçamento, aparelhamento de armadas, grande mercado de escravos). A sociedade colonial portuguesa na Índia: opulência e ostentação de gente que se comporta como grandes senhores; a importância dos escravos (valiosos, valorizados; aprendem profissões, exercem cargos públicos em nome dos senhores, soldados, concubinas, mercadores, criados; manifestação de riqueza e prestígio).  Numa sociedade de castas, os nativos pobres são rebaixados à condição de negros pelos portugueses (fracos, incapazes). O pai dos cristãos. O Padroado Português no Oriente e a retração da presença portuguesa na Ásia: a Propaganda Fide.

Fontes: Cartas de Afonso de Albuquerque; Brás de Albuquerque, Os comentários do grande Afonso de Albuquerque; Tomé Pires, Suma Oriental e o livro de Francisco Rodrigues; Duarte Barbosa, O livro de DB;  os objetivos dos cronistas e o registo dos feitos que foram cometidos pelos grandes fidalgos e por famílias, reivindicação dos feitos e serviços à coroa e economia de mercê: Gaspar Correia, Lendas da Índia; Fernão Lopes de Castanheda, História do descobrimento e da conquista da Índia pelos portugueses; João de Barros, Décadas da Ásia; Diogo do Couto e  continuação da obra de Barros; Faria de Sousa; Jan Huygen van Linschoten (aula ministrada por Manuel Lobato)


A aliança entre descobrimentos e expansão com ciência e técnica, geopolítica e diplomacia

7 Fevereiro 2024, 12:30 Ângela Vieira Domingues


A aliança dos descobrimentos e da expansão com a ciência e a técnica, a geopolítica e a diplomacia. A incorporação gradual do Atlântico no horizonte mental dos portugueses e as viagens marítimas ibéricas. Alterações cartográficas e de representação do globo. A participação de novos estratos sociais e profissionais na expansão ibérica. 

Historiografia das ilhas de Cabo Verde: a apropriação da sua história pelos caboverdianos

2 Fevereiro 2024, 12:30 Ângela Vieira Domingues


Nesta aula mostrou-se como ao longo dos séculos os cabo-verdianos tomaram em mãos a história do seu país: escrevendo-a e transmitindo-a, por eles próprios. Assim, foram apresentado(a)s o(a)s historiadore(a)s, homens e mulheres das ciências e outro(a)s intelectuais que, ao longo dos séculos até à atualidade, contribuíram para o estudo e a escrita da história, da geografia e da cultura do arquipélago. Assim, começou-se por apresentar as contribuições de André Álvares de Almada, cujos trabalhos estão entre as primeiras descrições e relatos produzidos sobre as ilhas. Seguiu-se a apresentação de Christiano José de Senna Barcellos (século XIX), considerado o pai da historiografia cabo-verdiana. Relativamente ao século XX, deu-se destaque a figuras como António Carreira, autor de uma obra diversificada e de leitura obrigatória para quem estuda Cabo Verde; e, na atualidade, aos trabalhos de Daniel Pereira, João Lopes Filho e António Correia e Silva. Apesar de não serem naturais de Cabo Verde, foram ainda referidas duas figuras, também elas fundamentais para quem estuda o arquipélago: os geógrafos Ilídio do Amaral e Orlando Ribeiro. Mostrou-se o quão frutífera tem sido a publicação sobre a história de Cabo Verde com a apresentação de publicações que versam sobre temas tão diversos como poder político, urbanismo, saúde, alimentação, entre outros. Foi ainda apresentada uma breve história do projeto conjunto entre Cabo Verde e Portugal que levou à elaboração da História Geral de Cabo Verde. Abordou-se a evolução da arqueologia em Cabo Verde que contou inicialmente com os contributos de instituições universitárias europeias e, mais recentemente, do Instituto Português do Património. Finalmente, apresentou-se a lista de instituições e arquivos que dispõem de fontes históricas para o estudo do arquipélago de Cabo Verde e qual o tipo de fontes existentes. (aula ministrada por Maria Manuel Torrão; sumário de Cristina Paulino)

Os temas dos trabalhos de avaliação. Propostas e discussão

31 Janeiro 2024, 12:30 Ângela Vieira Domingues


Os temas dos trabalhos de avaliação. Propostas e discussão