Sumários

Política e Sociedade

9 Novembro 2016, 10:00 Helena Carvalhão Buescu

Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição.

Déclaration des Droits de l'Homme et du Citoyen.

Poder institucional e micropoder. O corpo biopolítco na Déclaration e no romance de Camilo. Literatura e política, as paixões do amor, do poider, da vingança, do ódio, da violência. A teoria aristotélica das paixões e sua reelaboração por Descartes. Ethos, pathos e logos. Revolução e (é) paixão.


Turorias

2 Novembro 2016, 10:00 Helena Carvalhão Buescu

Tutorias dos trabalhos a apresentar.


Argumentação e política

26 Outubro 2016, 10:00 Helena Carvalhão Buescu

Tucídides, Caps. I e II de História da Guerra do Peloponeso. Shakespeare, 3, 2 de Julius Caesar. Robert Kennedy, "Speech on the Assassination of Martin Luther King".


O alcance político e a retórica política e simbólica dos 3 discursos analisados (Péricles, Antony, R. Kennedy). Estratégias de legitimação do ethos (orador), do pathos (público) e do logos (argumento). Formas de veridicção e de manipulação. Os cuidados historiográficos de Tucídides. As estratégias utilizadas por Antony (e pelo enquadramento que Shakespeare dá ao discurso de Antony) para fazer alterar as emoções do público. O intuito ético de Kennedy e a estruturação do discurso; o recurso a Ésquilo.


Aristóteles, sobre epidíctico; Platão, Apologia; Pico della Mirandola, A Dignidade do Homem

19 Outubro 2016, 10:00 Helena Carvalhão Buescu

Aristóteles, Retórica: os três géneros do discurso argumentativo, seus objectos, objectivos e orientações temporais. O discurso epidíctico e suas funções retóricas para o discurso de elogio. A estrutura dual das emoções (pathos) do público: exemplo: emulação cf. inveja.

Incidência destas questões na Apologia de Sócrates, de Platão. A tetralogia dos diálogos em que este texto surge como o segundo passo: a defesa protagonizada por Sócrates como a melhor forma de o elogiar. As acusações: impiedade e corrupção dos jovens. Os argumentos de defesa apresentados por Sócrates. A estrutura do seu discurso. Apologia e discurso epidíctico.
Pico della Mirandola, Discurso sobre a Dignidade do Homem: contexto histórico-cultural. De um lado, a afirmação humanista (o texto domo "manifesto humanista do Renascimento", Eugenio Garin); do outro lado, a ebulição religiosa e social que promove a tentativa de fazer ainda coincidir religião e filosofia. A proposta de uma "Concordia" filosófica como a resposta aos conflitos: só o pensamento crítico pode promover o encontro de respostas humanamente consensuAIS. O texto como "heresia". Pilares da dignidade do homem: o seu livre arbítrio; a sua natureza indefinida. A figuração camaleónica.


Lucrécio, A Natureza das Coisas; Soares de Passos, "O Firmamento"

12 Outubro 2016, 10:00 Helena Carvalhão Buescu

Lucrécio, A Natureza das Coisas; Soares de Passos, "O Firmamento".A coincidência entre o acto emancipatório de conhecer e a beleza "estética" do poema (Lucrécio): a interpenetração entre os conceitos de verdade e beleza. A explicação atomística como forma de encontro de uma explicação imanente das coisas do mundo e consequente recusa das "superstições" provindas de uma justificação divina. A hipotipose como a grande estratégia retórica do texto e sua relação com a imaginação material de que ele é devedor. Greenblatt, The Swerve: a história do texto lucreciano. As suas bases materialistas; as suas implicações humanistas  (descoberta do manuscrito por Poggio, no Renascimento); as suas implicações na filosofia de base empírica.Soares de Passos: o discurso da ciência (astronomia) como um discurso de que a poesia se pode apropriar para descrever científica e poeticamente o mundo. A historicidade do Universo: por que formas se tenta ainda a conciliação entre o discurso da ciência e o reconhecimento de Deus como criador? A estrutura do poema e os seus cinco "andamentos". Mobilidade do universo e reconhecimento do seu carácter histórico e vitalista (nascimento, crescimento/decadência, morte): os princípios românticos.