Sumários
Plots and counterplots 1
14 Outubro 2015, 10:00 • Helena Carvalhão Buescu
Samuel2 13-19: a conspiração de Absalão contra David.
Sófocles, Ájax
The Tale of Sinuhe (Antigo Egipto)
John Baines, "Interpreting Sinuhe"
O estatuto auto-reflexivo dos episódios: a hesitação entre o papel do Pai e o papel do Rei como forma de confirmar a narrativa bíblica do poder de David; a necessidade de construir a interpretação adequada à confirmação de Ájax como herói trágico, condição para que a tragédia mantenha o seu estatuto enquanto tal; a fábrica da insinuação e do "understatement" como forma de apresentar Sinuhe como herói (?) de uma proto-conspiração.
A centralidade da linguagem: a o agon sofocliano como batalha retórica; jurídica; hermenêutica e poética; o silenciamento ou o uso contido da informação ou "meia informação" em Sinuhe. O cruzamento de géneros de discurso como forma de construir e elaborar a trama: funcionamento autobiográfico; antecipação do epitáfio; dimensão política e conspiração; discurso de inspiração histórica sobre o Egipto Antigo; o papel simbólico dos julgamentos protagonizados por Absalão.
Saber esperar: silêncio, segredo e linguagem.
Constructing heroes 2
7 Outubro 2015, 10:00 • Helena Carvalhão Buescu
Pepetela, Mayombe.
Girard, The Gods, the Dead, the Sacred, and Sacrificial Substitution
O tempo, o lugar, o ritual de iniciação e a metamoforse como elementos caracterizadores da intriga. A obra como resposta à memória épica ocidental. Dedicatória e epígrafe. Virgílio, Dante, Camões: a reescrita textual e a metamorfose quer dos heróis (João e Sem Medo) quer da tradição literária da epopeia.
Tradição e reescrita: Prometeu e Ogun, transgressão e ascensão ao estatuto de herói. A morte do Pai como metáfora do andamento histórico: continuidade e ruptura. A morte sacrifical, violênciagenerativa e violência sagrada (Girard).
Constructing Heroes 1
30 Setembro 2015, 10:00 • Helena Carvalhão Buescu
Camões, Episódio do Adamastor (V, 37-60)
Homero, Canto XXIV de Ilíada.
A construção do herói por oposição; de Adamastor ao herói colectivo; de Aquiles a Príamo e a Heitor. A "feitura" do herói: construído, não dado. A importância decisiva do uso de linguagem para esta feitura.
Heitor: a importância dos ritos funerários. A necessidade de o estabelecer como herói e de o fazer respeitar como "inimigo".
Aquiles: o amansamento da fúria de Aquiles, "bárbara" e "selvagem". A centralidade do conceito de piedade como contraposição retórica da sua fúria.
Se ambos não forem heróis, a epopeia desfaz-se, como lugar de manifestação da construção heróica. O enterro de Heitor como reconciliação do carácter heróico quer de Heitor quer de Aquiles.
Apresentação, comentários, avaliação
23 Setembro 2015, 10:00 • Helena Carvalhão Buescu
Apresentação do programa, seu comentário detalhado, colocação dos problemas e resposta a perguntas suscitadas pelos alunos.
Discussão de dois textos teóricos de introdução à disciplina e aos seus objectivos: Sandra Bermann e Haun Saussy.
Avaliação: apresentação oral programada (20%); preparação dos seminários e contributo para a discussão (20%) : trabalho final (10-12 pp); 60%