Sumários

Irrealismo acerca de objectos ficcionais (Ficcionalismo)

12 Novembro 2015, 15:00 António José Teiga Zilhão

As principais teses da posição irrealista acerca de objectos ficcionais. O irrealismo acerca de objectos ficcionais como extensão ao domínio ficcional da posição irrealista acerca da intencionalidade e da intensionalidade. Propostas irrealistas de análise do sentido de frases típicas acerca de objectos intencionais, ficcionais ou não ficcionais: i) paráfrase (e.g., Quine); ii) rejeição completa; iii) rejeição qualificada; iv) substituição. Motivações subjacentes ao uso destes métodos: i) motivação epistémica; ii) motivação ontológica. Tratamento irrealista do sentido de frases problemáticas acerca de objectos ficcionais - o caso das comparações transficcionais - por meio do uso de operadores ficcionais aglomerativos.


Gestão do Seminário e da Avaliação

5 Novembro 2015, 15:00 António José Teiga Zilhão

Definição dos tópicos das apresentações orais a serem feitas na segunda parte do seminário. Calendarização das mesmas. 


Realismo acerca de objectos ficcionais IV

29 Outubro 2015, 15:00 António José Teiga Zilhão

Formas de realismo III: Abstractismo. A teoria de acordo com a qual os objectos ficcionais seriam artefactos abstractos. Caracterização geral da mesma: artefactos abstractos como objectos não materiais e não mentais mas temporalmente determinados (por contraste com os objectos abstractos platónicos); identidade e intenções dos seus autores como parte dos critérios de individuação de artefactos abstractos; distinção entre exemplificação de uma propriedade e codificação de uma propriedade: objectos ficcionais como codificadores das propriedades que lhes são atribuídas nas ficções em que participam e como exemplificadores das propriedades que caracterizam a sua natureza ontológica. Vantagens do realismo abstractista em relação ao realismo meinonguiano ou ao realismo mundo-possibilista: o realismo abstractista tem os recursos para responder eficazmente aos problemas da selecção, da impossibilidade e da incompletude. Objecções ao realismo abstractista: codificar é representar; logo, os personagens ficcionais dos abstractistas são representações e não coisas representadas, o que é contra-intuitivo; as codificações são subproposicionais; logo, os personagens ficcionais, enquanto representações de conjuntos de propriedades, nunca podem representar efectivamente o objecto ficcional na sua singularidade, mas tão-só a intersecção das propriedades que codificam. 


Os Filósofos de Cambridge

22 Outubro 2015, 15:00 António José Teiga Zilhão

Conjunto de três conferências sobre as obras de filósofos de Cambridge publicadas pela colecção Textos Clássicos da Fundação Calouste Gulbenkian:


1. Prof. Rui Sampaio e Silva: Principia Ethica de G.E. Moore - O Problema do Conhecimento Moral.

2. Prof. Fernando Ferreira: Introdução à Filosofia Matemática de B. Russell - Identidade entre a Matemática e a Lógica: uma questão de detalhe?

3. Prof. António Zilhão: Tractatus Logico-Philosophicus e Investigações Filosóficas de L. Wittgenstein - A Filosofia da Linguagem como "Filosofia Primeira".


Realismo acerca de objectos ficcionais III

15 Outubro 2015, 15:00 António José Teiga Zilhão

Formas de realismo: II - Mundo-possibilismo. Noção intuitiva de 'mundo ficcional' como o mundo criado por uma obra de ficção. Noção lógico-filosófica de 'mundo possível'. A proposta do realismo mundo-possibilista de interpretar a noção de 'mundo ficcional' à custa da noção lógico-filosófica de 'mundo possível'. As duas contenções distintivas desta proposta: i) indivíduos, objectos, lugares e eventos ficcionais poderiam ser interpretados como indivíduos, objectos, lugares e eventos não actuais que povoariam mundos possíveis; ii) operadores ficcionais poderiam ser interpretados como quantificações sobre mundos possíveis. Distinção entre o realismo mundo-possibilista (não actualista) e o realismo meinonguiano (actualista). Objecções ao realismo mundo-possibilista acerca de objectos ficcionais: 1) Há dificuldades em compatibilizar a noção intuitiva de 'verdade na ficção' com a noção de 'verdade nos mundos possíveis' correspondentes (p.ex.: qualquer tautologia é verdadeira em qualquer mundo possível e qualquer contradição é falsa em qualquer mundo possível; mas não parece ser o caso que qualquer tautologia seja verdadeira em qualquer ficção e há ficções (p.ex., as que narram viagens no tempo) que implicam contradições). 2) Os mundos possíveis são, por definição, completos, enquanto que os objectos e mundos ficcionais são essencialmente incompletos; ora, a incompletude essencial dos objectos ficcionais gera contradições quando se tenta interpretá-los como objectos pertencentes a mundos completos.