Sumários

Odisseia, um poema de nostos. A telemaquia (1-4) e o nostos de Ulisses

25 Outubro 2016, 14:00 Abel Pena

A Odisseia e o ciclo troiano. Os nostoi. Odisseia, poema fundador da nostalgia. Nostos e nostalgia. Função poética e narratividade: hedonê, thelgein, thaumasta. A Odisseia, o conto e o romance moderno. Das Mil e uma noites a Hoffmann e a Poe. Um poema de contrastes. A invenção do léxico marítimo. Nictofobias e nictomorfismos. Estrutura da Odisseia. Telémaco e os essomenoi. Telémaco e as três gerações. Telémaco e Atena/Mentor. Telémaco e o sentido da viagem: iniciação à maioridade e busca da legitimação do poder paterno. De Ítaca a Esparta, viagem pelo oikouménos. Contrastes culturais: da Ítaca rural e semifeudal ao mundo palacial dos atridas (Pilos e Esparta). A narrativa de Menelau no canto IV e a figura metamórfica de Proteu, o Velho do Mar. O substrato egípcio da Odisseia. O canto V: Ulisses na ilha de Calipso. O mito de Eos e Titono. Iconografia de Mémnon e de Eos. Da gruta ao jardim (paradeisos) de Calipso. A intervenção de Hermes. Calipso, Ulisses e a promessa de imortalidade. A viagem de Ulisses até à Esquéria (costa dos Feaces). Naufrágio na costa dos Feaces. O náufrago e os dons da hospitalidade. Sob a protecção de Atena. Nausícaa, Alcínoo e a natureza lúdica dos Feaces. O canto do aedo Demódoco e as metamorfoses de Ulisses. Considerações sobre a constituição e a transmissão dos Poemas Homéricos. O papel dos agentes culturais: dos aedos homéricos à primeiras edições renascentistas da Ilíada e da Odisseia.


Ilíada, 16-24. Da Patrocleia ao resgate de Heitor e à humanização de Aquiles

20 Outubro 2016, 14:00 Abel Pena

A morte de Sarpédon. Combates em torno do cadáver. Simbolismo de Hypnos e Thanatos e o seu carácter sombrio na Ilíada. Considerações sobre Hermes psicopompo. O cortejo fúnebre. Estudo anatómico do guerreiro e suas feridas vitais. Ilustração da morte de Sarpédon: o cráter de Euxíteo e Eufrónio. Invocação às Musas. Canto XVIII: do ceptro ao escudo de Aquiles. O ceptro de Agamémnon: entre natura (physis) e cultura, entre autoridade divina e contestação. O escudo de Aquiles - espelho da sociedade homérica, uma enciclopédia do mundo antigo. Hefesto e a metalurgia do bronze. Cidade em paz e cidade em guerra. Tipologia do armamento de Aquiles: paradigma do guerreiro homérico. A éfrase épica: ut pictura poesis (Semónides). A écfrase homérica como modelo de progymnasmata na tradição retórica grega. Os funerais de Pátroclo. Rituais de penthos. Simbolismo do corpo insepulto  (ataphos). A instituição dos jogos fúnebres. As provas, os prémios. Os jogos em honra de Pátroclo e o espírito agónico da sociedade homérica. Formas de pervivência. Os jogos olímpicos de 776 a.C.. Os jogos olímpicos modernos como paradigma da sociedade europeia. O resgate de Heitor: Príamo e Aquiles. Príamo hiketês: a humanização de Aquiles. Reconfiguração do cadáver de Heitor. Níobe, símbolo de dolor matris. Cenas de prothesis. Rituais de penthos: Cassandra, Andrómaca, Helena, Hécuba e Príamo.

 


Estudos dos cantos 7-15 da Ilíada.

18 Outubro 2016, 14:00 Abel Pena

 Canto VII. Ájax e Heitor. As Sortes da guerra. O ritual de sêma e graphê. Breve noção etimológica de Moira (meromai). Do concreto ao abstracto e vice-versa. Das sortes como herança à ideia de destino. A balança de Zeus. O canto IX e a embaixada a Aquiles. Epopeia e retórica. Canto X: a Doloneia. Simbologia do disfarce. A aristeia de Agamémnon: breve écfrase do escudo. Pátroclo e os médicos de guerra. Os feitos de Sarpédon, filho de Zeus e de Europa. Canto XIV: o dolo de Hera. A kosmetikê technê no feminino. Hera e a política de alianças.  Considerações sobre a noção de belo e beleza na Ilíada. Alguns padrões de beleza feminina. Da beleza do cosmos à beleza do guerreiro; da arte ao atleta olímpico.


Homero e a medicina ocidental

13 Outubro 2016, 14:00 Abel Pena

A segunda invocação do poeta. O catálogo da naus como exercício mnemotécnico. A aristeia de Menelau e Páris. Homero e os fundamentos da medicina ocidental. Os médicos de guerra na Ilíada: iatroi e demiourgoi. Macáon e Podalírio. Magia e anatomia. Apolo, inventor da medicina. Apolo e Asclépio. Os Asclepíades. Quíron e a educação de Aquiles. Patronímicos e epítetos de Diomedes. Diomedes e Afrodite. O lamento de Afrodide ferida. Eneias e Diomedes.
Apresentação dos cantos da Odisseia 1-12.


Ilíada, Assunto e estrutura

11 Outubro 2016, 14:00 Abel Pena

Crises

Processos estético literários. Aspectos da tradição oral: fórmulas, epítetos, repetições, patronímicos. As invocações na Ilíada e sua imitação ao longo da história literária.Construção e desconstrução do herói homérico. Principais e valores da paideia homérica: arete, kléos, mnemosyne. O conflito entre Agamémnon e Aquiles: valores e códigos épico-guerreiros na sociedade homérica: psógos, épainos, timê, doxa. Valores sociais e valores ideiais: da cultura da vergonha à excelência do herói (arete).  Função e estatuto do wanax.O temenos  de Agamémnon. Crises e Brises, Briseida e Criseida. Geras, apoina . A atmosfera religiosa do conflito. A epizootia. O banquete dos deuses. Entre o arco e a lira. Apolo, as Musas, e a cultura apolínea. Principais epítetos e funções de Apolo. Santuários de Apolo: Delos e Delfos. Apolo na cultura ocidental. Estatuto e função sacerdotal na sociedade homérica. Os thuoskóoi: Apolo e Crises.

Apresentação sumária dos cantos 17-24 da Ilíada