Sumários

Não houve aula. O docente estava em mobilidade no estrangeiro

21 Março 2024, 15:30 Rodrigo Furtado


Não houve aula. O docente estava em mobilidade no estrangeiro

Catastrofistas: invasões, recessão económica; atrofiamento demográfico; colapso urbano; iliteracia.

19 Março 2024, 15:30 Rodrigo Furtado


1.     Edward Gibbon e os seus antecedentes. O papel do Cristianismo.

2.     As conjunturas:

a.      As ‘travessias’ godas (376-418); os Visigodos na Aquitânia: federados às ordens do Império; o foedus.

The Visigothic "refugees" defeat emperor Gratianus at Adrianopolis, and begin the invasion and destruction of Rome.

 

Uma imagem com texto, mapa

Descrição gerada automaticamente

Uma imagem com texto, mapa

Descrição gerada automaticamente

 

b.     A travessia do Reno no final de 406: a ‘confusão’ hispânica: Vândalos, Suevos e as intervenções dos Visigodos às ordens do Império;

c.      o abandono da Britânia (410);

d.     a perda de Cartago (439);

e.      as incursões dos Hunos nos Balcãs e na Gália e a batalha dos Campos Cataláunicos (451) e a invasão da Gália Cisalpina (452); a morte de Átila (453);  

f.      A instabilidade a norte do Loire a partir de 450-60: Egídio (Soissons); Arbogasto (Trier); Riotamo (Bretanha); os Francos.

Entre Alarico e Estilicão: quem são os bárbaros na Antiguidade tardia? Continuidade e/ou ruptura?

14 Março 2024, 15:30 Rodrigo Furtado


1.     Fenómeno de longo prazo, com raízes anteriores:

a.      Longo convívio proporcionado pelos rios;

b.     Militarização da fronteira; desmilitarização do Mediterrâneo.

c.      Frequentes combates/invasões/migrações (e.g. s. II, s. III, s. IV);

a)                     Reacção A: confronto militar;

b)                     Reacção B: Estabelecimento frequente de populações dentro do Império, que normalmente acabavam integradas com o tempo: sobretudo ao longo das fronteiras do Reno e do Danúbio.

1.     Augusto: 50 mil Getas no Danúbio;

2.     Tibério: 40 mil prisioneiros germanos no Reno;

3.     Nero: 100 mil “transdanubianos” nos Balcãs;

4.     Marco Aurélio: Quados, Vândalos, Jaziges, Marcomanos.

5.     Aureliano: Godos;

6.     Constâncio Cloro: atribuição de terras a bárbaros.

7.     Constantino: Francos na Gália; 300 mil Sármatas na Trácia, Macedónia e Itália;

8.     350-360: Sármatas, Alamanos: Gália, Itália.

 

2.     A barbarização do exército?

a.      As tropas auxiliares/mercenários: peregrinos ou bárbaros (voluntários; através de tratados - foederati); o que é um mercenário?        

b.     A prática desde o s. I a.C.: César, Augusto, Tibério, Marco Aurélio.

c.      O aumento do número de mercenários na Antiguidade tardia.

d.     A importância dos líderes militares de origem “não romana”. Exemplos de bárbaros que foram integrados; quase todos 2.ª/3.ª geração.

a)                     306: o Alamano Croco e o auxílio a Constantino;

b)                     Malobaudes: comes domesticorum de Graciano (375-383); franco.

c)                     Bautão: magister militum de Valentiniano II (383-392); cônsul (385); pai da imperatriz Eudóxia (mulher de Arcádio); franco.

d)                     Estilicão (Vândalo); comes; magister utriusque militiae (393); cônsul (400, 405); casou com Serena, sobrinha de Teodósio; as filhas, Maria e Termância, casaram com Honório.

e)                     Constâncio III (Dácio): magister militum (411); cônsul (414, 417, 420); casou com Gala Placídia (417); co-imperador (421).

f)                      Écio (Cita); Ricimero (Suevo); Aspar (Alano); Gundobaldo (Burgúndio); Zenão (Isáurio); Odoacro (Esciro); Teodorico (Ostrogodo).

 

 

3.     Na Antiguidade Tardia, no entanto, há várias coisas que vêm mudar situação na fronteira:

a.      The frontier crisis faced by the western empire in 405–408 was the result of an equally large, if not actually much bigger, crisis beyond the frontier itself. Something profound must have been going on beyond Rome’s frontiers to cause all these groups to relocate west of the Carpathians, even before they made their better-documented moves onto Roman soil (P. Heather).

b.     Bárbaros que atravessa o rio: + 50 mil em 376; ca. 100 mil em 406;

c.      Reacção de Roma: diferenciação/não integração/rejeição;

 

4.     Etnogénese (Herwig Wolfram): são os próprios Romanos que impedem inicialmente identificação plena com Roma:

a.      Os “Godos” de 376 e o tratado de 382;

b.     Vândalos e Suevos (final de 406);

c.      Os reinos “clientes” no interior do Império e não na periferia.

 

5.     A fraqueza do trono imperial: enfraquecimento do trono imperial era congénito da própria existência do Império:

- Nove usurpações no século IV (depois de Constantino): ‘the true “killing fields” of the fourth century were not along the frontiers. They were in northern Italy and the Balkans, where sanguinary battles were regularly fought between rival emperors’ (Brent Shaw).

- Século V: usurpações e ‘invasões’ quase sempre relacionadas (entre 406-414, houve oito ‘usurpadores’/’Augustos’ no Ocidente): usurpadores que se auto-proclamam devido à instabilidade militar (tal como no século III); usurpadores que usam forças bárbaras; forças bárbaras que aproveitam a fraqueza causada pelas usurpações.

Rodrigo Furtado

Bibliografia Sumária

Halsall, G. (2012), The barbarian migrations and the Roman west, Oxford, 165-283.

-------

Burns, Th. S. (2003), Rome and the Barbarians, 100 BC - A.D. 400, Baltimore, Md..

Cameron, Av. (2012), ‘The empire and the barbarians’, The Mediterranean World in Late Antiquity AD 395-700, 2nd ed. New York, 39-57.

Gillett, A. (2009), ‘The Mirror of Jordanes: Concepts of the Barbarian, Then and Now’, A Companion to Late Antiquity, Malden M.A. and Oxford, 392-408.

Goffart, W. (2010), ‘The technique of barbarian settlement in the fifth century: A personal, streamlined account with ten additional comments’, Journal of Late Antiquity 3.1, 65-98

Halsall, G. (2014), ‘Two Worlds Become One: A “Counter-Intuitive” View of the Roman Empire and “Germanic” Migration’, German History 32.4, 515–532.

Halsall, Guy (2010), ‘The technique of barbarian settlement in the fifth century: A reply to Walter Goffart’, Journal of Late Antiquity 3.1, 99-112.

Heather, P. J. (2010), Empires and Barbarians: The Fall of Rome and the Birth of Europe, Oxford.

Heather, P. J. (2018), ‘Goths’, The Oxford Dictionary of Late Antiquity, Oxford, 673.

Wood, I. (1998), ‘The barbarian invasions and first settlements’, Cambridge Ancient History 13. The Late Empire A.D. 337-425, Cambridge, 516-537.

Wood, I. (2008), ‘Barbarians, historians, and the construction of national identities’, Journal of Late Antiquity 1.1, 61-81.

 

Primeira Prova Escrita Presencial

12 Março 2024, 15:30 Rodrigo Furtado


Primeira Prova Escrita Presencial

O colapso político bizantino e sassânida: o fim do mundo antigo?

7 Março 2024, 15:30 Rodrigo Furtado


1.     O fim da família de Justiniano (602).

1.1   Focas (602-610) e o recomeço da guerra no Oriente: o início da guerra por Cosroés II – o regresso da instabilidade ao Oriente – a 1.ª fase: 602-610.

2.     Heráclio (610-641).

2.1   Origem arménia. O pai era exarca da África (600-610).

2.2   A revolta de Heráclio o velho: a conquista de Alexandria e do Chipre.

2.3   A expedição de Heráclio a Constantinopla e a deposição de Focas (610).

 

3.     A guerra com os Sassânidas – a 2.ª fase – 610-626.

 

Uma imagem com mapa

Descrição gerada automaticamente

 

3.1   611: Captura de Cesareia da Capadócia.

3.2   613: Conquista de Antioquia.

3.3   614: Conquista de Damasco e Jerusalém. O roubo da Santa Cruz.

3.4   617: Conquista de Alexandria e de Calcedónia. A chegada ao Egeu: saque de Éfeso

3.5   A perda do trigo do Egipto.

3.6   A aliança Ávaros-Persas e o cerco a Constantinopla: 626.

3.7   A desagregação da máquina fiscal bizantina no Oriente.

3.8   A manutenção das cidades e do quadro administrativo romano.

3.9   Apocalipticismo e fim do mundo: o boom literário.

 

 

4.     A guerra com os Sassânidas – a 3.ª fase – 626-628.

4.1   A aliança com os turcos e a campanha de 627-628.

4.2   A batalha de Nínive (627). A rebelião persa contra Cosroés II, deposição e morte (628). A sucessão de Cavades II (628). A trégua. A Pérsia entra em guerra civil (628-632).

 

5.     A Paz (629).

5.1   A fronteira no Eufrates.

5.2   O regresso da Santa Cruz (630).

5.3   Um Império em sérios problemas: durante quinze anos sem abastecimento de trigo e sem impostos.

 

6.     A chegada dos muçulmanos.

6.1   Os primeiros raids na Palestina (629).

6.2   A conquista da Palestina e da Síria (634-638). A conquista de Jerusalém (638).

6.3   A conquista de Alexandria (642) e do Egipto (639-646).

6.4   A captura de Cartago (695).

 

7.     Motivos:

7.1   A destruição da máquina militar Romana.

7.2   Surpresa e desconhecimento.

Rodrigo Furtado

Bibliografia:

Cameron, Av. (2012), The Mediterranean World in Late Antiquity, AD 395-700. Routledge History of Classical Civilization, London, 168-207.

___________

Crone, P. (2005), Medieval Islamic political thought, Edinburgh.

Fisher, G. (2013), Between empires: Arabs, Romans, and Sasanians in late antiquity, Oxford.

Griffith, S. (1997), ‘Byzantium and the Christians in the world of Islam: Constantinople and the Church in the Holy Land in the Ninth Century’, Medieval Encounters 3, 231-265.

Hoyland, R. (2012), ‘Early Islam as a late antique religion’, The Oxford handbook of Late Antiquity, Oxford.

Howard-Johnston, J.D. (2010), Witnesses to a world crisis: historians and histories of the Middle East in the seventh century, Oxford.

Kaegi, W. E. (1992), Byzantium and the early Islamic conquests, Cambridge.

Kennedy, H. (1986), The Prophet and the age of the Caliphates: the Islamic Near East from the sixth to the eleventh centuries, London. 

Lapidus. I. M. (20022), A history of Islamic societies, Cambridge.

Madelung, W. (1997), The Succession to Muhammad: A Study of the Early Caliphate, Cambridge.

Robinson, C. (2010), The New Cambridge History of Islam. 1. The formation of the Islamic world (sixth to eleventh centuries), Cambridge.