Sumários
Um caso paradigmático das lutas pelo poder simbólico: pintura moderna e ‘capital cultural’
30 Março 2016, 08:00 • ALVA MARTINEZ TEIXEIRO
As abordagens contemporâneas da cultura: a centralidade da visão da cultura como um conjunto de modos de agir e de produzir, assim como de rituais e estratégias impostos nas diferentes situações culturais.
Pierre Bourdieu e as lutas pelo poder simbólico: a distribuição desigual do ‘capital simbólico’ na sociedade. Um caso paradigmático: a história de Teri Horton e o documentário Quem é afinal Jackson Pollock?
Filme na aula: Quem é afinal Jackson Pollock? de Harry Moses (2006).
As peripécias de uma ex-camionista sem ‘capital cultural’ para autenticar e depois vender um quadro comprado numa loja de artigos em segunda mão como uma obra perdida de Pollock. O desafio que se coloca ao mundo do comércio da arte e dos seus especialistas elitistas.
Bibliografia:
BORDIEU, Pierre (2010): A distinção: uma crítica social da faculdade do juízo (Lisboa: Edições 70).
EMMERLING, Leonhard (2003): Jackson Pollock: 1912–1956 (Lisboa: Taschen/Público).
As comunidades imaginadas
29 Março 2016, 14:00 • Ana Maria Sanchez Tarrio
Análise da obra «As comunidades imaginadas» de B. Anderson.
Os agentes da mudança:
1.- Queda do tempo religioso:
* Novo conceito de tempo não religioso: (diferente do tempo da comunidade supranacional cristã, dependente do tempo divino e o seu Providencialismo), tempo abstracto baseado no relógio e no “Entretanto”. O novo tempo é um tempo horizontal-secular: o da coincidência no tempo de um conjunto de seres que configuram uma comunidade.
* Este novo tempo configura um NÓS genérico: o conceito mais primário que contém o germe da nação.
2.- Queda da monarquia, da ordem sagrada do poder
3.- Queda da língua transnacional: o latim.
4.- A ampliação da escolarização obrigatória desde o século XIX: o ensino da história e patriotismo.
O capital cultural e o poder simbólico
18 Março 2016, 08:00 • ALVA MARTINEZ TEIXEIRO
As obras de Pierre Bourdieu e o estudo das relações complexas e intrínsecas entre a luta pelo poder social e o uso de produtos culturais.
L’Amour de l’art: Les Musées d’art Européens et leur public (1966): a classificação dos visitantes dos museus segundo parâmetros educacionais e de classe. A relação das classes trabalhadores com os museus e a arte. A alienação, o antagonismo e a rejeição, particularmente, da arte moderna. A falta dos códigos culturais adequados para avaliar e analisar a(s) arte(s) moderna(s). Um exemplo paradigmático: as propostas artísticas da pós-modernidade. A distinção entre ‘bom gosto’ e ‘gosto vulgar’ e a legitimação da distinção de classes.
A ambivalência nas abordagens contemporâneas do estudo da Cultura: o equilíbrio entre o estudo das estruturas e dos modos de agir individuais, mas interdependentes.
Bourdieu e a metáfora do capital cultural: a habilidade para ler e entender os códigos culturais e a sua distribuição desigual na sociedade.
O benefício de legitimação do capital cultural na batalha pelo poder simbólico.
As distinções entre o ‘bom’ gosto e o gosto ‘vulgar’ e as funções implícitas e indiretas desses juízos estéticos: o fortalecimento da divisão social e da autoridade da classe dominante em termos culturais.
A análise do benefício de legitimação do capital cultural na batalha pelo poder simbólico presente na obra Distinction de Pierre Bourdieu.
A visão da cultura como um conjunto variados de modos de atuar e produzir, mas também de rituais culturais adequados às estratégias impostas nas diferentes situações sociais.
Pierre Bourdieu e as lutas pelo poder simbólico: a distribuição desigual do ‘capital simbólico’ na sociedade. Um caso paradigmático: a história de Teri Horton e o documentário Quem é afinal Jackson Pollock?
Bibliografia:
BORDIEU, Pierre & DARBEL, Alain (1969): L’amour de l’art: les musées d’art européens et leur public (Paris: Minuit).
BORDIEU, Pierre (2010): A distinção: uma crítica social da faculdade do juízo (Lisboa: Edições 70).
O que significa ser português?
17 Março 2016, 14:00 • Ana Maria Sanchez Tarrio
Exercício escrito sobre o significado da nacionalidade para os alunos.
A categoria ideológica da Cultura
16 Março 2016, 08:00 • ALVA MARTINEZ TEIXEIRO
A categoria ideológica. A compreensão da cultura como um texto que deve ser lido e interpretado: a importância dos símbolos e das criações e ficções culturais. Estudo de um exemplo concreto da proposta de Clifford Geertz: os valores e caraterísticas do carisma e da figura do carismático na Inglaterra protestante e no Marrocos islâmico dos séculos XVI, XVIII e XIX. A análise da criação da figura e da definição das virtudes do carismático do ponto de vista cultural: uma ficção cultural que simbolicamente reforça a dominação e a autoridade política e religiosa. A divulgação desse símbolo cultural na sociedade: a função dos estereótipos (a respeito da identidade de um povo e das caraterísticas do ‘carismático’) e das obras de arte (a exaltação ad hoc das virtudes do ‘carismático’ nas estátuas, na pintura, na literatura, etc).
A conceção marxista da cultura. Antonio Gramsci e a teoria da hegemonia. Os conceitos de negociação e consentimento.
Bibliografia:
CREHAN, Kate (2004): Gramsci, cultura e antropologia (Lisboa: Campo da Comunicação).
GEERTZ, Clifford (1998): La description dense: verse une théorie interprétative de la culture (Marseille: La description).
GRAMSCI, Antonio (1994): Letters from prison (New York: Columbia University Press).
SANTOS, João de Almeida (1987): O princípio da hegemonia em Gramsci (Lisboa: Vega).