Sumários

Laços de parentesco e outras relações sociais. O protagonismo crescente das mulheres em África

5 Dezembro 2025, 15:30 José Augusto Nunes da Silva Horta

1. Para além da "etnia": como definir e conceptualizar as relações sociais e as suas transformações no continente africano? Uma vertente fundamental dessas relações sociais, vividas através do parentesco (kinship) e do casamento. Uma abordagem antropológica sensível à pluralidade de contextos, aos dinamismos e às mudanças históricas recentes. Comentário a um texto de Maria Grosz-Ngaté.

2. O protagonismo crescente das mulheres em África no período pós-independências africanas. O envolvimento das mulheres na resolução de conflitos internos dos seus países (mas também, por vezes, como agentes desses conflitos) e nos processos de democratização, bem como nas causas internacionais pelos seus direitos. Protagonismo em organizações internacionais, em organizações promotoras da paz, nos governos e partidos políticos, bem como nos sindicatos. A luta contra uma marginalização de género que perdura.

Comentário ao capítulo de Kathleen Sheldon, “Women and Politics after Independence”.


Conclusão da matéria dan aula anterior. As sociedades africanas em conexão.

3 Dezembro 2025, 15:30 José Augusto Nunes da Silva Horta

1. Conclusão da matéria anterior (síntese pelo professor).

 

2. Os debates em torno da herança colonial. Base de estudo: confronto entre a conclusão do capítulo "Legacies of the Past" de Aden e Hanson e o artigo de Casper Andersen, "Decolonizing the Mind".


3. As sociedades africanas em conexão — o poder e as relações económicas, as línguas, as culturas

A organização dos espaços nos mundos africanos na perspectiva histórica. Comentário à segunda parte do capítulo de Jean-Loup Amselle, "Etnias e espaços: para uma antropologia topológica".

As cadeias de sociedades englobantes e englobadas e os espaços socializados dos mundos africanos “antigos". - Os espaços de trocas — espaços hierarquizados de apropriação da produção, controle da circulação e de consumo (conclusão); lógicas comerciais africanas e signos monetários. - Espaços estatais, políticos e guerreiros — a natureza do poder político, poder sobre pessoas e não sobre terra sujeita a fronteiras; a dinâmica histórica de agregação, desagregação e nova agregação sucessivas entre estados, chefados e sociedades linhageiras (semelhante a fenómenos de diástole e sístole); relações tributárias, predatórias e deslocações de população. - Espaços linguísticos —tipos de línguas e tipologia de áreas linguísticas; relação dessas áreas com a composição e decomposição de espaços políticos, de trocas e - Espaços religiosos e espaços culturais. - Mutações étnicas e os sistemas de classificação identitária "pré-coloniais" — escolhas identitárias e grupos categoriais relacionados com as cadeias de sociedades: a classificação identitária e a sua apropriação pelos actores sociais como o resultado de um jogo de forças; o valor performativo do "etnónimo" e a pluralidade dos seus significados; a identidade: um estado, consoante os contextos, e não uma essência cultural. As transformações identitárias e um determinado modelo de visão étnica como invenção colonial.

Os espaços coloniais —processo de territorialização é presidido pelo projecto de reagrupar as populações e designá-las por categorias comuns para um controlo mais eficaz. Novas divisões territoriais, desarticulando as relações entre as sociedades locais; as populações locais apropriam-se dessas identidades étnicas relacionadas com os novos territórios coloniais, levando ao que equivocamente se classificou como “tribalismo”.


Os tempos e os debates da história africana (conclusão)

28 Novembro 2025, 15:30 José Augusto Nunes da Silva Horta

1. Revisões sobre o processo de ocidentalização do continente africano; o período contemporâneo. Base de estudo: esquema da periodização proposta por Catherine Coquery-Vidrovitch e excertos do artigo da autora.

2. Sobre "Colonialismo em África" de Parker e Rathbone: síntese pelo professor.

3. A viragem pós-colonial e a desconstrução da história colonial do continente. Comentário a John Parker e Richard Rathbone, “Imaginar o Mundo, Reconstruir o Passado” — A grande mudança do momento pós-Segunda Guerra Mundial: a "segunda ocupação colonial". — A difícil descolonização do ensino e da investigação sobre a História de África. As visões contraditórias de historiadores africanos e das lideranças nacionalistas dos seus países. — Os estados pós-coloniais e as suas contradições: diversidade de processos independentistas.


Plenário do Conselho Científico da FLUL

26 Novembro 2025, 15:30 José Augusto Nunes da Silva Horta

Ausência por participação no Plenário do Conselho Científico da FLUL


Os tempos e os debates da história africana (continuação)

21 Novembro 2025, 15:30 José Augusto Nunes da Silva Horta

Síntese do professor sobre a visão da História de África de John Akare Aden e John Hanson e a problemática subjacente no capítulo: qual o peso do legado colonial?

O domínio colonial europeu em África: os seus modelos e complexidades segundo J. Parker e R. Rathbone, "Colonialismo em África". — Estados coloniais e "estilos" de domínio: variações por potências coloniais e por regiões; apropriações africanas dentro do sistema. — Governo (directamente) coercivo ou indirecto: assimilação e indigenato.