Sumários

Preparação para o trabalho de comentário de fonte (continuação)

12 Outubro 2018, 16:00 José Augusto Nunes da Silva Horta

Ponto prévio: distribuição de apresentações (e dos comentários às apresentações) de textos para discutir ao longo das próximas aulas
1. Uma breve reflexão sobre a conferência da Prof.ª Juliana Barreto Farias (que teve a participação da turma) e o que ela nos diz sobre a forma como se constrói o discurso historiográfico e um discurso científico em geral. Entre outros aspectos, a importância do estado da arte (retrospectiva do que foi escrito antes de nós directamente relacionado com o nosso objecto e a humildade intelectual que este procedimento pressupõe para poder sugerir uma nova abordagem); a importância da pergunta de partida e de perguntar com instrumentos; a importância da selecção das fontes.


2. Continuação da preparação para o trabalho de comentário de fonte: exemplificação na análise de um excerto do  Tratado Breve dos Rios de Guiné do Cabo Verde (versão de 1594), de André Álvares de Almada.  Análise da obra seguindo os pontos da estrutura do comentário de fonte (disponível na plataforma de e-learning). As classes de informação e categorias do autor organizadoras do seu discurso.


Preparação para o trabalho de comentário de fonte

9 Outubro 2018, 14:00 José Augusto Nunes da Silva Horta

 Preparação para o trabalho de comentário de fonte: exemplificação na análise de um excerto do Tratado Breve dos Rios de Guiné do Cabo Verde (versão de 1594), de André Álvares de Almada.  Análise da obra seguindo os pontos da estrutura do comentário de fonte (disponível na plataforma de e-learning)


Conclusão do comentário ao artigo de Donald Wright. A estrutura do comentário a uma fonte histórica

2 Outubro 2018, 14:00 José Augusto Nunes da Silva Horta

1. Conclusão do comentário ao texto de Donald Wright. Entre outros tópicos discussão dos seguintes: o problema da projecção inadequada do conceito ocidental de "boundaries" (fronteiras) enquanto limites territoriais lineares e rígidos para os contextos africanos "pré-coloniais" (através de conceitos europeus como "reinos" ou "impérios"), ideia desenvolvida a partir do caso do Niumi (na actual Gâmbia); em alternativa compreender a importância do controlo/poder sobre os homens e não sobre a terra; o problema da aplicação do conceitp de "grupo étnico" com limites rígidos ,em contraponto de um conceito flexível de identidade e de identidade étnica (a retomar através de um textos de Amselle e M'Bokolo).


2. Explicação da estrutura do comentário de fonte histórica, que será o objecto do trabalho final dos alunos (documento disponível na plataforma de e-learning da disciplina). Primeiros elementos de comentário a partir do Tratado Breve dos Rios de Guiné do Cabo Verde de André Álvares de Almada. (excertos e mapas disponíveis na plataforma)


Dos estereótipos sobre “a África” e a sua História à perspectiva crítica académica

28 Setembro 2018, 16:00 José Augusto Nunes da Silva Horta

1.  Dos estereótipos sobre “a África” ao alisamento ou apagar da sua historicidade. Dilucidar conceitos, matizar perspectivas adquiridas, partindo da discussão das respostas dos alunos (conclusão)
O desconhecimento da História de África na formação obtida no ensino secundário e os lugares-comuns que deformam a realidade histórica: - Da origem do Homem passa-se para o Egipto faráonico (o paradigma da monumentalidade como falso critério de complexidade das sociedades)
- Centração nos "Descobrimentos" (por vezes confundidos com colonização ou colonialismo) ou seja na presença europeia/portuguesa e nos contactos, tardios, com os europeus (ignorando as múltiplas relações, na longa duração, do continente africano com outros continentes e com consequências para a história global) -  Hipervalorização do colonialismo de origem europeia de duração muito curta (fora excepções apenas cerca de um século e meio) na muito longa história do continente africano (em contrapartida com outros processos coloniais internos e externos ) 
2. Distribuição de uma ficha (carregada já no E-Learning da disciplina) com a estrutura do comentário de texto historiográfico e início do comentário  a um texto de Donald Wright, “’What do You Mean There Were No Tribes in Africa’”: Thoughts on Boundaries — and Related Matters — in Precolonial Africa”.

 


Pertença identitária, desconhecimento e lugares comuns relacionados com o continente africano.

25 Setembro 2018, 14:00 José Augusto Nunes da Silva Horta

Reflexão e discussão em torno das respostas escritas dos alunos ao questionário da aula anterior — representações sobre "a África". "África" ou "Áfricas"? 

- Pertença identitária e representações ideológicas. 
- Desconhecimento e lugares comuns, frequentemente distorcidos (ou seja, estereótipos) acerca da realidade do continente africano. Imagens simplificadoras e generalizações abusivas sobre o presente e o passado do continente africano: 
1) positivas — exotismo, inclusive abundância de recursos naturais 
2) negativas — pobreza, guerra, sofrimento e o paradigma da vitimização. 
A importância do relativismo face à pobreza explicativa das visões dicotómicas baseadas numa visão evolucionista do continente, à luz de critérios exclusivamente baseados no sistema de referências dominante no Ocidente/Norte global.