Sumários

O fim da herança akbariana (1656-1707)

1 Abril 2016, 08:00 João Manuel de Almeida Teles e Cunha

A subida ao trono de Aurangzeb alterou a estrutura do edifício posto de pé por Akbar, nomeadamente mediante a perseguição do hinduísmo (destruição de templos e revogação de doações) e renovação da jizya (imposto de capitação lançado sobre os não-muçulmanos), destruindo a igualdade fiscal introduzida a partir de 1579. A guerra no Decão e a deslocação da capital exauriram o império e trouxeram levantamentos populares no Punjab e no Doab (protagonizados pelos jats e os sikh), e a integração da elite do Decão na nobreza de serviço mogol desequilibrou a composição étnica e religiosa desta, introduzindo progressivamente fontes de contestação à autoridade imperial e o fim da lealdade à dinastia, enquanto a ideologia islâmica introduzida por Aurangzeb destruiu lentamente a coesão interna do império.


A herança akbariana (1605-1658)

30 Março 2016, 08:00 João Manuel de Almeida Teles e Cunha

Após a morte de Akbar em 1605 o edifício do império mogol permaneceu, no seu essencial, igual ao refundado a partir de 1556, retirando os excessos próprios do momento milenarista vívido pelo Grão-Mogol por volta de 1591-92, mas há um crescente reforço do peso da ortodoxia islâmica a partir do reinado de Shah Jahan, existindo por altura da sua deposição (1656) duas correntes, a 'liberal' na senda de Akbar e a ortodoxa e conservadora. Da luta que se seguiu até 1658 venceu a segunda corrente, encabeçada por Aurangzeb.


A Refundação do Império Mogol com Akbar: 1556-1605

18 Março 2016, 08:00 João Manuel de Almeida Teles e Cunha

Fracassada a primeira implantação da dinastia Mogol na Índia, por obra do chefe militar afegão Sher Shah Sur, cujo interlúdio foi importante tendo muitas das suas reformas (políticas, monetárias, militares, comerciais) continuado no período posterior, só após 1556 os Timúridas conseguem impor-se na planície indo-gangética e foi durante o reinado de Akbar (1556-1605) que se implantam toda uma série de medidas (mansab, zat, etc.) que acabam por dar nascimento a uma ideia aberta, tolerante e integradora que vai marcar o êxito dinástico em solo indiano durante mais de um século.


Índia: novos tempos e novas formulações políticas ca. 1500

16 Março 2016, 08:00 João Manuel de Almeida Teles e Cunha

Com o novo século surgem dois novos protagonistas na história da Índia, em primeiro lugar os portugueses (1498) que trazem consigo e impõem a noção de império comercial marítimo, a formulação de poder europeu que se manteria no subcontinente indiano e na Ásia até por volta de 1750, e os mogóis, cuja dinastia acabaria por impor uma nova hegemonia em solo indiano com impacto político, social, religioso e cultural tanto durante a sua vigência como no período posterior.


Continuidade e renascimento dos estados hindus (séculos XIV-XVI)

11 Março 2016, 08:00 João Manuel de Almeida Teles e Cunha

A Índia, pela primeira vez, tem um quase total domínio político e militar muçulmano a partir de 1310, mas nas ruínas das antigas dinastias do Decão vai nascer um novo estado, Vijayanagara que vai desenvolver um projecto político, ideológico, cultural e religioso onde se funde a tradição passada com alguma inovação introduzida pelo islão.