Sumários

A Índia em transição (1707-1819) - 2.ª parte

20 Abril 2016, 08:00 João Manuel de Almeida Teles e Cunha

A construção da hegemonia britânica na Índia foi feita por etapas, com avanços e recuos, embora nada no início do século XVIII evidenciasse que a East India Company estava interessada em seguir por esse caminho, mas a dinâmica criada pela luta entre os "estados sucessores" acabou por arrastar a Companhia aos assuntos internos indianos. Tradicionalmente apresenta-se a batalha de Plassey (1757) como o ponto de viragem, que na primeira fase termina em 1819 com o fim da III Guerra Anglo-Marata, quando não há quem faça frente ao poder britânico na Índia, cuja relação e visão dos indianos estão a passar por grandes transformações, fruto da chegada de uma nova geração com uma mentalidade diferente.


A Índia em transição (1707-1819) - 1.ª parte

15 Abril 2016, 08:00 João Manuel de Almeida Teles e Cunha

Na primeira parte vemos como de 1707 (ano da morte de Aurangzeb) até 1819 (fim da 3.ª Guerra Anglo-Marata) a Índia passou por transformações com o fim do domínio hegemónico do império mogol e o aparecimento de blocos regionais com a autonomização das províncias mogóis (exceptuando a tentativa marata de unificar o subcontinente, sem sucesso após a derrota em Panipat), que mantêm a ficção de reconhecer o Grão-Mogol como forma de legitimação política (inclusive os britânicos até 1836 cunharam moeda e aplicaram justiça em nome do imperador de Delhi, um pensionista da EIC desde 1802). Os 'estados sucessores' desenvolvem modelos mais sintéticos e integrados política, económica, social e culturalmente que o império mogol, mas militarmente a corrida em que entram para copiar e adoptar a revolução militar ocidental força-os a gastar mais dinheiro e a entrar em alianças com os europeus (franceses e britânicos), desenvolvendo-se assim uma dinâmica que leva ao enfraquecimento indiano e ao fortalecimento dos ocidentais (saindo vitoriosos os britânicos a partir da segunda metade do século XVIII).


A vida comercial da Índia na Ásia e as presenças europeias ca. 1500-1700

13 Abril 2016, 08:00 João Manuel de Almeida Teles e Cunha

Características do poder e presença do comércio indiano na Ásia e no oceano Índico antes da chegada dos europeus, e impacto da entrada destes na Índia a partir de 1498 (litoral, mercantil, poder naval, miscigenação, sínteses culturais) com o início da primeira globalização.


A formação da primeira confederação Marata

8 Abril 2016, 08:00 João Manuel de Almeida Teles e Cunha

A etnogénese dos Maratas e as guerras no Decão criaram as circunstâncias para o aparecimento de um novo estado na região graças a um certo vazio surgido com o desaparecimento do sultanado de Ahmadnagar e o conflito desencadeado pela expansão mogol. Mas o novo estado, uma confederação de chefes militares maratas sob a chefia carismática de Shivaji, não consegue sobreviver ao seu sucessor, embora a sua execução (1689) não tenha acabado com o irredentismo marata, cuja resistência contribuiu para enfraquecer o poder mogol.


A etnogénese dos maratas

6 Abril 2016, 08:00 João Manuel de Almeida Teles e Cunha

A construção da identidade dos maratas, como grupo guerreiro que imita o ethos dos cxatrias a partir do século XV, mostra como a sociedade indiana  não está espartilhada de forma definitiva e, através de estratégias de promoção e cópia de comportamentos, consegue subir socialmente a longo prazo face aos demais grupos (castas) existentes.