Sumários

Apolónio de Rodes

20 Outubro 2021, 12:30 Ana Alexandra Alves de Sousa

Comentário e análise pormenorizada da invocação do livro I da Argonáutica de Apolónio de Rodes. Comentário aos lemas usados. A fonte homérica e a sua transformação. O Hino homérico à Lua: influência. As imagens lunar e solar: importância política e exploração no poema. Nesta aula apresenta-se um trabalho original que se pode ler no estudo literário disponível em Sousa, A.A.A. (2021), Apolónio de Rodes. Argonáutica Livros I e II. Estudo introdutório, Tradução e Notas. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra. Os slides da aula estão disponíveis em:https://www.academia.edu/60875242/A_invoca%C3%A7%C3%A3o_proposi%C3%A7%C3%A3o_do_livro_I_da_Argon%C3%A1utica_de_Apol%C3%B3nio_de_Rodes


Conclusão do estudo do idílio VII de Teócrito

15 Outubro 2021, 12:30 Ana Alexandra Alves de Sousa

Continuação e conclusão do estudo do idílio VII de Teócrito. A canção de Simíquidas: o seu orgulho em contraste com a modéstia de Lícidas; Simíquidas considera fundamental contextualizar a sua poesia, sendo bucólica, no ambiente da montanha. Alia-se ao pastor das vacas, Dáfnis, reforçando o agon contra Lícidas-Comatas.Simíquidas distancia-se a si mesmo da sua paixão com uma ironia ligeira e resignação, enquanto Arato, tal como Lícidas, está em total sofrimento. O cantor distancia-se ao contrário de Lícidas que se identifica. A sua canção poderia ser cantada por outro. A ἀναγωγή, pedido, habitual nos textos mágicos, para trazer o amado para a porta do amante. Comentário às localizações geográficas: Hómole, o Ebro, a Etiópia, Bíblis, Pixas. O ritual descrito não está atestado assim em lado nenhum, mas as cebolas eram usadas em práticas de magia. Havia um tipo de cebolas à que se atribuía uma propriedade irritante para a pele como às urtigas. É habitual nas práticas de magia ameaçar o deus ou o espírito se ele não conceder o que se lhe pede. Há um tom cómico, pela incongruência entre as maldições própria da “poesia de maldição” e o tipo e castigos bucólicos. A imagem do amante como um lutador. O ideal filosófico da ἀσυχία. O loecus amoenus do final da viagem.


Idílio VII (continuação do estudo)

13 Outubro 2021, 12:30 Ana Alexandra Alves de Sousa

Continuação do estudo do idílio VII: o tom oracular ao usar o seu nome: Lícidas na terceira pessoa; o significado da constelação haedi e a sua relação com a poesia; os alcíones (mito); as Nereidas e o seu papel num propemptikon; o cenário interior e convivial da canção; as espécies botânicas; a sinestesia; a imagem do beijo na referência à taça. A relação temática com a situação de Lícidas no objecto do canto, primeiro Dáfnis que morreu de amores, uma história que tranquiliza o ouvinte em relação ao seu sofrimento; depois Comatas que foi salvo pela beleza da sua poesia, uma história que representa o triunfo sobre a adversidade. Os mitos de Dáfnis e Comatas como mitos fundacionais da poesia bucólica e dos cabreiros. 


Idílio 7

8 Outubro 2021, 12:30 Ana Alexandra Alves de Sousa

Início do estudo do idílio 7. O termo Βουκολιασδώμεσθα: a poesia bucólica (significado e tradição pastoral posterior). O urbano Simíquidas com as suas botas e o rústico Licidas com o seu cajado de Pã. Proximidade de Lícidas relativamente aos deuses: alusões veladas a Apolo no poema. A localização do idílio em Cós e o comentário aos lugares referidos nos primeiros versos (a fonte Burina, o túmulo de Brásilas). O significado dos lemas  μειδάω e γέλως para caracterizar Lícidas como homem e deus simultaneamente. A fala de Simíquidas a Lícidas: a modéstia e o encómio como modos urbanos de agir; a referência a Asclepíades de Samos e Filitas de Cós; a  ficcionalização de um agon formar e de outro informal, inserido no universo bucólico. A resposta de Lícidas e o significado da troca de oferenda; comentário às referências geógraficas; a montanha como forma de evocar Hesíodo; o protemptikon.

A docente enviou previamente por email aos alunos Hunter 1999 (comentário ao idílio 7) e a tradução de Lourenço 2006 deste mesmo idílio.  


Idílio II (continuação)

6 Outubro 2021, 12:30 Ana Alexandra Alves de Sousa

Continuação da leitura e análise do idílio II. A historiola (Teseu e Ariadne); o que poderá ser o hipómanes; a franja de Délfis e a alusão ao sangue negro de Simeta; o poder mágico atribuído nos textos antigos ao pó de lagarto; o enigmático lema θρόνα; comentário ao primeiro refrão, ἶυγξ, ἕλκε τὺ τῆνον ἐμὸν ποτὶ δῶμα τὸν ἄνδρα.Análise e leitura do monólogo de Simeta (v.64-143): o novo refrão em estilo oracular; a narrativa do encontro a importância dos festivais em honra dos deuses como momento de encontro entre o sexo masculino e feminino; as possíveis justificações para a referência às leoas na procissão; comentário à expressão πᾶσαν ἔχει με τάλαιναν ὁ Μύνδιος; o possível significado do nome de Simeta; a descrição do efeito físico da paixão e comparação com o fragmento de Safo 31 Lobel Page, lido em tradução; razões possíveis para explicar a atitude de Délfis, quando se diz que "cravou os olhos no chão" (referência a outros textos literários); a referência às maçãs (símbolo do amor) e a Héracles; a descrição do .κῶμος; evocação aos desvarios funestos das Bacantes em σὺν δὲ κακαῖς μανίαις; os brindes dos apaixonados com vinho puro; a tomada de consciência no final do idílio.