Sumários

Entrevista

17 Março 2021, 12:30 Ernesto José Rodrigues

A entrevista jornalística.

Conselhos para uma boa entrevista.

Ver www.culturaport.blogs.sapo. pt, em 22-3-2017.


Fontes de informação

16 Março 2021, 14:00 Ernesto José Rodrigues

Fontes, recolha e selecção de informação.

Resumo:

Há três tipos fundamentais de fontes de informação: pessoais, documentais e o serviço das agências.

       As primeiras podem ser directas ou indirectas, subdividindo-se, ainda, em singulares e colectivas.

       Assim, quem protagoniza um acontecimento pode ser o seu transmissor ou pode ser transmitido por outrem. Trata-se de um indivíduo singular ou de uma entidade colectiva. Neste caso, a mensagem passa por um porta-voz (gabinete de Imprensa ou relações públicas, p. ex.) ou através de declarações escritas (comunicados, press releases...).

       Em princípio, o jornal tem uma rede própria de correspondentes e de informadores regulares ou pontuais. O jornalista, por seu lado, alarga essas relações, como se demonstra pela agenda recheada de endereços e números de telefone quase sempre directos. Frequenta lugares onde encontra as figuras da notícia ou conserva aí sólidos informadores. Um bloco de apontamentos sempre à mão, um gravador (desde que não dissuada), um telefone portátil, eis óptimos companheiros de percurso.

       É, sem favor, amigo de toda a gente, inclusive de camaradas da concorrência, cujo serviço de agenda o pode ajudar. Há notícias que, reconhecidamente, só interessam aos outros e que graciosamente passamos.

       As fontes, quando não solicitem o anonimato, devem ser claramente identificadas. Em caso de dúvida, corroboradas, confrontadas por outras.

       Gentileza é dar a ler a peça ao entrevistado, ou referir, por telefone ou em conversa, o essencial. Muitas dúvidas podem tirar-se, então. Criar uma boa relação é tão importante como confirmar a sua idoneidade, esquivando, à partida, qualquer sombra de manipulação.

       A verificação in loco, se possível, deve ser um ponto de honra e não só privilégio dos enviados especiais.

       As pequenas vaidades ficam em casa. É ridículo querer, à viva força, entrar na fotografia com um entrevistado. O reconhecimento dos erros próprios é salutar; estes nunca devem ser da ordem da calúnia, do mais ou menos corrosivo ataque pessoal, da deformação, em resumo.

       A resposta e a defesa do bom nome são direitos de quem se sente lesado; forcejar, pois, por evitar desmentidos. O sigilo profissional garante a defesa das fontes, que marcarão, sempre, se se trata de um on the record ou de um off the record.

       Neste caso, só há duas soluções: partir em busca de outra fonte que caucione a publicação do que já nos arde nas mãos; se impossível, deixar que o tempo arrefeça o assunto e, ainda que não chamado ao lead, ministrá-lo dias ou semanas depois já diluído no background de outra notícia. Sem, todavia, comprometer o informador.

       Falhas a contornar, também, decorrem do nosso próprio discurso quando nos referimos às fontes. Se o impacto nasce do afirmativo, devemos obviar a estruturas do género: consta que, ouvimos que, diz-se que, parece que, há rumores de que, e quejandas.

       A frase «notícias não confirmadas» pode desgraçar a notícia. E a pecha na vária qualificação das fontes – fidedignas, insuspeitas, bem informadas, dignas de crédito, próximas de, oficiais, oficiosas, governamentais, etc. – ou de certos círculos, e observadores, e especialistas na matéria, deixam muito a desejar, se não nos atemos, afinal, a rotineiros hábitos discursivos que em nada reforçam a notícia.

       É preferível recorrer a fontes duplas – como é a história de um "quem" citado por publicação concorrente – devidamente identificadas. Mas, aqui, entramos no segundo tipo de fontes.

      

       Sem a consulta a um arquivo (centro de documentação) dificilmente havia entrevistas e, em menor grau, reportagens ou background noticioso. A memória fotográfica também aí repousa. Por vezes, lamentamos a pobreza dos ditos.

       O seu constante enriquecimento – em bibliografia, mormente enciclopédias e obras de divulgação, desde que haja colaboradores especializados, e iconografia – será preocupação constante dos documentalistas e de quem a eles acorre.

       Em cada novo dia, já a secretaria de redacção seleccionou recortes e organizou uma agenda mínima com acontecimentos a cobrir.

       Restam os serviços das agências, com uma redacção própria e capacidade de distribuição de telegramas e fotos, entre múltiplas propostas. Distribuem serviços de congéneres internacionais e têm delegações regionais.

       Os seus textos procuram abarcar o maior número de interessados. Sendo estes díspares, querem-se textos claros, precisos e concisos, além de completos e isentos. A técnica passa aos vários géneros, a serviços noticiosos especializados (economia, desporto...), aos exclusivos para certas publicações.

       Na LUSA, p. ex., o parágrafo vai até às cinco linhas e o telegrama (que se pode continuar só por mais dois) procura não ultrapassar as 25 linhas. Existem pequenas agências de jornalistas, agências fotográficas, regionais (Açorpress, em S. Miguel), cadeias de jornais não concorrentes, que reproduzem, traduzidos, os mesmos artigos. É uma forma de exclusivo, que pode combinar-se, também, entre órgãos regionais e nacionais, de modo a evitar o já estafado «com as devidas vénias"...

       A ainda tão recente técnica do corta-e-cola, no caso de telexes, continua nos ecrãs dos computadores. Se não conjugarmos o telegrama (este termo mal dá ideia das várias formas de apresentação da notícia de agência) com a nossa própria investigação, saibamos, ao menos, dar-lhe a volta ou, através dele, recomeçar. Já entrámos na fase da selecção.       

       Esta decorre da arte da recolha e do saber perguntar com algum fundamento ou prévias informações. Exige-se segurança na confirmação dos dados. Anotámos muito, quase tudo, sem equívocos ou dúvidas na cabeça, e o mais forte começa a impor-se-nos. Relendo, sublinhamos, assinalamos, numeramos o que, no seu aspecto concreto, temos por mais importante e chamativo. Se se apanha a ideia, o resto segue pacificamente, em frases curtas, com desprezo do pormenor não significativo, do acidental, secundário e anedótico.

       Hoje, este trabalho é já integralmente feito pelo repórter e não por redactores ou noticiaristas que, sedentarizados, tiravam do saber da tarimba o que entretanto haviam perdido em gosto pela inquirição.

            Rever e corrigir a peça (mostrá-la, inclusive, a camarada de trabalho) é o último acto, se a ela não voltar o chefe de redacção, um editor ou um desk


Livro de estilo e prontuário

10 Março 2021, 14:00 Ernesto José Rodrigues

O livro de estilo e prontuário da agência Lusa.

Conselhos e exemplos.
Análise de uma notícia.


Livro de estilo e prontuário

10 Março 2021, 12:30 Ernesto José Rodrigues

O livro de estilo e prontuário da agência Lusa.

Conselhos e exemplos.
Análise de uma notícia.


Introdução à escrita jornalística

9 Março 2021, 14:00 Ernesto José Rodrigues

Introdução à escrita jornalística:

A. Técnica.
B. Redacção.
Um exercício-modelo.

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