Sumários
Coleridge, "A Rima do Velho Marinheiro"
10 Novembro 2016, 10:00 • Amândio Reis
Considerações acerca da dimensão visual do poema de S.T. Coleridge; a pintura e o imaginário Românticos: os exemplos de Théodore Géricault, William Turner e Caspar David Friedrich; noções de contemplação, meditação e exílio espiritual.
Literatura Romântica e Ciência; S.T. Coleridge como poeta e leitor entre a primeira viagem de investigação geográfica de James Cook (1768) e a viagem de investigação biológica de Charles Darwin (1831).
Participação oral programada de Laura Santos.
A sequência narrativa de "A Rima do Velho Marinheiro"; o Velho Marinheiro, poeta da sua própria história; o storytelling como penitência e/ou como pulsão poética (leitura simbólica e/ou leitura literal do poema). Questões para reflexão e debate: existe uma «moral da história»? Se sim, qual?
Coleridge, "A Rima do Velho Marinheiro"
8 Novembro 2016, 10:00 • Amândio Reis
Galin Tihanov, "Narratives of Exile": o exílio como fonte de sofrimento e, simultaneamente, como promotor da criatividade; reflexão sobre a articulação estabelecida por Tihanov entre o tópico do exílio na literatura e a tradição Romântica, entre heróis e monstros; chaves para a leitura de "A Rima do Velho Marinheiro" a partir da noção de mundo alternativo.
Lyrical Ballads: Samuel Taylor Coleridge, William Wordsworth e o Romantismo inglês; introdução sumária a questões de fundo literário e cultural.
Coleridge e as narrativas de viagem; o (insuspeito) modelo homérico: o Velho Marinheiro e Ulisses.
Participação oral programada de Carolina Tavares.
Maupassant, Tombouctou
3 Novembro 2016, 10:00 • Amândio Reis
Ideia de flashback e estrutura analéptica na composição textual de "Tombouctou"; relações entre a introdução do narrador extradiegético e a história encaixada do Tenente Vedié, à luz dos conceitos de polifonia, contra-discurso e correcção.
Tombouctou, herói e grand enfant; a adopção de estereótipos coloniais na representação do Outro e a sua simultânea desconstrução.
Articulações entre o riso de Tombouctou, a sua imagem literária e a iconografia imperial: o negro Banania.
"Beziers" ou Alsácia-Lorena?: o exilado como autor de ficções (E. Said, "Reflections on Exile").
Maupassant, Tombouctou
27 Outubro 2016, 10:00 • Amândio Reis
Guy de Maupassant e o conto oitocentista: algumas coordenadas histórico-literárias.
O ciclo do "Horla" como modelo narrativo; reflexões sobre os conceitos de narrativa encaixada (frame story) e de narração na primeira pessoa, em articulação com a figura do narrador não-confiável (unreliable narrator, Wayne C. Booth, 1961).
A abertura do conto como desestabilização simbólica das categorias espaciais (Paris/Tombouctou); a narrativa colonial e o papel de Maupassant como correspondente no Norte de África; leitura contrastante da abertura do conto e de uma crónica da viagem do autor à Argélia.
A figura do protagonista, Tombouctou, e a noção de "exílio criativo" descrita por Edward Said em "Reflections on Exile".