Continuação da aula anterior: visionamento de excertos dos filmes Modern Times, de Charlie Chaplin (1936) e de Ladri di Biciclette, de Vittorio de Sica (1948), para um entendimento mais abrangente dos problemas sócio-económicos formulados pelos escritores neo-realistas, em particular no tocante à luta de classes e às condições de trabalho do proletariado. Chamada de atenção para a insistência no tópico das «mãos», enquanto metonímia do trabalho manual, e para as diferenças substanciais entre o conceito ético-político de «amanhã» no léxico neo-realista face à ideia ético-estética de «futuro» no vocabulário futurista. 

Leitura do poema « Ladrões de bicicletas - Vittorio de Sicca (1948)», de José Miguel Silva (2005), para uma percepção da continuidade e revitalização de certas preocupações ideológicas na literatura da actualidade.   

Indicações bibliográficas (disponíveis na pasta partilhada do Google Drive) e observações.

«Algumas razões por que não se pode deixar de ler os neo-realistas» (Carina Infante do Carmo), com especial referência aos três contos (de Soeiro Pereira Gomes, Manuel da Fonseca e Mário Dionísio) lidos pelos estudantes.

Leitura e comentário de «Arte poética», de Mário Dionísio, com chamadas de atenção para os aspectos compositivos e tópico-temáticos: da repetição como dispositivo retórico à repetição subjacente ao problema enunciado. Breve referência às relações entre máquinas e homens em comparação com a Ode Triunfal de Álvaro de Campos.