Sumários

Discussão D. Zahan (conclusão). Contra-feitiçaria entre os Azande

15 Março 2016, 16:00 José Augusto Nunes da Silva Horta

A dicotomia redutora: “deus superior”/"divindades secundárias”. Concepções da vida e da morte; o conceito e o culto de antepassados (5/15)

Conclusão do comentário ao texto de Dominique Zahan: um alerta crítico para as generalizações do autor e para a influência dos cânones das religiões ocidentais no seu discurso sobre as religiões africanas (exs.: dicotomia redutora Deus Superior/divindades “secundárias”; retrato estático (ahistórico) do autor sobre aquelas religiões). Concepções da vida e da morte; o conceito e o culto de antepassados. Locais e formas de culto. Tipos de rituais de iniciação. Introdução aos textos de Grinker e Steiner e Evans-Pritchard.

A lógica da “feitiçaria” entre os Azande. Rituais de contra-feitiçaria na resolução dos seus problemas

Projecção e comentário do filme de André Singer, "Os Rituais dos Azande". 
A descodificação das categorias eurocêntricas do discurso fílmico. O papel da "feitiçaria" e "contra-feitiçaria" na identificação e resolução de problemas entre os Azande: a presença latente ou actuante de "mangu". A tipologia dos rituais: dos "oráculos" sem mediador e rituais de protecção no nascimento aos rituais com intervenção de especialistas e/ou terapeutas; a presença e mediação do poder político e seu significado histórico-sociológico. As relações inter-religiosas: a coexistência e complementaridade entre as práticas ditas "tradicionais" e o Cristianismo.




A experiência religiosa na Serra Leoa em Valentim Fernandes. Fontes para trabalhos. Texto D. Zahan

8 Março 2016, 16:00 José Augusto Nunes da Silva Horta

A experiência religiosa na Serra Leoa em Valentim Fernandes (conclusão). 

Quais as possibilidades da tradução inter-religiosa? O diálogo entre o informante de Fernandes, Álvaro Velho, e um ancião africano da Serra Leoa tal como reconstituído pelo primeiro (conclusão da análise). As dificuldades de tradução perante categorias e modelos cognitivos diferentes; representações de "Deus" e diferentes dimensões cosmológicas ("Deus que criou o céu e a terra" e "o pau/árvore mandado de cima"); a árvore/madeira como operador simbólico, simultaneamente veículo do poder sagrado ou "espiritual" e identificada com o mesmo poder. A reconstituição possível da paisagem ritual da Serra Leoa no início do século XVI  a partir da descodificação das categorias europeias do discurso (ídolo, feiticeiro, ermida, igreja, etc.).

Comentário à fontes para trabalhos dos alunos

Comentário às fontes sugeridas para os trabalhos (individuais ou em grupo) dos alunos sobre Religiões de origem africana e Cristianismo. Em alternativa poderá ser escolhido o tema a indicar pelos docentes para a abordagem do Islão em África num trabalho individual.

Uma abordagem da "espiritualidade" e de aspectos mais frequentes nas cosmologias africanas: Criação do mundo e Deus Supremo; divindades ou espíritos intermediários. Análise de um texto de Dominique Zahan.


Ver lista distribuída por e-mail (acessível em papel na Reprografia "Azul").Ver antologia, 1º caderno.


Religião e ritual. Aprendizagem e transmissão. A abordagem cognitiva e os seus limites. Representações eurocêntricas das religiões africanas: método de análise das fontes escritas

1 Março 2016, 16:00 José Augusto Nunes da Silva Horta

Relações entre homens e seres sobre-humanos enquanto “comunhão”; enquanto “manipulação”: explicação, previsão, controlo. Conceitos e perspectivas de abordagem do ritual.

Entre “relego” e “religo”: a importância da aprendizagem e da transmissão da religião. A abordagem cognitiva da religião e os seus limites. Comentário a um texto de David Berliner e Ramon Sarró.

 

Ver Horton e Berliner/Sarró, antologia, 1º caderno


Representações eurocêntricas das religiões africanas: método de análise das fontes escritas

Simplificação e/ou deformação das religiões africanas nas representações europeias: “feitiçaria”, “feiticismo”, “feitiço”, “ídolo-idolatria”, Muçulmano /”Maometano", "Judeus" e Judeus. Abordagem a partir de um exercício de descodificação de uma fonte europeia privilegiada para o estudo das religiões africanas: abordagem prévia sobre a identidade do autor, o contexto da produção da sua descrição; início da análise de excertos da "Descrição" de Valentim Fernandes (1507) sobre as religiões do Jolof e espaços mandé (equivalentes, parcialmente, aos actuais Senegal e Gâmbia) — primeiros parágrafos seleccionados —, bem como da Serra Leoa.

Ver antologia, 1º caderno, Valentim Fernandes

Sobre as representações europeias na Descrição de Valentim Fernandes e noutras fontes relativas à África Ocidental, ver as referências no final da lista de fontes sugeridas para a realização de trabalhos (em particular J. S. Horta, A Representação do Africano na Literatura de Viagens, do Senegal à Serra Leoa).


Comentário ao programa. A discussão antropológico-sociológica da religião

23 Fevereiro 2016, 16:00 José Augusto Nunes da Silva Horta

Comentário ao programa da disciplina.
A discussão antropológico-sociológica da religião. Os sucessivos contributos e discussões da conceptualização do fenómeno a partir de Tylor e Durkheim. A proposta síntese de Robin Horton e a sua utilidade para compreender as diferentes dimensões das religiões africanas.     


Apresentação do docente e do programa. Métodos de ensino e avaliação. Religião, religiões africanas. Entre os lugares comuns e os conceitos

16 Fevereiro 2016, 16:00 José Augusto Nunes da Silva Horta

Apresentação do docente e do programa. Métodos de ensino e avaliação.

Apresentação do docente e do programa. Métodos de ensino e de avaliação.
Os métodos de avaliação (AV) baseiam-se em três componentes e respectivas ponderações: 
AV1., a elaboração de um trabalho (INDIVIDUAL OU DE GRUPO) de iniciação à investigação de fontes, apresentado por escrito e oralmente ou, na área temática do Islão, a elaboração de um trabalho INDIVIDUAL sobre um tema previamente distribuído pelos docentes, tomando como ponto de partida a análise crítica da bibliografia por eles indicada (40%); 
AV2., a realização de um teste escrito presencial — dos três grupos de questões do teste, correspondentes às três grandes áreas temáticas do programa (pontos 2, 3 e 4) os alunos terão de responder obrigatoriamente a uma questão DE CADA UM DOS DOS DOIS grupos que NÃO coincidirem com a área temática do programa em que realizaram o trabalho (40%) e, 
AV3., a participação nas aulas (20%). Esta será subdividida em duas modalidades:
— 10% para uma apresentação oral e um comentário a apresentação (no mínimo um de cada) de textos da antologia e respectivas sínteses críticas escritas (síntese de três páginas de entrega obrigatória uma semana após a discussão final em aula);
— 10% para a participação nos debates em aula e a assiduidade.

 Religião, religiões africanas. Entre os lugares comuns e os conceitos

O que é uma religião? O que é que constitui a vivência religiosa? O que é uma religião africana? Debate com os alunos visando o distanciamento em relação aos lugares comuns de matriz ocidental e judaico-cristã sobre religião/religiões e uma progressiva assimilação de conceitos operatórios mais adequados ao campo de estudos da disciplina.