Sumários
O Pentecostalismo africano e o problemática da "Modernidade". Da "tradição" à reinvenção: continuidades e descontinuidades.
16 Abril 2019, 16:00 • José Augusto Nunes da Silva Horta
1. O Cristianismo africano "encantado" — um Cristianismo que opera a partir da crença em forças espirituais omnipresentes ("pervasive") — e a "Modernidade": relações contraditórias? Análise crítica da conclusão da obra de Gifford: "Conclusion: African Christianity and Modernity".
2. O avanço das igrejas independentes africanas (pentecostais) de cura em concorrência com os curandeiros ou terapeutas "tradicionais". Discussão do problema da continuidade versus descontinuidade entre as religiões locais e o Pentecostalismo africano. Um estudo de caso sobre as igrejas africanas de cura em Luanda. Comentário a um texto de Fátima Viegas.
Feitiçaria e sociedade. O Cristianismo "encantado" ou o imaginário da feitiçaria do Pentecostalismo africano.
11 Abril 2019, 16:00 • José Augusto Nunes da Silva Horta
Feitiçaria (ou Bruxaria/Witchcraft) e sociedade: características dos/das "witches"; a ambiguidade do conceito de "witchcraft" e o poder explicativo do infortúnio e dos problemas sociais através da feitiçaria; a tensão social ligada às acusações de feitiçaria e a erradicação dos feiticeiros/witches. Comentário a texto de Bourdillon.
O Cristianismo "encantado" ou o imaginário da feitiçaria do Pentecostalismo africano, em parte uma forma de africanização do Cristianismo. O Catolicismo "encantado" em África e as reacções do Catolicismo oficial. Exemplos apresentados por Paul Gifford.
Cristianismo no Kongo (conclusão). A segunda etapa de Cristianização de origem ocidental. A origem das Igrejas Independentes Africanas. O Kimbanguismo.
9 Abril 2019, 16:00 • José Augusto Nunes da Silva Horta
1. Cristianismo no Kongo: apropriações e traduções africanas do Catolicismo. — apropriações do Cristianismo no seio da cosmologia congolesa (conclusão).
Conclusão do comentário à Relação sobre o reino do Congo de Rui de Pina (1491): exemplificação da recepção do Cristianismo enquanto resignificação no contexto da cosmologia congolesa. Etapas das transformações políticas e religiosas no Kongo até ao período de D. Afonso Mvemba-a-Nzinga.
2. A segunda etapa da Cristianização de origem ocidental (sécs. XIX e XX) – o impacto do domínio colonial: o processo de territorialização do Cristianismo através das redes de missões. Das contradições das igrejas cristãs oficiais face ao contexto colonial à criação de Cristianismos africanos. O exemplo da emergência do Kimbanguismo e os antecedentes no Kongo de dissidências relativamente a uma igreja oficial. O Kimbanguismo no século XXI, tensões e complementaridades entre o centro — de N'Kamba — e uma das suas periferias — Lisboa. Comentário a um texto de Ramon Sarró e Anne Mélice
Ver bibliografia da aula anterior (em particular Anne Hilton, excerto na antologia sobre os Cristianismos) e a síntese no power point na plataforma de e-learning. Sobre o surgimento do Kimbanguismo, ver Benjamin Ray e, na mesma antologia, o texto analisado de Ramon Sarró e Anne Mélice.
Cristianismo etíope versus Catolicismo. A recepção dos cristãos e do Cristianismo na África Atlântica
4 Abril 2019, 16:00 • José Augusto Nunes da Silva Horta
1. Os choques entre o Cristianismo etíope e o Catolicismo: a importância dos rituais.
2. A recepção dos cristãos e do Cristianismo na África Atlântica. O poder associado aos Cristãos nos primeiros contactos quatrocentistas no Oeste-saariano. Cristianização ou ou apropriação do Cristianismo pelas lógicas locais? O caso do Kongo. Comentários a excertos de Rui de Pina.