Sumários
30 Abril 2020, 10:00
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Luís Filipe Sousa Barreto
A obra de Sociologia Histórica-Processual que estamos a começar a visitar e acompanhar revela-se Fundamental para Conhecimento Histórico que assente em programas e investigação de racionalidade cientifica .
Esta situação , no século XXI , mostra que as correlações História-Sociologia não se reduzem a Temas e Problemas de Fronteira Disciplinar ou de Transferência de métodos,conceitos,dados.Alguma Sociologia Histórica , mesmo que não sendo nuclear em Sociologia é Nuclear em e para o Historiar.As correlações já não são só periféricas mas podem atingir e atingem o Núcleo Disciplinar.Na questão da interrogação fundamentada acerca do Tempo e da Temporalidade Histórica , nucleares para a racionalidade de Retrospecção do Historiar, esta situação pode mesmo observar-se já nos finais do século passado se atendermos,por exemplo, a Norbert Elias e o Uber die Zeit/Sobre o Tempo , de 1984.
Em A.Abott encontramos uma forte proclamação da HISTORICIDADE do Individuo e a afirmação de que os Mesmos são " centrais para a história "/ pág.5 .Esta revalorização do Individuo Humano ,da sua diferença essencial mesmo que pontual , acompanha os desenvolvimentos científicos de áreas como as das Neuro Ciências , da Psicologia Evolutiva, da denominada Inteligência Artificial , da Biologia/ADN , etc.
Os Humanos tomados Individualmente são centrais para o Sendo/Ser Histórico porque são pensados como o "primeiro reservatório de conexão histórica do passado para o presente..."/pág.5.São filtros e campos dos seres e sendo temporais, corpos e substâncias do tempo fazendo -se e aparecendo - mostrando-se . A realidade da Continuidade Histórica / " continuidade ao longo do tempo " assente no Individuo / Individuação é uma proclamação revolucionária frente ao Tradicional Historiar que vê nos Humanos, tomados individualmente, tão só Singularidades de Descontinuidade, Únicos .Ora esses mesmos Únicos surgem-nos agora , por esse mesmo Estatuto , como Tipologia Chave da Continuidade.Sendo o Individuo Humano a plataforma chave da Continuidade o problema da descrição,explicitação ,explicação da " mudança social " ou seja da TAMBÉM Descontinuidade Temporal dos Humanos ganha outra complexidade e realidade .Como diz A.Abott , obriga a pensar " ... acerca do grau da continuidade histórica como uma variável empírica ... " / pag. 5 .O Tempo Histórico ganha precisão como Ordenação e Medida ,principalmente porque a série de Indivíduos é mais longa que a série de estruturas sociais , o que contraria muito do nosso senso comum.
28 Abril 2020, 12:00
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Nuno Simões Rodrigues
Acompanhamento tutorial à distância da investigação dos estudantes inscritos no seminário.
28 Abril 2020, 10:00
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Luís Filipe Sousa Barreto
Na abertura da Parte I , páginas 1 e 2 ,surgem enunciados fundamentais de " ontologia social " e de Tempo Histórico . Creio que se podem encontrar pelo menos quatro : (1) " ... a natureza essencialmente histórica da vida social..";(2) a necessidade de explicar Continuidade e Descontinuidade quer na realidade do Ser /Sendo Humano quer no conhecimento do Tempo Histórico : "...a premissa de que o mundo social é de constante mudança.E que por conseguinte a estabilidade deve ser explicada ...";(3) o estatuto temporal de Acontecimento e de Processo não como opostos ou exclusões tipo tempo curto - tempo longo mas sim como micro e macro temporais :" ...os acontecimentos são locais concretizações de acção e interacção...os acontecimentos são o verdadeiro substrato do processo social...";(4)"..A Mudança é o estado natural da vida social .A Estabilidade ..é uma miragem linguística .Não existem " movimentos sociais". Apenas existe Movimento Social...".
Estes Fundamentos vão ser elucidados e aprofundados, entre as páginas 3 e 74 , ao longo de três capítulos .O primeiro, acerca da Historicidade dos Indivíduos Humanos,o seguinte sobre a Processualidade da Natureza Humana e o final acerca das Conexões Ambientais-Ecológicas do Humano ou Espaços Tempo .
O termo Historicidade , significando o Facto de Ser Histórico / Ser Facto Histórico ,surgiu na Filosofia da História de Hegel , a propósito da Grécia Antiga.A edição canónica destas aulas-lições na Universidade de Berlim é de 1840 , com primeira edição em 1837 , tendo por base apontamentos manuscritos de 1822 a 1830.Fez caminho, ao longo do século passado , na Fenomenologia Filosófica e Hermenêutica Histórica como vemos,por exemplo em Heidegger e Gadamer surgindo, neste século, com cada vez mais uso pelo Historiar e Ciências Sociais. Em Andrew Abbott a Historicidade é Continuidade. É o Sendo/Ser da realidade de todos e cada um dos Humanos enquanto Continuidade " ...biológica,memorial,codificada .."/pág.8
27 Abril 2020, 14:00
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Francisco Contente Domingues
Reunião por video conferência para acompanhamento dos trabalhos.
27 Abril 2020, 12:00
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Ana Maria Seabra de Almeida Rodrigues
Continuando a não haver aulas presenciais, os alunos estão a preparar os seus trabalhos finais e pedem-nos orientação por email quando necessário.