A participação dos académicos e científicos nos Descobrimentos e Expansão Portuguesa: um estudo de caso (cont.)

18 Março 2021, 08:00 • Ângela Vieira Domingues

O interesse pelo mundo natural e a participação dos vários estratos sociais no conhecimento enciclopédico e na recoleção de produtos naturais. O conceito de ciência útil e a elaboração duma história natural das colónias como projeto cientifico, politico e económico do Estado português. As viagens filosóficas como instrumento de modernização imprescindíveis para o desenvolvimento de Portugal, destinadas a tornar o império menos abstrato e a serem instrumentos de governação à distância. As viagens à Amazónia, Angola, Moçambique e Cabo Verde como parte de uma lógica integracionista política e económica em que cada uma das partes devia contribuir para a grandiosidade e autossuficiência do "todo" imperial.

Historiografia das ilhas de Cabo Verde: a apropriação da sua história pelos cabo-verdianos (aula ministrada pela Professora Maria Manuel Torrão)

12 Março 2021, 09:30 • Ângela Vieira Domingues

A questão da “décima primeira ilha” e a importância da diáspora na caracterização do povo cabo-verdiano. Relações da população cabo-verdiana com o poder e com a historiografia ao longo dos séculos. Enquadramento do arquipélago na Macaronésia: reflexos a nível da fauna e flora (sendo usado como principal exemplo o dragoeiro), assim como na historiografia. Aproximação pela historiografia no estudo de Cabo Verde através de paralelismos com outras áreas geográficas: além dos restantes arquipélagos da Macaronésia, também existem semelhanças com São Tomé (crescimento económico baseado num sistema esclavagista, percurso semelhante).  Historiografia de Cabo Verde relegada para segundo plano em relação a outras historiografias, como o caso da do Japão, Brasil e Angola, durante largo tempo, panorama que tem sido progressivamente quebrado ao longo dos anos devido a estudos mais recentes de historiadores. Período das descrições do arquipélago (séculos XVI-XVIII), também ligado a trabalhos de André Álvares de Almada, de André Donelha e Francisco Lemos Coelho. Papel da primeira síntese da história de Cabo Verde, feita por Christiano José de Senna Barcellos. No século XX, realça-se o papel do padre António Brásio, Ilídio do Amaral, Orlando Ribeiro e António Carreira. Importância da constituição da História Geral de Cabo Verde como ponto de viragem na historiografia, não só em Portugal e em Cabo Verde, mas nos panoramas historiográficos europeu e africano. Importância das novas abordagens na atualidade: papel da arqueologia (terrestre e subaquática). (sumário de Ana Rita T. Carvalho)

Arquivos: Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Arquivo Histórico Ultramarino, Arquivo Nacional de Cabo Verde, Archivo de Índias (Sevilha), Museu de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa, .

Obras de referência: História Geral de Cabo Verde (vol. I, II, III), História Concisa de Cabo Verde.

Instituições: Instituto de Investigação Científica Tropical, Junta de Investigações do Ultramar, Universidade de Cabo Verde, Sociedade de Geografia de Lisboa, FLUL, CHAM/NOVA.

Fontes: Ensaios sobre estatística de possessões portuguesas (José Joaquim Lopes de Lima), África Ocidental, notícias e considerações (Francisco Travassos Valdez), Subsídios para a história de Cabo Verde e Guiné (Christiano José de Senna Barcellos), Monumenta Missionária Africana (padre António Brásio).

Autores: António Brásio, Ilídio do Amaral, Orlando Ribeiro, António Carreira, Daniel Pereira , João Lopes Filho,  Ângela Domingues, Ilídio Baleno, Iva Cabral , Zelinda Cohen, António Correia e Silva , Maria João Soares, Luís de Albuquerque, Maria Emília Santos, Nireide Pereira Tavares, Marial Manuel Torrão.

A participação dos académicos e científicos nos Descobrimentos e Expansão Portuguesa: um estudo de caso

11 Março 2021, 09:30 • Ângela Vieira Domingues

(o mesmo)

Portugal na segunda metade do século XVIII: a fundação do Colégio  dos Nobres (1761) e as reformas das Academias Militares (1762-8) e da Universidade de Coimbra (1772). A formação de uma elite burocrática e científica destinada ao conhecimento e à gestão do império. Os programas de reformas destinadas a modernizar o país. O mundo natural colonial, o seu estudo cientifico e o reconhecimento das suas potencialidades económicas: os jardins botânicos, os gabinetes de história natural e as experiências em fábricas e hospitais. A Academia de Ciências de Lisboa.

A participação dos académicos e científicos nos Descobrimentos e Expansão Portuguesa: um estudo de caso  

11 Março 2021, 08:00 • Ângela Vieira Domingues

Portugal na segunda metade do século XVIII: a fundação do Colégio  dos Nobres (1761) e as reformas das Academias Militares (1762-8) e da Universidade de Coimbra (1772). A formação de uma elite burocrática e científica destinada ao conhecimento e à gestão do império. Os programas de reformas destinadas a modernizar o país. O mundo natural colonial, o seu estudo cientifico e o reconhecimento das suas potencialidades económicas: os jardins botânicos, os gabinetes de história natural e as experiências em fábricas e hospitais. A Academia de Ciências de Lisboa.

Ciência, técnica e saberes locais num mundo híbrido ibero-atlântico

5 Março 2021, 09:30 • Ângela Vieira Domingues

A importância dos saberes indígenas. As narrativas dominadas por lógicas de superioridade e dominação europeias sobre os povos extraeuropeus que desvalorizam os conhecimentos indígenas. Os relatos utilizados como formas de propaganda e prestígio politico, diplomático, económico pelas cortes europeias junto das outras cortes europeias. A lenda negra e os relatos das atrocidades e violências cometidas pelos ibéricos nos Novos Mundos. Oposição entre catolicismo e protestantismo, racionalidade e superstição, absolutismo e liberalismo. As alianças entre ciência e império, entre ciência e técnica e política e dominação