Sumários

Apresentações orais de trabalhos

6 Maio 2021, 08:00 Ângela Vieira Domingues

Apresentações orais de trabalhos: Carolina Fernandes, Manuel Camões, Melissa Sousa


Relações diplomáticas entre Portugal e Marrocos na 2ª metade do século XVIII. (aula ministrada pelo Professor João R. Cosme)

30 Abril 2021, 09:30 Ângela Vieira Domingues

Breve introdução: a Dinastia Sáadina e a prosperidade marroquina até à morte Ahmed al-Mansor. Conflitos internos que levam ao desaparecimento da dinastia. Período autónomo e desaparecimento da centralidade administrativa. Grande crise em Marrocos (XVII) motivada por fatores religiosos, económicos e urbanos. A importância dos berberes e das zauías (confrarias com papel assistencial, religioso e cultural). Disputa pela poder (1654) saindo vencedores os xarifes do Tafilalet ao derrotarem os Sus nascendo a dinastia Alauíta. Presença portuguesa em algumas praças marroquinas e a sua expansão (XV-XVI). Nova dinastia consolida o poder e incentiva as relações comerciais com o exterior (principalmente com países europeus). Rivalidade com Espanha devido às suas possessões no norte de África. Destaque para Sidi Mohamed ben Abd Allah (governa durante 30 anos) – e que iniciou o processo de unificação de Marrocos, abriu Marrocos ao comercio externo e valorizou o papel das cidades e das praças para o comércio (Anafé, Mogador). Presença portuguesa em Mazagão é ameaçada por vários fatores (naturais e belicistas) e dá-se a necessidade da retirada portuguesa, concluindo Portugal que este território já não era benéfico (mudança da visão estratégica). Início das relações diplomáticas entre Portugal e Marrocos: as tréguas, como tratados de paz e comércio que se negociam anualmente a partir de 1769; negoceia-se a paz em 1774. Dão-se 6 embaixadas (3 portuguesas e 3 marroquinas) entre 1773-1798. Marrocos ao enfrentar um período de crise mostra a sua confiança diplomática em Portugal ao escolher Lisboa para guardar e proteger o seu tesouro (1780). A realidade diplomática e politica só se altera após a Revolução Francesa. Batalha de Abukir aproxima Inglaterra a Marrocos, tornando-se seu aliado por excelência, e afastando-se a coroa portuguesa com a transferência da corte para o Brasil (sumário de Ana Margarida Silva).


Apresentação oral de trabalhos. A fronteira colonial no mundo ibero-americano

29 Abril 2021, 09:30 Ângela Vieira Domingues

(o mesmo)

Apresentação oral de trabalhos: Ana Rita Timóteo Carvalho e Ana Margarida Silva

A fronteira ibero-americana. A importância do Brasil. A troca das infantas e um período de paz e amizade entre as coroas ibéricas: a assinatura do Tratado de Madrid (1750). A nomeação de Mendonça Furtado para a governação do território amazónico e a implementação de um programa de reformas aplicado sobre o território. A lei da liberdade dos índios de 1755


Apresentação oral de trabalhos. A fronteira colonial no mundo ibero-americano

29 Abril 2021, 08:00 Ângela Vieira Domingues

Apresentação oral de trabalhos: Ana Rita Timóteo Carvalho e Ana Margarida Silva

A fronteira ibero-americana. A importância do Brasil. A troca das infantas e um período de paz e amizade entre as coroas ibéricas: a assinatura do Tratado de Madrid (1750). A nomeação de Mendonça Furtado para a governação do território amazónico e a implementação de um programa de reformas aplicado sobre o território. A lei da liberdade dos índios de 1755


De reinos a colonias: debates historiográficos sobre a natureza dos territórios americanos da monarquia espanhola (aula ministrada pela Professora Margarita Rodríguez García)

23 Abril 2021, 09:30 Ângela Vieira Domingues

A chegada de Cristóvão Colombo à América e o desastre demográfico subsequente. As instituições que organizam o territórios da América Espanhola como uma resposta da coroa dos Reis Católicos aos impérios constituídos antes da presença hispânica; o medo da coroa de que os conquistadores se autonomizassem. A construção de quatro vice-reinados como resposta aos grande impérios americanos: Nova Espanha (1535), Peru (1542), Rio da Prata (1776), Nova Granada (1717). As audiências como instituições administrativas da justiça, os ayuntamientos ou instituições camarárias, os cabildos de índios. Objetivos da coroa: uma administração estável e forte e uma exploração económica eficaz. A manutenção das estruturas governativas locais, as alianças com os indígenas, a resistência à colonização espanhola, a integração de elementos de cultura espanhola como um aspeto fundamental para a sobrevivência dos índios. Relações de poder e dominação: a república dos espanhóis e a república dos índios. Os índios como menores, miseráveis e tutelados e a figura do corregedor como representante do rei. A importância da tributação e da evangelização. A historiografia: 1. organização socioeconómica e as formas de exploração indígena 2. exploração económica e lógicas de conquista entendidas também como lógicas da igreja. A semelhança entre a cultura jurídica e a cultura politica ibéricas. Os territórios não conquistados como Extra ecclesiam nulla salus e a guerra justa. Os debates sobre o estatuto jurídico dos indígenas: o direito natural como responsável pelo ordenamento jurídico das comunidades. As leis de Burgos (1512) e as Leyes Nuevas (1542) e a regulamentação sobre os limites da legislação em relação à exploração dos índios pela sociedade colonial. O impacto da legislação indígena sobre os territórios americanos. A utilização das instituições e das leis coloniais pelos índios na defesa dos seus direitos e prerrogativas. Uma releitura da "crise do século XVII" como um fenómeno peninsular que contradiz o benefício das economias do Norte da Europa (Franca, Inglaterra e Holanda) e dos comerciantes peruanos. As reformas borbónicas como rutura do pacto colonial e como origem dos movimentos independentistas. Os criollos entendem-se não como sujeitos coloniais, mas em relação de igualdade com os reinóis. A recriação de identidades indígenas e criollas a partir de meados do século XVIII.

Fontes: Montesinos, Fernandez Enciso, Palácios Rubios, Bartolomé de Las Casas, escola de Salamanca, Francisco de Vitoria 
Autores: Bartolomé Clavero Salvador, Antonio Manuel Hespanha, Antony Pagden, José Javier Ruiz Ibañez, Óscar Mazin, Jean-Frédéric Schaub e Juan Carlos Garavaglia, Ruggero Romano, Carlos Sempat Assadourian, Carlos Marichal, Juan Marchena Fernández, Antonio Miguel Bernal, Margarita Suárez, Michel Morineau, Francisco Andujar Castillo, Jorge Cañizares-Esguerra, Margarita Rodríguez García.