Sumários

Percursos e tendências da História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa (década de 1970-2021) (aula ministrada por Artur Teodoro de Matos)

24 Março 2023, 12:30 Ângela Vieira Domingues


A História dos Descobrimentos e da Expansão depois de 1974 e da independência das colónias. O desenvolvimento da história da presença dos portugueses no Oriente e a marca de uma historiografia marxista na história de África. A importância da história local e dos arquivos, considerados como laboratórios dos historiadores. O impulso historiográfico dos anos de 1980-90: a criação de cursos de mestrado e de pós-graduação e as instituições de financiamento. A reorganização dos cursos depois do Acordo de Bolonha. A importância das populações locais; a colaboração interdisciplinar com a geografia, a arqueologia e a antropologia. A importância das línguas nativas e da paleografia. As potencialidades futuras da História dos Descobrimentos e da expansão


Instituições: Fundação Calouste Gulbenkian; Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses, Fundação para a Ciência e Tecnologia, Arquivo Histórico de Goa, 

Historiadores: Silva Rego, Avelino Teixeira da Mota, Alexandre Lobato, Vitorino Magalhães Godinho. Luis Filipe Thomaz, 

A história da Amazónia brasileira No entrecruzar do ambiente, das grandes viagens de exploração geográfica e da história indígena

22 Março 2023, 12:30 Ângela Vieira Domingues


O Estado do Maranhão (1621) e a monarquia Habsburgo. A originalidade da história da Amazónia. Os olhares renovados dos historiadores em relação à participação indígena nas histórias nacional e regional do Brasil. A produção historiográfica e as fontes sobre as comunidades indígenas; as novas metodologias e análises. Os historiadores e a sua relação com outros cientistas das humanidades e sociais na abertura de novos caminhos

Historiografia das ilhas de Cabo Verde: a apropriação da sua história pelos cabo-verdianos (aula ministrada por Maria Manuel Torrão)

17 Março 2023, 12:30 Ângela Vieira Domingues


A localização do arquipélago de Cabo Verde, a proximidade com a costa ocidental fronteira e a diáspora caboverdiana. O conceito de "ilhas da Macaronésia". O conceito de "rios da Guiné" e Senegâmbia. O povoamento das ilhas e a concessão afonsina de um espaço económico exclusivo aos moradores (portugueses, castelhanos, florentinos, genoveses). A compra de escravos. A historiografia de Cabo Verde como sendo, por muito tempo, marginal nas histórias sobre o império colonial português. A história de Cabo Verde faz-se em conexão com a da Guiné. O projeto pioneiro da História Geral de Cabo Verde (3 vols., 1 história concisa, 2 vols. de documentos). A fundação da Universidade de Cabo Verde e a democratização no acesso dos caboverdianos ao ensino superior. A importância dos projetos cartográfico e arqueológico nas vertentes subaquática e territorial.

 Os autores e as obras: Christiano José de Senna Barcelos, Subsídios para a História de Cabo Verde e Guiné (séc. XIX) Roteiro do arquipélago de CV (cartografia e toponímia de todas as ilhas); os geógrafos Ilídio do Amaral (Santiago de CV. A terra e os homens) e Orlando Ribeiro (A Ilha do Fogo e as suas erupções); António Carreira e obras fundamentais sobre história, cultura material, economia, língua; João Lopes Filho com incidência nas articulações da história com a antropologia e a sociologia, a génese da cultura (cerâmica, ritos, quotidiano); Daniel Pereira e a cultura material; a História Geral de Cabo Verde (dir. Luís de Albuquerque e Maria Emília Madeira Santos, investigadores: Antonio Correia e Silva, Ângela Domingues, Ilidio Baleno, Iva Cabral, Luís de Albuquerque, Maria Emília Madeira Saltos, Maria João Soares, Maria Manuel Torrão, Zelinda Cohen); Nireia Pereira Tavares.

Os arquivos: ANTT, AHU, AHNCV

Uma comparação da cronologia e do enquadramento entre os Descobrimentos e as Expansões portuguesa e a espanhola. Ciência, tecnologia, saberes locais e império no mundo atlântico, séculos XV-XIX

15 Março 2023, 12:30 Ângela Vieira Domingues


Uma comparação entre as principais linhas de expansão portuguesa e espanhola: uma cronologia. A anterioridade da expansão portuguesa e a existência de viagens de referência no Atlântico (Gil Eanes, Diogo Cão, Bartolomeu Dias, Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral), a celebração de tratados diplomáticos na partilha de áreas de influência entre as duas coroas ibéricas no seu processo expansionista, a intervenção do Papado, a rendição de Granada e a viagem de Cristóvão Colombo (1492), a formação e o fortalecimento da Espanha dos Reis Católicos (1512), a rotas das Índias de Castela, a navegação do Pacífico e a rota do Galeão de Manila. A importância das participações indígenas e dos conhecimentos locais na colonização e na compreensão e conhecimento do mundo extraeuropeu. O conceito de comunidade epistémica e as novas técnicas e conhecimentos sobre a natureza. A Casa do Cosmógrafo Mor como exemplo das plataformas de conhecimento existentes com base no saber dos práticos e dos locais.

A Amazónia Ibérica em meados do século XVIII: fronteiras, circulações e resistências indígenas (aula ministrada por Pablo Ibañez Bonillo)

10 Março 2023, 12:30 Ângela Vieira Domingues


As fronteiras amazónicas contextualizadas no século XVIII. A Guerra dos Sete Anos como uma guerra global. A Amazônia como um espaço natural, histórico e social ocupado pelas populações indígenas, conectado e com importância a nível global. A incorporação dos impérios ibéricos: a chegada dos colonos como tardia (inícios do século XVII), a incorporação fragmentária da Amazónia aos impérios coloniais, a interação permanente entre indígenas e agentes coloniais. O Tratado de Madrid (1750) e o estabelecimento duma fronteira lineal. A atuação das partidas de demarcação de limites, fronteiras mal conhecidas ou desconhecidas, vontade imperial de incorporação dos territórios nos impérios coloniais. As fontes. As repercussões da Guerra Fantástica na Amazónia. A fronteira como um conjunto arquipelágico constituído por núcleos coloniais, aldeamentos indígenas e zonas de interação entre portugueses e espanhóis: Macapá, Príncipe da Beira, Marabitenas, Foz do rio Potomaio, foz do rio Solimões. As novas perspetivas de analise: 1. relacionar a Amazônia em processos globais, 2. perspetivas pan-amazonicas 3. história social da fronteira 4. história indígena e etnohistoria. A comunicação na fronteira: arma de guerra, propaganda, forma de controlo, fakenews, contrabando, comércio, refúgio