Sumários

Presentismo

6 Abril 2021, 11:00 Ricardo Santos

Caracterização preliminar do presentismo como a tese de que só existe aquilo que é presente. A questão de saber que aspectos fazem do presentismo uma teoria dinâmica do tempo. A visão dos tempos verbais como operadores proposicionais. “Presentemente” como operador redundante (comparação com “é verdade que” e com “actualmente”. A alegação de que a tese presentista é uma verdade eterna e necessária. O presentismo e os objectos abstractos. Reformulação final da tese presentista: Necessariamente, sempre, tudo o que está no tempo é presente. A crítica da trivialidade: objecção segundo a qual a tese presentista é ou trivial ou obviamente falsa. Quantificação restrita e irrestrita. Analogia com a tese de que tudo é físico. Resposta à crítica: a versão proposta como obviamente falsa é, na realidade, verdadeira (e a aparência de falsidade pode ser explicada pelo presentista). A crítica da ininteligibilidade: o que é ‘ser presente’? A concepção indexical do presente e a concepção de um presente objectivo defendida por todas as teorias-A. Comparação entre o bloco em crescimento e o presentismo. Proposta: ser presente é o mesmo que existir. Regresso à objecção de trivialidade.


Férias da Páscoa

30 Março 2021, 11:00 Ricardo Santos

Férias da Páscoa


Bloco em Crescimento (2)

23 Março 2021, 11:00 Ricardo Santos

Braddon-Mitchell e a objecção epistémica à teoria do bloco em crescimento: Como é que podemos saber que estamos no presente objectivo? Comparação com a concepção do presente como tempo único (presentismo) e com a concepção indexical do presente (eternismo). Duas espécies de tempo: o tempo como localização no bloco tetradimensional e o tempo objectivo que diz onde está a fronteira (ou o último tempo). Duas maneiras de conceber as viagens ao passado: regressar ao tempo X quando X era o presente ou regressar ao tempo X mantendo o presente onde está. A experiência mental proposta: localizado há mais de 2.000 anos atrás, César atravessa o Rubicão, acreditando erradamente que o faz no presente. A réplica de Forrest: só no presente objectivo existe consciência. Problema: esta réplica não parece consistente com a relatividade da simultaneidade. O bloco em crescimento em conflito com a teoria da relatividade.


Bloco em Crescimento (1)

16 Março 2021, 11:00 Ricardo Santos

Apresentação da teoria do bloco em crescimento. Uma ontologia intermédia, que nega a existência do futuro, mas aceita a existência do passado. Tal como o presentismo, propõe uma visão dinâmica da realidade, segundo a qual os factos que a constituem (incluindo os factos acerca daquilo que existe) mudam com o tempo. O bloco cresce na direcção do futuro: nada deixa de existir (o bloco não sofre erosão), mas surgem novos tempos, com coisas que não existiam antes. O privilégio objectivo do presente, como um tempo novo e último. A distinção entre existir num tempo e estar localizado num tempo. O bloco em crescimento gera uma separação entre o tempo da existência e o tempo da localização: muitas coisas existem presentemente, mas estão localizadas no passado. O principal argumento a favor do bloco em crescimento: a capacidade de explicar a diferença entre o passado e o futuro, considerando que o passado está encerrado, mas o futuro aberto.


O Eternismo (2)

9 Março 2021, 11:00 Ricardo Santos

J.J.C. Smart (2009) em defesa do eternismo standard ou eternismo-B – the tenseless theory of time. O desiderato de uma visão do universo “não-paroquial” e “não-antropocêntrica” em contraste com as visões situadas, que adoptam uma perspectiva particular. Defesa fortemente anti-kantiana de uma metafísica realista. A tese de que o “não-paroquialismo” implica o abandono ou rejeição de uma linguagem temporal. Duas maneiras de tratar os elementos temporais da linguagem vulgar como indexicais: (i) a abordagem token-reflexive de Reichenbach e (ii) a relativização da verdade a falantes e a tempos proposta por Davidson. Contraste com a proposta de Prior de enriquecimento das linguagens formais da lógica com operadores temporais. O conflito entre a teoria da relatividade restrita e a teoria dinâmica do tempo. A tentativa de explicação evolucionista para a nossa diferença de atitudes a respeito do passado e do futuro. A passagem do tempo como ilusão metafísica. Podemos mudar o futuro? Uma alegada distinção entre “fatalismo sério” e “fatalismo tolo”.