Sumários
Contextos e Rupturas
25 Janeiro 2024, 18:30 • Rodrigo Furtado
1. Política e geografia (ss. VII-XII): recriações de uma (suposta) unidade perdida.
1.1 Hispânia visigoda: uma comunidade imaginada.
1.2 A fragmentação romana: Local Romanness vs. Central Romanness.
1.3 A presença visigótica na Hispânia: a consolidação na segunda metade do século VI.
1.4 A diversidade geográfica – os centros (Toledo, Mérida-Sevilha, Barcelona-Narbona) e as periferias (a Galécia).
1.5 A maioria hispano-romana vs. a minoria político militar. O controlo da força e da violência. A desmilitarização hispano-romana. A dissolução visigótica.
2. Sul: permanecer cristão sob o Islão.
2.1 A ocupação dos centros urbanos hispano-romanos do Guadiana-Guadalquivir: Sevilha, Córdova, Mérida, Beja. O caso particular de Granada.
2.2 A comunidade moçárabe e a manutenção dos costumes e da religiosidade de época visigótica – a língua; o monacato; a liturgia; a letra; os livros.
2.3 A “liberdade religiosa”: e.g. a partilha da Igreja de São Vicente de Córdova. A conversão “de cima para baixo”. O desaparecimento das sés de Braga e de Tarragona. O sistema religioso cristão concentra-se no sul.
2.4 Um sistema multilingue: o latim e o árabe como línguas (i) religiosas/litúrgicas; (ii) de cultura escrita.
2.5 Bolsas de resistência: os mártires voluntários de Córdova – Eulógio de Córdova (m. 859).
3. Norte: a fantasia da continuidade – a translatio regni.
3.1 Uma região de fraca romanização (diferente da Galécia). Ástures e Cântabros.
3.2 Uma história feita a posteriori. Os líderes do norte e a ausência de passado. A união Ástures (Ermosinda) e Cântabros (Pedro).
3.3 A lentidão de um processo que desinteressava os muçulmanos: de Oviedo à Galiza e à Cantábria.
3.4 Afonso II (791-842): a nova capital – Oviedo e a imitação visigótica.
3.5 Afonso III (866-910) e a expansão para Castela e para o Douro. A presúria de Vímara Peres. A nova capital em León.
4. Outras periferias:
4.1 Pamplona entre o domínio local, a presença muçulmana, as incursões francas e a órbita asturiana. Os primeiros nomes de governantes (ca. 825); a dinastia Jiménez (905-1234).
4.2 A marca catalã e a influência franca.
4.3 A invenção de Santiago (813) e a reivindicação de uma sede apostólica.
4.4 Portugal: os condados da marca portucalense.
5. Rupturas: entre a euforia e a depressão.
5.1 626: o domínio visigótico e a metáfora do casamento: o Laus Spaniae.
5.2 711: interpretações da ruptura. A escatologia do Beato de Liébana.
5.3 883: reinterpretações ovetanas da história– a chave neogótica do passado. As relíquias de Eulália de Mérida (780) e de Eulógio de Córdova (882-3).
5.4 1050-1080: de Coyanza a Burgos – a segunda romanização da Ibéria cristã.
Rodrigo Furtado
Bibliografia:
Álvarez Palenzuela, V. A., ed. (2005), Edad Media. Historia de España, Barcelona.
*Collins, R. (1999), 'The Spanish kingdoms', The new Cambridge Medieval History 3. C. 900-c. 1024, Cambridge, 670-691.
*Collins, R. (19952), Early Medieval Spain: Unity in Diversity, 400-1000, New York.
*Collins, R. (2004), Visigothic Spain, 409–711, Oxford.
*Deswarte, Th. (2003), De la destruction à la restauration. L’idéologie du royaume d’Oviedo-León (VIIIe-XIe siècles), Turnhout.
García Moreno, L. A. (2008r), Historia de España visigoda, Madrid.
Monsalvo Antón, J.M.ª, ed. (2014), Historia de la España medieval, Salamanca.
Apresentação. Programa. Bibliografia. Avaliação.
23 Janeiro 2024, 18:30 • Rodrigo Furtado
Memória e Circulação do saber na Hispânia Medieval
(ss. VII-XII)
Nesete seminário, discutir-se-ão questões de memória e circulação manuscrita entre os séculos VII-XII na Península Ibérica. Está organizado em três partes: numa primeira parte, discutir-se-ão os traços gerais da evolução histórica e cultural da Península entre ca. 600-ca. 1200 e apresentar-se-ão alguns fundamentos de codicologia, paleografia e crítica textual. Depois, estudar-se-ão sobretudo manuscritos que, em contextos regionais, foram organizados para transmitir a memória considerada fundamental para a explicação/justificação do presente. Assim, na segunda parte, descrever-se-ão três colecções que colocam problemas diferentes: a colecção albeldense (conhecida como Chronica Albeldensia), trasmitida por vários manuscritos; a colecção rotense, transmitida por um único manuscrito completo; e a colecção soriense, transmitida por um manuscrito perdido. Descrever-se-ão ainda duas colecções hagiográficas: o passionário de Cardeña, que é a base do decerto erradamente conhecido como Passionário Hispânico; e o passionário de Tuy, que é composto por duas colecções, uma hispânica e a outra cisterciense. Interessará analisar a estrutura de cada colecção (subcolecções, textos, relação entre textos), questões de canonicidade (como cada colecção estabelece um cânone e como ele se vai reconfigurando no tempo) e questões de mobilidade dos textos. Na terceira parte deste programa, estudar-se-ão três casos/problemas concretos com pouca investigação feita: a formação da chamada ‘compilação alcobacense’; a existência de uma colecção de textos hispânicos no Sul da Flandres ca. 1180; e o passionário de Lorvão.
Saber Latim é útil, mas não é obrigatório.
PROGRAMA
Cânone literário e circulação de textos na Ibéria medieval (600-1200):
os casos da historiografia e hagiografia.
Fvndamenta et Instrvmenta
I. Fundamenta
1. Contextos:
1.1 Política e geografia (ss. VII-XII): recriações de uma (suposta) unidade perdida.
1.2 Rupturas: entre a euforia e a depressão.
2. Scriptoria e bibliotecas.
3. Literatura hispânica altomedieval: historiografia e hagiografia.
II. Instrumenta
4. Manuscrito.
4.1 Letras.
4.2 Códice.
5. Texto.
Compilationes
III. Libri Chronicorum.
6. Chronica Albeldensia (Díaz 514, 521-523): uma colecção ovetense.
6.1 Escorial d.I.2, San Martín de Albelda, 974-976, ff. 238va-242vb.
6.2 Madrid, BRAH, 39, Part II, San Millán de la Cogolla, 2/2 s. XI, ff. 245vb-260ra.
6.3 Madrid, Biblioteca Nacional 1358, Corias, 1162-1178, ff. 8vb-27vb.
6.4 Problemas dos textos:
6.5 Reconstruir a história da colecção.
7. Colecção Rotense: Madrid, BRAH, 78, Nájera, s. XIinc. Parte II, ff. 156-232.
7.1 Um conjunto de colecções diversas.
7.2 A colecção profética: à espera da Parúsia.
7.3 As colecções pamplonenses: a afirmação como sucessora de Oviedo.
7.4 Reconstruir a história da colecção.
8. A colecção soriense: uma colecção perdida.
8.1 Os conteúdos:
8.2 As notícias dos humanistas.
8.3 Reconstruir a história da colecção: a colacção (possível) dos textos.
9. Questões de canonicidade.
IV. Passionaria.
10. Passionário de Cardeña: London, British Library, add. 25600, 950-960, San Pedro de Cardeña.
10.1 O que é um passionário/legendário?
10.2 Manuscrito e pervivência.
10.3 O problema do Passionário hispânico.
Pratica
V. Compilatio Alcobaciensis.
11. Madrid, Biblioteca Marqués de Valdecilla-Universidad Complutense, 134.
11.1 A origem toledana do códice. A data: post 1250. Descrição codicológica.
11.2 Textos.
11.3 O manuscrito perdido de Alcobaça.
11.4 O índice do f. 2ra: os textos que faltam.
11.5 Madrid, BRAH, 80, Parte I (ff. 1ra-125rc): um testemunho primitivo?
11.6 Lisboa, BNP, Alc. 415.
VI. Colecções “hispânicas” no sul da Flandres (6 horas: 2 aulas x 3 horas).
12. Douai, Bibliothèque Marceline Desbordes-Valmore, 842, Parte II (ff. 8va-47vb).
12.1 Estrutura do códice.
12.2 O Liber chronicorum.
12.3 Os textos jacobeus.
12.4 Datação do códice.
11 Dois passionários ocidentais (6 horas: 2 aulas x 3 horas).
13. Passionário de Tui: Tui, Arquivo capitular e histórico diocesano, 1; fim s. XII; Tui.
13.1 Bibliotheca Hagiographica Portucalensis.
13.2 Manuscrito: descrição.
14. Lisboa, ANTT, Ordem de Cister, Mosteiro de Lorvão, cód. 16 (Lorvão, > 1139).
14.1 O manuscrito.
14.2 Os calendários na península – os instrumentos.
14.3 Os novos textos que circularam na Hispânia.
14.4 Um estudo de caso: a Passio Mammetis (BHL 5192).
Conclusões: o cânone historiográfico e hagiográfico ibérico entre os séculos VII-XII – formação e circulação.
15. O códice como objecto global e fonte para a história dos textos e da cultura.
16. A historiografia latina medieval ibérica até ao século XII: os textos; as colecções; a formação do cânone; os textos rejeitados.
17. A hagiografia latina medieval na Península Ibéric até ao século XII: os textos; as colecções; a formação do cânone; as influências externas.
18. A circulação dos textos e das colecções: para uma cartografia da cultura.
AVALIAÇÃO
- Trabalho 1 (máx. 5000 palavras): 40%
tema escolhido pelos estudantes com base num texto historiográfico ou hagiográfico hispânico, escrito entre ca. 600-ca. 1200; dado ou não em aula;
- Trabalho 2 (máx. 5000 palavras): 40%
tema escolhido pelos estudantes com base num manuscrito historiográfico ou hagiográfico hispânico, copiado entre ca. 600-ca. 1200; dado ou não em aula;
- Participação no seminário: 20%.
BIBLIOGRAFIA
Textos (selecção)
Bonnaz, Y. (1987), Chroniques Asturiennes (fin IXe siècle), Paris.
Cardelle de Hartmann, C., ed. (2001), Victoris Tunnunensis chronicon cum reliquiis ex Consularibus Caesaraugustanis et Iohannis Biclarensis chronicon, Turnhout.
Estévez Sola, J. A., ed. (2018), Chronica Hispana saeculi XII. Pars III. Historia Silensis, Turnhout.
Fábrega Grau, A., ed. (1953-1955), Pasionario Hispánico (siglos VI-XI), 2 vols., Madrid-Barcelona.
Fernández Conde, F. J. (2020), Pelayo de Oviedo: edición crítica de la Chronica y su pensamiento político, Gijón.
Gil Fernández, J. ed. (2018), Chronica Hispana saeculi VIII-IX, Turnhout.
Gil Fernández, J. ed. (2020), Scriptores Muzarabici. Saeculi VIII-XI, 2 vols., Turnhout.
Gil Fernández, J.-J. Moralejo-J. I.Ruiz de la Peña (1985), Crónicas Asturianas, Oviedo.
López Pereira, J. E. (2009), Continuatio Isidoriana Hispana. Crónica Mozárabe de 754, León.
Martín, J. C., ed. (2003), Isidori hispalensis chronica, Turnhout.
Pérez de Urbel, J., ed. (1952), Sampiro: su crónica y la monarquía leonesa en el siglo X, Madrid.
Riesco Chueca, P., ed. (1995), Pasionario Hispánico. Introducción, edición crítica y traducción, Sevilha.
Rodríguez Alonso, C., ed. (1975), Las historias de los Godos, Vandalos y Suevos de Isidoro de Sevilla, León 1975.
Yarza Urquiola, V., ed. (2020), Passionarium Hispanicum saeculi X, Turnhout.
Yarza Urquiola, V., ed. (2020), Passionarium Hispanicum saeculi XI, Turnhout.
Repertórios
BHL = Bibliotheca Hagiographica Latina Antiquae et Mediae Aetatis, 2 vols., Bruxelles, 1898-1899 + Bibliotheca Hagiographica Latina Antiquae et Mediae Aetatis. Novum Supplementum, Bruxelles, 1986.
CALMA = M. Lapidge et alii (2000-), Compendium Auctorum Latinorum Medii Aevi, 6 vols., Firenze.
CPL = Dekkers, E., Gaar, A. (19953), Clavis Patrum Latinorum, Steenbrugis.
Díaz = Díaz y Díaz, M. C. (1958-1959), Index Scriptorum Latinorum Medii Aevi Hispanorum. 2 vols. Salamanca.
SLE = Martín, J. C., Cardelle de Hartmann, C., Elfassi, J. (2010), Sources latines de l’Espagne tardo-antique et médiévale (Ve-XIVe siècles). Répertoire bibliographique, Paris.
Catálogos (selecção)
AAVV (1953-1995), Inventario general de Manuscritos de la Biblioteca Nacional, 13 vols., Madrid.
Antolín, G. (1910-1923), Catálogo de los códices latinos de la Real Biblioteca del Escorial, 5 vols., Madrid.
Bischoff, B., Ebersperger, B., ed. (1998-2004) Katalog der festländischen Handschriften des neunten Jahrhunderts (mit Ausnahme der wisigotischen), 3 vols., Wiesbaden
Janini, J. (1977-1980), Manuscritos litúrgicos de las bibliotecas de España, Burgos.
Lilao Franca, Ó, Castrillo González, C. (1997-2002), Catálogo de manuscritos de la Biblioteca Universitaria de Salamanca, Salamanca.
Lowe, E. A., ed. (1934-1966), Codices Latini Antiquiores, 11 vols., Oxford; Supplement (1971); vol. 2 (19722).
Martín, J. C. (2009), ‘Códices hagiográficos latinos de origen hispánico de los siglos IX-XIV, con un apéndice sobre el siglo XV. Ensayo de inventario’, Analecta Bollandiana 127, 313-363.
Millares Carlo, A. (1963), Manuscritos visigóticos. Notas biabliográficas¸ Barcelona-Madrid.
Millares Carlo, A. (1999), Corpus de códices visigóticos, Las Palmas.
Munk Olsen, B. (1982-2020), L’étude des auteurs classiques latins aux XIe et XIIe siècles, 7 vols., Paris.
Ruíz García, E. (1997). Catálogo de la sección de códices de la Real Academia de la Historia, Madrid.
Bibliografia
(assinalo com * as leituras aconselháveis disponibilizadas aos estudantes)
*Alberto, F. F. (2020), ‘Editing Hispanic passionaries’, Euphrosyne 49, 383-396.
*Alberto, P. F. (2020), ‘Passionari del nuovo millennio continuità e innovazione nei secoli X e XI nella contea di Castiglia’, San Miniato e il segno del Millennio, Firenze, 227-243.
Alturo, J. (2004), ‘La escritura visigótica: estado de la cuestión’, Archiv für Diplomatik 50, 347-386.
Álvarez Palenzuela, V. A., ed. (2005), Edad Media. Historia de España, Barcelona.
*Bautista, F. (2015). ‘Dos notas sobre el ciclo historiográfico de Alfonso III’, Territorio, sociedad y poder 10: 5-16.
*Bautista, F. (2016), ‘Juan Páez de Castro, Juan Buatista Pérez, Jerónimo Zurita y dos misceláneas historiográficas de la España altomedieval’, Scriptorium 70, 3-68.
*Bischoff. B. (1989), Latin Palaeography: Antiquity and the Middle Ages, Cambridge.
Carlos Villamarín, H. (2008), ‘À l’ombre de Rome: les villes de Tolède et Pampelune dans le codex de Roda’, Cahiers de civilisation médiévale 51, 129-142
*Carlos Villamarín, H. (2011), ‘El códice de Roda (Madrid, BRAH 78) como compilación de voluntad historiográfica’, Edad Media. Revista de Historia 12, 119-142.
*Castillo, A. del (2020), ‘Sobre el codice alcobacense de Vaseo y los Annales Portugalenses Veteres : continuidad del reino visigodo de Toledo’, Espacio, tiempo y forma 33, 117-134.
*Catalán, D. (2005), 'Desenredando la maraña textual pelagiana (I)', Revista de Filoloxía Asturiana, 3, 61-87.
*Cherubini, P. (2004), ‘La scrittura latina’, Breve storia della scrittura e del libro, Roma, 37-84.
*Chiesa, P. (2016), Venticinque lezioni di filologia mediolatina, Firenze.
*Chiesa, P.(20122), Elementi di critica testuale, Bologna.
*Codoñer C. et alii (2010), La Hispania visigótica y mozárabe. Dos épocas en su literatura, Salamanca.
*Collins, R. (19952), Early Medieval Spain: Unity in Diversity, 400-1000, New York.
*Collins, R. (1999), 'The Spanish kingdoms', The new Cambridge Medieval History 3. C. 900-c. 1024, Cambridge, 670-691.
*Collins, R. (2004), Visigothic Spain, 409–711, Oxford.
*Deswarte, Th. (2003), De la destruction à la restauration. L’idéologie du royaume d’Oviedo-León (VIIIe-XIe siècles), Turnhout.
*Díaz y Díaz, M. C. (1979), Libros y librerías en la Rioja altomedieval, Logroño.
*Díaz y Díaz, M. C. (1976), ‘La historiografía hispana desde la invasión árabe hasta el año 1000’, De Isidoro al siglo XI. estudios sobre la vida literaria peninsular, Barcelona, 203-234.
Díaz y Díaz, M. C. (1969), ‘La circulation des manuscrits dans la Péninsule du VIIIe au XIe siècle’, Cahiers de civilisation médiévale 47, 219-241.
*Díaz y Díaz, M. C. (1983), Códices visigóticos en la Monarquía leonesa, León.
Díaz y Díaz, M. C. et alii (1988), El Códice Calixtino de la catedral de Santiago. Estudio codicológico y de contenido, Santiago de Compostela.
*Díaz y Díaz, M. C. (1995), Manuscritos visigóticos del sur de la Península: ensayo de distribución regional, Sevilla.
*Díaz y Díaz, M. C. (2001), Asturias en el siglo VIII. La cultura literaria, Oviedo.
Dieguez Dieppa, J. (2002), El manuscrito 1 del Archivo Capitular de la Catedral de Tui. Descripción y estúdio comparativo. Thesis ad licentiam in Sacra Liturgia, Romae.
*Dolbeau, F. (1981), ‘Le légendier d’Alcobaça. Histoire et analyse’, Analecta Bollandiana 102, 263-296.
*Dolbeau, F. (1981), ‘Notes sur l’organisation interne des légendiers latins’, Hagiographies: culture et société, Paris, 11-31.
Dolbeau, F. (1987), ‘Le légendier perdu de la Cathédrale de Coimbra’, Analecta Bollandiana 105, 1987, 130-131
Dolbeau, F. (2008), ‘Naissance des homéliaires et des passionnaires: une tentative d'étude comparative’, L'Antiquité tardive dans les collections médiévales: textes et répresentations, VIe-XIVe siècle, Rome, 13-35.
*Fernández Florez J. A., Herrero de la Fuente, M. (2002), ‘El códice albeldense (o vigiliano) de la Biblioteca del Real Monasterio de El Escorial, Ms. D.I.2’, Los manuscritos visigóticos: estudio paleográfico y codicológico. I. Códices La Riojanos datados, Logroño, 117-173.
Fernández Vallina, E. (1995), ‘El obispo Pelayo de Oviedo: su vida y su obra’, Liber Testamentorum Ecclesiae Ovetensis, Barcelona, 231-449.
Férotin, M. (1904), Le Liber Ordinum en usage dans l’Église wisigothique et mozarabe d’Espagne du cinquième au onzième siècle, Paris.
Férotin, M. (1912), Le Liber Mozarabicus Sacramentorum et les manuscrits mozarabes, Paris.
*Fontaine, J. (19832), Isidore de Seville et la culture classique dans l’Espagne Wisigothique, 3 vols., Paris.
Fontaine, J. (2000), Isidore de Seville: genèse et originalité de la culture hispanique au temps des Wisigoths, Turnhout.
*Furtado, R. (2011), ‘¿Dónde fue escrito el Ordo gentis Gothorum?’, Voces 22, 39-65.
*Furtado, R. (2016), ‘The Chronica Prophetica in MS. Madrid, RAH Aem. 78’, Forme di accesso al sapere in età tardoantica e altomedievale 6, Trieste, 75-100.
*Furtado, R. (2016). ‘A collection of chronicles from Late Antique Spain: Madrid, Complutense 134, ff. 25vb-47vb. Content, structure and chronology’, Formas de acceso al saber en la Antigüedad tardía y en la Alta Edad Media. La Transmisión del conocimiento dentro y fuera de la escuela, 227-258.
*Furtado, R. (2017), ‘La «Crónica» de Eusebio-Jerónimo en Madrid, BHMV, Complutense 134 (ff. 2va-14vb)’, Latinidad medieval hispánica, Firenze, 69-84.
*Furtado, R. (2017), ‘Reassessing Spanish chronicle writing before 900: the tradition of compilation in Oviedo at the end of the ninth century’, The Medieval Chronicle 11, Leiden, 171-194.
*Furtado, R. (2020), ‘Emulating neighbours in Medieval Iberia around 1000: a codex from la Rioja (Madrid, RAH, cód. 78)’, Conflict and collaboration in Medieval Iberia, Cambridge, 61-90.
*Furtado, R. (2023), ‘Ms. Douai 842: a new testimony of the Liber chronicorum by Pelagius of Oviedo’, Aevum 97, 249-279.
*Furtado, R. (2024), ‘Narrating the past’, Brill’s companion to Visigothic Iberia, Leiden.
*Furtado, R., Vélazquez Soriano, I. (2019), ‘BH MSS 134’, Catálogo de manuscritos medievales de la Biblioteca Histórica “Marqués de Valdecilla” (Universidad Complutense de Madrid), Madrid, 643-649.
Galán Sánchez, P. J. (1994), El género historiográfico de la Chronica. Las crónicas hispanas de época visigoda, Cáceres.
García Moreno, L. A. (2008r), Historia de España visigoda, Madrid.
*García Moreno, L. A. (2014), ‘Historiografía andalusí e historiografía hispanolatina’, Wisigothica. After M. C. Díaz y Díaz, Firenze, 199-230
*Gil Fernández, J. (1971), ‘Textos olvidados del códice de Roda’, Habis 2, 165-178.
Guerreiro, R. (1990), ‘Un vrai ou faux passionaire dans le manuscript 39 de la Real Academia de la Historia de Madrid’, Revue Mabillon 62, 37-56.
Hämel, A. (1953), ‘Los manuscritos del falso Turpino’, Estudios dedicados a Menéndez Pidal 4, Madrid, 67–85.
*Hillgarth, J. N. (1970). ‘Historiography in Visigothic Spain’, La storiografia altomedievale 1, Spoleto, 261-311.
*Jerez Cabrero, E. 2008. Arte compilatoria pelagiana: la formación del Liber cronicorum, in Poétique de la chronique. L’écriture des textes historiographiques au Moyen Âge (péninsule Ibérique et France), Toulouse, 47-87.
*Lacarra, J. M. (1945), ‘Textos navarros del códice de Roda’, Estudios de Edad Media de la corona de Aragón 1, 193-284.
*Martín, J.-C. (2013), ‘La biblioteca cristiana de los padres hispanovisigodos (siglos VI-VII)’, Veleia 30, 259-288.
Martín Duque, A., (2003), ‘La realeza navarra de cuño hispano-godo y su ulterior metamorphosis’, Représentations de l’espace et du temps dans l’Espagne médiévale (IXe-XIIIe siècles), Lyon, 225-241.
*Martínez Gázquez, J. (1999), ‘Los estudios hagiográficos sobre el Medioevo en los últimos treinta años en Europa: España’, Hagiographica 6, 1-22.
*Millares Carlo, A. (1993), Tratado de Paleografía española, Madrid.
Monsalvo Antón, J.M.ª, ed. (2014), Historia de la España medieval, Salamanca.
*Nascimento, A. A. (1979). ‘Em busca dos códices alcobacenses perdidos.’ Didaskalia 9: 279-288.
*Nascimento, A. A. (2012), ‘Um novo testemunho do passionário hispànico: um códice lorvanense da primeira metade do século XII (Lisboa, ANTT, Lorvao, C. F. Livr. 16)’, Ler contra o tempo. Condições dos textos na cultura portuguesa (reolha de estudos em Hora de Vésperas), vol.1, 425-250 (=Sub luce florentis calami: homenaje a Manuel C. Díaz y Díaz, Santiago de Compostela, 2002, 452-477).
Peloux, F. (2019), ‘Lyon au temps d’Agobard, réceptacle hispanique et laboratoire hagiographique’, Lyon dans l’Europe carolingienne, Turnhout, 75-92.
Pérez González, C. (2017), ‘La producción hagiográfica latina del Reino de Navarra y Aragón entre el 711 y 1350‘, Hagiographies 7, Turnhout, 421-503.
Petrucci, A. (19922), Breve storia della scrittura latina, Roma.
Philippart, G. (1994), ‘Martirologi e leggendari’, Lo spazio letterario del medioevo. 1. Il Medioevo Latino. Vol. II, La circolazione del testo, Roma, 605-648.
*Philippart, G. (2014), ‘Les légendiers, des origines au début du IXe siècle’, Le légendier de Turin. Ms. D.V.3 de la Bibliothèque Nationale Universitaire, Firenze, 7-74.
Rodríguez Díaz, E. E. (1998). ‘Producción libraria en la Asturias medieval: el ms. 1358 de la Biblioteca Nacional de Madrid.’ Boletín del Real Instituto de Estudios Asturianos 152, 21-50.
Vanderputten, S. (2003), ‘Compilation et réinvention a la fin du douzième siècle. André de Marchiennes, le Chronicon Marchianense et l’histoire primitive d’une abbaye benedictine (édition et critique des sources)’, Sacris erudiri 42, 413–435