Sumários
5 Maio 2025, 11:00
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ALVA MARTINEZ TEIXEIRO
Makunaimã: o mito através do tempo
A reflexão dos autores sobre os sentidos das narrativas tradicionais, nas modalidades oral e escrita, e o lugar dessas narrativas, ao lado das versões consagradas de Koch-Grünberg e, sobretudo, de Mário de Andrade, no universo letrado.
A crítica à história única e à apropriação cultural nas relações entre folclore, literatura erudita e literatura indígena.
A criação de estereótipos: breve análise da caraterização (negativa) de Macunaíma. A negação do tópico ocidental da 'preguiça': a representação do 'bem-viver' e a crítica do desconhecimento das relações Homem-Natureza nas culturas indígenas. Breve leitura das primeiras páginas do texto Ideias para adiar o fim do mundo, de Ailton Krenak.
Breve análise comparativa das caraterísticas do herói indígena e do protagonista de Mário de Andrade, mais próximo do ogro da literatura ocidental, do que do mito trickster.
Bibliografia:
AA. VV. Makunaimã:
o mito através do tempo. São Paulo: Editora Elefante, 2021.
Krenak,
Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das
Letras, 2019.
30 Abril 2025, 11:00
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ALVA MARTINEZ TEIXEIRO
A apropriação da figura do trickster Makunaimã na obra de Mário de Andrade e as suas consequências. O trabalho de bricolagem de diversos géneros e matrizes literárias no Macunaíma modernista. O retrato (carnavalizante e muito negativo) do protagonista, como "herói sem nenhum caráter". As leituras da obra como alegoria da composição multiétnica brasileira. As leituras de Macunaíma, não como mito identitário, mas como sintoma de problemas da cultura brasileira.
A obra coletiva e híbrida (teatro-contação-livro ilustrado) Makunaimã: o mito através do tempo. A apropriação das narrativas indígenas. A recepção do Macunaíma modernista como ferramenta de exclusão indígena. A interpretação do quadro "Baptizado de Macunaíma" de Tarsila do Amaral em chave exclusivamente modernista realizada por Tadeu Chiarelli.
Bibliografia:
Sá, Lúcia (2012): Literaturas da Floresta: Textos Amazônicos e Cultura Latino-Americana (Rio de Janeiro: EdUerj).
28 Abril 2025, 11:00
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ALVA MARTINEZ TEIXEIRO
A literatura indígena e a sua transformação em objeto de estudo do folclore.
Macunaíma: a origem indígena e a rápida circulação na História da Cultura Brasileira, de uma perspetiva ocidental.
A fixação da história na cultura letrada: o trabalho do etnólogo alemão
Theodor Koch-Grünberg, entre
os povos Taurepang, na região da fronteira entre Brasil, Venezuela e a Guiana Inglesa, na década de 1910. A presença do mito de Macunaimã na obra Do Roroima ao Orinoco - Mitos dos
índios Taulipáng e Arekuná (1917). A história e os significados do mito de Macunaimã. A inscrição dessa figura na categoria dos
mitos “trickster”
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As caraterísticas dos mitos “trickster”.
Bibliografia:
Sá, Lúcia (2012): Literaturas da Floresta: Textos Amazônicos e Cultura Latino-Americana (Rio de Janeiro: EdUerj).
Dorrico, Julie; Danner, Leno Francisco et al. (Orgs.) (2018): Literatura indígena contemporânea (Editora Fi). Disponível online:
23 Abril 2025, 11:00
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ALVA MARTINEZ TEIXEIRO
A persistência da representação da Amazônia no Carnaval carioca e a diversidade de representações.
Análise do enredo «Lendas e mistérios
da
Amazônia» (1970), da escola de samba da Portela. A apropriação carnavalizante de elementos da cosmologia indígena, do mito de origem grega e dos relatos do missionário espanhol Gaspar de Carvajal.
O retrato de uma Amazônia pré-colombiana hippie, influenciada pela Contra-Cultura: a celebração da paz, do amor livre e das drogas.
A celebração contemporânea da riqueza e a importância económica da região da Amazônia no enredo de outra escola carioca, financeiramente apoiada pelo governo da região.
Bibliografia:
Bakhtin, Mikhail (1987): A Obra de François Rabelais e a Cultura Popular na Idade Média e no
Renascimento
(São Paulo: Editora Hucitec).
21 Abril 2025, 11:00
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ALVA MARTINEZ TEIXEIRO
A compreensão do Carnaval como a utopia brasileira, a maneira mais inocente, mais espontânea e mais explícita de que os brasileiros falam de si mesmos positivamente (Roberto DaMatta).
O culto da ilusão e a reatualização da fantasia que presidiu à conquista: a imagem do Paraíso.
A origem europeia da presença do Paraíso no Carnaval brasileiro. O estudo de Mikhail Bakhtin
do Carnaval na Idade Média e no Renascimento. A utopia medieval e renascentista
do
País de Cocanha ou Schlaraffenland.
Bibliografia:
Bakhtin, Mikhail (1987): A Obra de François Rabelais e a Cultura Popular na Idade Média e no
Renascimento
(São Paulo: Editora Hucitec).
DaMatta, Roberto (1977):Carnavais malandros e heróis – Para uma sociologia do dilema brasileiro (Rio de Janeiro, Editora Rocco [6ª ed.]).