Sumários

O ethos do Poeta.

7 Março 2018, 10:00 Isabel Adelaide Penha Dinis de Lima e Almeida

Para uma compreensão do horizonte poético de Camões: o valor dos termos "engenho e arte", "novo engenho ardente", "fúria grande e sonorosa"; ressonâncias literárias e filosóficas (de Horácio a Platão, passando pelo pseudo-Aristóteles dos Problemata).

O ethos do poeta: aspectos da construção de uma imagem e da afirmação de uma voz; marcas de uma presença nítida (o discurso em finais de canto); comparação com modelos clássicos e com a prática do romanzo; uma possível resposta de Camões ao cepticismo de Ariosto.
Poesia e melancolia: significado e implicações de uma relação encarecida.
Comentário do final dos cantos V e VII d'Os Lusíadas.
 


O proémio d'Os Lusíadas.

5 Março 2018, 10:00 Isabel Adelaide Penha Dinis de Lima e Almeida

Formas de silêncio em torno de Camões.

A apresentação d'Os Lusíadas: a ausência de paratextos poéticos encomiásticos (cf. Sheila Moura Hue, "O eloquente silêncio de um paratexto").
O proémio do poema: extensão do texto; características.
Comentário da proposição: a imitatio/aemulatio da Eneida de Virgílio; comparação com a proposição de La Araucana (parte I, 1569) de Alonso de Ercilla e com o intróito do Sucesso do Segundo Cerco de Diu (c. 1568; 1ª ed.: 1574), de Jerónimo Corte-Real. 


Camões e Jerónimo Corte-Real.

28 Fevereiro 2018, 10:00 Isabel Adelaide Penha Dinis de Lima e Almeida

Do texto de João de Barros à construção de poemas heróicos na segunda metade de Quinhentos.

Jerónimo Corte-Real e o Sucesso do Segundo Cerco de Diu: o manuscrito oferecido a D. Sebastião (ANTT, C. Cadaval, 31); pintura e poesia; relações intertextuais. Do manuscrito (c. 1568) ao impresso (1574).
Os Lusíadas: génese do poema; as cópias de Luís Franco Correia e de Pedro Coelho; características da editio princeps (1572); a impressão da obra nos séculos XVI e XVII (entre a censura e a liberdade; a eloquente forma dos livros). 


Épica em Portugal: expectativas e ensaios.

26 Fevereiro 2018, 10:00 Isabel Adelaide Penha Dinis de Lima e Almeida

Retoma de pontos tratados na aula anterior: para uma definição do quadro poético e cultural no Portugal quinhentista.

A expectativa em torno da celebração heróica da história nacional: o exemplo da Ode I de António Ferreira.
Comentário do texto de Ferreira: a imitação da Ode horaciana "Odi profanum vulgus et arceo"; a prática da recusatio; Ferreira, "amigo da língua". 
O discurso heróico na tradição poética portuguesa: o exemplo da "profecia" de Fanimor na Crónica do Emperador Clarimundo donde os Reis de Portugal descendem (1522).
Comentário do texto de João de Barros: a concentração de tópicos de louvor a D. Manuel; profecia e pseudo-profecia; o sonho de um império ecuménico; a escolha do verso de arte maior.


O poema heróico no século XVI; expectativas, códigos, modelos.

21 Fevereiro 2018, 10:00 Isabel Adelaide Penha Dinis de Lima e Almeida

Os Lusíadas: sinais da recepção da obra e da valorização do seu autor (do elogio de Pero Magalhães Gândavo, no Diálogo em defensão da língua Portuguesa, ao retrato de Camões, por Fernão Gomes).

O poema heróico no quadro da poética quinhentista: o desejo de imitação e emulação dos clássicos; a atenção aos teorizadores Antigos; a Arte Poética de Marco Girolamo Vida e a exaltação de Virgílio como modelo no cultivo do género épico.
O apreço pelo discurso heróico no século XVI português: o exemplo de Jorge Ferreira de Vasconcelos ("Prólogo" do Memorial das Proezas da Segunda Távola Redonda, 1567).
Entre a imitação da "mui discreta e mui fermosa e magnânima Antiguidade" e a afirmação de uma "maneira" própria: o olhar de Francisco de Holanda em Da Pintura Antiga