Sumários
Alta cultura, cultura popular e cultura de massas
6 Abril 2016, 08:00 • ALVA MARTINEZ TEIXEIRO
Estudo e ponderação crítica das diversas propostas de definição e análise da cultura popular (R. Williams e J. Storey).
Os ecos da visão arnoldiana da cultura nas reflexões que surgiram na primeira metade do século XX. O crescimento da ‘mass media’, dos estados totalitários na Europa e a atmosfera de temor perante a potencial função doutrinária da cultura de massas.
F. R. Levis e Q. D. Leavis: a crítica aos produtos da cultura de massas (ficção popular e cinema).
Um exemplo paradigmático da condição problemática da cultura de massas e dos preconceitos surgidos na primeira metade do século XX: a ‘recetividade’ hipnótica e os apelos emocionais do/no cinema.
Bibliografia:
BETTON, Gérard (1989): História do cinema: das origens até 1986 (Mem Martins: Europa América).
STOREY, John (2006): Cultural theory and popular culture: an introduction (Harlow: Pearson).
WILLIAMS, Raymond (1983): Keywords: a Vocabulary of Culture and Society (New York: Oxford University Press).
A génese da nação moderna
5 Abril 2016, 14:00 • Ana Maria Sanchez Tarrio
Os agentes da nação:
1.- A imprensa maciça em línguas nacionais
•Os jornais nacionais criam uma ligação nova entre os seus leitores, criam uma comunidade baseada numa simultaneidade temporal profana«A língua impressa inventa o nacionalismo moderno»
2.- Os novos meios de comunicação de massas: rádio, televisão, internet: as novas e mais poderosas vias para a imaginação de comunidades
3.- Estado, cidadania, sufragio.
O estudo da cultura e a importância dos rituais e estratégias impostos nas diferentes situações culturais
1 Abril 2016, 08:00 • ALVA MARTINEZ TEIXEIRO
Filme na aula (continuação: Quem é afinal Jackson Pollock? de Harry Moses (2006). Análise do documentário: a dialética entre a conceção da cultura da protagonista (representante das classes trabalhadoras) e do campo artístico: cultura popular vs. ‘alta cultura’. As referências culturais das classes trabalhadoras (pintura decorativa e realista, desportos, televisão…) e a rejeição da pintura moderna (expressionismo abstrato).
O problema da legitimidade e da legitimação.
Análise dos rituais e estratégias do campo cultural. O conceito do campo cultural: as tomadas de posição. O ‘desafio’, a ‘luta’ e a ‘invasão’ de Teri no campo da ‘alta cultura’
O estudo da composição do campo artístico como um campo dotado de uma lógica interna.
A organização hierárquica de posições no campo cultural.
O capital económico, cultural e simbólico. A procura de autoridade, legitimação e autonomia do campo artístico.
Bibliografia:
BORDIEU, Pierre (2010): A distinção: uma crítica social da faculdade do juízo (Lisboa: Edições 70).
EMMERLING, Leonhard (2003): Jackson Pollock: 1912–1956 (Lisboa: Taschen/Público).
MACDONALD, Dwight (1973): “Uma teoria da cultura de massa” in AA.VV.: Cultura de massa. B. Rosemberg e D. M. White (orgs.) (São Paulo: Cultrix): 77-93.
As comunidades imaginadas
31 Março 2016, 14:00 • Ana Maria Sanchez Tarrio
Análise da obra «As comunidades imaginadas» de B. Anderson.
Os agentes da mudança:
1.- Queda do tempo religioso:
* Novo conceito de tempo não religioso: (diferente do tempo da comunidade supranacional cristã, dependente do tempo divino e o seu Providencialismo), tempo abstracto baseado no relógio e no “Entretanto”. O novo tempo é um tempo horizontal-secular: o da coincidência no tempo de um conjunto de seres que configuram uma comunidade.
* Este novo tempo configura um NÓS genérico: o conceito mais primário que contém o germe da nação.
2.- Queda da monarquia, da ordem sagrada do poder
3.- Queda da língua transnacional: o latim.
4.- A ampliação da escolarização obrigatória desde o século XIX: o ensino da história e patriotismo.
Um caso paradigmático das lutas pelo poder simbólico: pintura moderna e ‘capital cultural’
30 Março 2016, 08:00 • ALVA MARTINEZ TEIXEIRO
As abordagens contemporâneas da cultura: a centralidade da visão da cultura como um conjunto de modos de agir e de produzir, assim como de rituais e estratégias impostos nas diferentes situações culturais.
Pierre Bourdieu e as lutas pelo poder simbólico: a distribuição desigual do ‘capital simbólico’ na sociedade. Um caso paradigmático: a história de Teri Horton e o documentário Quem é afinal Jackson Pollock?
Filme na aula: Quem é afinal Jackson Pollock? de Harry Moses (2006).
As peripécias de uma ex-camionista sem ‘capital cultural’ para autenticar e depois vender um quadro comprado numa loja de artigos em segunda mão como uma obra perdida de Pollock. O desafio que se coloca ao mundo do comércio da arte e dos seus especialistas elitistas.
Bibliografia:
BORDIEU, Pierre (2010): A distinção: uma crítica social da faculdade do juízo (Lisboa: Edições 70).
EMMERLING, Leonhard (2003): Jackson Pollock: 1912–1956 (Lisboa: Taschen/Público).