Sumários

Not Taught.

19 Maio 2020, 19:00 Adriana Veríssimo Serrão

19 Maio  de 2020

1. Notas

 

ESTÉTICA

2020

NOTA FINAL

Alexandre Filipe Soares

10

Ana Beatriz Silva

8

Ana Catarina Branco Henriques

8

Ana Luísa Vasconcelos

13

Ana Mafalda Do Vale

14

André Ferreira

13

Beatriz Fernandes

15

Beatriz Neves Botequilha

15

Carlota Caldeira Espinha

15

Daniela Rodrigues Da Cruz

NA

Diana Pedro Correia De Brito

NA

Diogo Cardoso

NA

Guilherme Rodrigues

NA

Helena Beatriz Craveiro

NA

Inês Beatriz Ferreira

18

João Pedro Baptista

18

José Couto

14

Luís Couto Bártolo

17

Madalena Roque

NA

Margarida Preto

NA

Maria Anjos Rocha

16

Maria Madalena Bryant-Jorge

15

Pedro Maia De Carvalho

18

Pedro Teles Oliveira

11

Rodrigo Luís Ribeiro

12

Rui Santos Tereso

NA

Rute Cardoso Cajão

NA

Simão Ribeiro

17

Tânia Sofia Nunes

12

Tomás João De Vilhena

13

 

 

2. Sobre a Época Especial: Dia 5 de Junho – 14h-17h

Uma prova escrita sobre toda a matéria leccionada e constante dos sumários.

Enviarei o enunciado antes das 14h, para, pelo menos, um dos seguintes:  Fénix, mail da turma, ou, se os tiver, para os endereços pessoais.

Indicações mais precisas serão enviadas com o enunciado

 

As respostas à prova escrita deverão chegar até às 17h e 15m para:

adrianaserrao@letras.ulisboa.pt

ou

adrianaserrao@fl.ul.pt

Os nomes dos alunos nestas condições deverão ser-me enviados pelos serviços. No entanto, agradeço que me informem, para que eu organize uma pauta.


Belo e Sublime: Duas experiências estéticas

5 Maio 2020, 14:00 Adriana Veríssimo Serrão

5 de Maio de 2020

(aula não presencial, sem contacto com os alunos, leccionada via Zoom)

 

16 alunos

 

1. Sobre os temas do ensaio.

 

2. Sobre a Época Especial: Dia 5 de Junho – 14h-17h

Uma prova escrita sobre toda a matéria leccionada e constante dos sumários.

Enviarei o enunciado antes das 14h, para o Fénix ou para o mail da turma, ou, se os tiver, para os endereços pessoais.

As respostas deverão chegar até às 17h e 15m para:

adrianaserrao@letras.ulisboa.pt

ou

adrianaserrao@fl.ul.pt

 

Da mensagem do director: “Caros colegas, caros estudantes,

Como sabem, entre 1 e 5 de Junho de 2020 realizam-se os exames da época final de avaliação final alternativa do segundo semestre. Todos os estudantes que nas pautas de avaliação do Fenix, a publicar até 20 de Maio, figurem como “Não Avaliado (NA)” ou com uma nota inferior a 10 valores podem inscrever-se. As inscrições são feitas como de costume no Fenix, entre 25 e 29 de Maio. Excepcionalmente não haverá este semestre limite para o número de exames que cada estudante pode fazer; e não serão cobrados emolumentos. Todos os exames serão não-presenciais. Terão de estar concluídos até às 23:59 do dia 5 de Junho. As classificações serão lançadas até 26 de Junho.

Para estes exames não existirá um formato obrigatório. O formato será decidido pelos docentes, e essa decisão, assim como o dia e hora do exame (ou a data limite para o entregar), serão registados no último sumário da unidade curricular. Caso o exame seja em tempo real, deverá ser marcado no horário atribuído à turma. Elaborámos um guia sobre formatos não-presenciais possíveis que está desde hoje online em https://bit.ly/GuiaExamesJunho2020 .

 Os estudantes com dificuldades em realizar o exame no formato decidido pelo professor devem comunicar-lhe essas dificuldades e consultar o Núcleo de Apoio ao Estudante em nape@letras.ulisboa.pt (caso tenham necessidades educativas especiais) ou a Divisão de Sistemas e Informática em dsi@letras.ulisboa.pt (caso tenham dificuldade em aceder a um computador ou à internet).”

 

 

 Esquema da aula

 

Preâmbulo:

Sublime: de categoria da retórica: elevação, emoção, empolgamento do discurso, persuasão das audiências (ex: Aristóteles; Pseudo Longino, Do Sublime) a categoria estética na Modernidade. O reflexo desta nova forma de ver e fruir é patente na modificação das categorias es­­té­ticas, encontrando‑se o seu eco primeiro na estética inglesa, depois na estética ale­mã. Na filosofia inglesa, Joseph Addison, "The Pleasures of the Imagination" (The Spectator, 1712) será o primeiro a utilizar o termo sublime para de­­­­signar o fascínio da montanha; A. Shaftesbury, (The Moralists), por sua vez, elogia a natureza irregular, im­­­­po­nen­te, e considera‑a preferível à regularidade. A Philosophical Enquiry into the Origin of Our Ideas of the Sublime and Beau­­­tiful (1757), de Edmund Burke, é o marco relevante ao conceder ao sentimento do sublime o primado sobre o do belo.

 

Kant, Crítica da Faculdade do Juízo, Analítica do Sublime. KU, §§ 23-29, incluindo a “Nota Geral sobre a exposição dos juízos estéticos reflexionantes”.

 

Em Kant, “das Erhabene”, mantém o sentido de elevação, de tensão vertical, desnivelada, mas é inteiramente desligado da afecção por causalidade e reconduzido à dinâmica das operações do ânimo e à inquirição transcendental (não psicológica nem empírica) com validade universal.

 

 – Belo e Sublime: Duas experiências estéticas: semelhanças (desinteressadas, repousam no exercício livre e sem conceitos da faculdade de julgar reflexionante; e diferenças do modo da relação (da co-presença entre sujeito e objecto) (§23). Entre forma (limite, a unidade de um múltiplo) e ausência de forma (ilimitação, totalidade…). O ponto de bifurcação da capacidade de reflectir-sentir emerge deste desajustamento entre o que é limitado, reconhecível e identificável, e o destituído de forma, in-forme (formlos), por excessivo e inapreensível.

Daqui, a diferença dos sentimentos: prazer (assente na harmonia, na finalidade, entre imaginação e entendimento) face a formas sensíveis; e “prazer negativo” (assente na desarmonia, na “contra-finalidade”, que implica a intervenção da razão); ao mesmo tempo, introduz-se a intensidade do elemento emocional (repulsão/atracção).

A dupla orientação da estética kantiana em belo e sublime assenta na diferença entre duas dinâmicas anímicas. Numa, a harmonia da imaginação e do entendimento acompanhada do sentimento de prazer persiste durante todo o tempo da contemplação, proporcionando o equilíbrio e a pacificação; na outra, o esforço da imaginação para apreender na unidade de uma intuição, a ilimitação e excessividade, esforço esse, que votado ao fracasso, produz um conflito entre atracção e repulsão pelo objecto, que coloca o sujeito na ins­ta­bilidade entre contracção e ex­pansão das suas forças vitais.

 

 – O sentimento do sublime ocorre exclusivamente frente à natureza. Suscitado por manifestações de grandeza ilimitada ou de potência desmedida da natureza selvagem, destituída "de encantos e de perigos" (KU, §26), a vivência do su­blime tem, por sua vez, início numa des­con­for­­midade entre as operações da sen­si­bi­lidade e o mundo fenoménico, que anula qualquer expectativa de prazer.

 

 – Duas modalidades do informe/excedência, símbolos do infinito, da ideia de infinitude. - o sublime da quantidade (matemático): grandeza (excessiva): o absolutamente- grande; §§25-27. - o sublime da força (dinâmico), potência, dinamismo: o absolutamente-potente. §§28-29.

 

 – A dinâmica das faculdades: o carácter misto e impuro

- a) o esforço e a derrota da (dos esquemas) imaginação: o sentimento de desprazer. Esforço esse, por fim fracassado como sentimento negativo: quer de ina­de­quação entre "o medir de olhos" (Augenmaß) do pequeno em face do imensamente grande; quer do medir de forças do impotente que ten­ta resistir a um poder maior. A experiência do sublime reousa, respectivamente, nos esquemas ma­te­máticos da avaliação da grandeza e nos es­que­mas dinâmicos.

 

- b) A razão intervém para preencher o vazio de es­que­mas com ideias e esclarecer o verdadeiro sen­­­tido do desprazer (Unlust). Seja na inadequação entre grandezas: Não se deve chamar sublime à grandeza, mas ao "que é ab­so­luta­men­­te grande"; seja na tensão entre força, podere resistência: não se deve chamar sublime à força a que ainda oferecemos resistência, mas à "força (Macht) que não tem po­der (Ge­walt) sobre nós" (§25, §28).

 

- c) A intervenção do pensamento do infinito. O infinito, que é para a razão teórica, uma ideia irrepresentável fenomenicamente, torna-se apresentável na natureza face a nós, como “infinito visível”, presença do supra-sensível no mundo sensível.

 

- d) O sentimento de superioridade sobre o que nos pode esmagar. O sentimento estético desperta o sentimento moral. Aqui, a estética abre a passagem ao incondicionado da razão prática, à inviolabilidade da consciência moral e ao domínio da liberdade.

 

- e) Sublime (estético) e antropologia: a dupla natureza, sensível (finita) e moral (infinita) do ser humano.

 

"o sublime da natureza é uma expressão imprópria e [...] só deve ser atri­buí­do com propriedade à maneira de pensar, ou melhor, ao seu fun­da­mento na natureza humana." §30

 

 

– Os infinitos kantianos: “O céu estrelado (acima e fora de mim) e a lei moral (em mim)”.

 

 

Leituras recomendadas

Hugo Assis, “O sublime de Kant. Um estarrecimento perante o inefável”, Philosophica 50.

Cristina Beckert, “A estética do invisível na natureza”, Philosophica 29 (2007).

Ana Anahory, “Leituras do Sublime: Derrida, Lyotard, Philosophica 19/20 (2002)

Raoul Marian, “A descoberta do númeno? Um paradoxo na Estética kantiana”, Philosophica 48.

 

 


Apresentação dos três primeiros momentos da Analítica do Belo.

28 Abril 2020, 14:00 Adriana Veríssimo Serrão

28 de Abril aula não presencial, sem contacto com os alunos, leccionada via Zoom)

 

Aula

Apresentação dos três primeiros momentos da Analítica do Belo.

1.Definição do sentimento do belo como única satisfação destituída de interesse. O desinteresse estético como acto de liberdade. Referência à secção IV da Introdução. O juízo estético não é determinante, mas reflexionante.

2.Da descrição fenomenológica de uma experiência humana à sua fundamentação transcendental: sentida a pos­teriori pressupõe uma síntese a priori; não se confinando à esfera privada, é acom­panhado do mo­vimento para o outro; desprovido de conceitos, fala da beleza como se se tra­tasse de uma propriedade das coisas. A universalidade subjectiva como condição de possibilidade de um singular-universal.

3.O princípio a priori do acordo (vivido) entre sujeito e objecto não pode depender da causalidade, mas assenta em um nexo de finalidade/ conformidade a fins, sem que, no entanto se possa determinar um fim subjectivo ou objectivo. A harmonia vivencialmente sentida traduz-se do ponto de vista transcendental numa “finalidade sem fim”.

 

Leitura recomendada.

Coloco no Gmail o livro Kant e o a priori, generosamente oferecido pelo professor Leonel Ribeiro dos Santos. O artigo recomendado é “…um problema que a natureza tanto enrolou…”, pp. 203 e ss.

 


“Kant. O sujeito estético e o sistema das faculdades do ânimo”.

21 Abril 2020, 14:00 Adriana Veríssimo Serrão

21 de Abril aula não presencial, sem contacto com os alunos, leccionada via Zoom)

 

1. Calendário da Avaliação

 

Caros Alunos

 

Ser-vos-ão já conhecidas as regras e datas estipuladas pela Faculdade. Mas recordo-as a partir da mensagem do director:

“O nosso calendário será então o seguinte: 8 de Maio: final do período lectivo S2. 20 de Maio: prazo para lançamento de notas, S2. 1 a 5 de Junho: época de avaliação final alternativa, S2.

 Em relação a todo este processo de conclusão do semestre, aplicam-se as seguintes regras e procedimentos:

Não haverá um formato único para as provas de avaliação a realizar; mas nenhuma naturalmente poderá ser presencial. Todas as decisões quanto ao formato e ao número de provas caberão aos docentes. 

Todos os docentes deverão avisar todos os seus alunos (se ainda não o fizeram) das provas de avaliação que realizarão nas suas UC até ao fim do semestre (8 de Maio), bem como do seu formato.

Todos os docentes receberão dos Serviços Académicos até 25 de Maio uma lista dos alunos que realizarão a avaliação final alternativa nas suas UCs.

Independentemente disso, todos os docentes deverão, depois de lançadas as notas (20 de Maio), comunicar aos alunos elegíveis para época de avaliação final alternativa o formato e os conteúdos sobre que incidirá a avaliação da sua UC, bem como as datas e prazos (entre 1 e 5 de Junho) para a sua realização.”

 

Assim sendo, para Estética, fica confirmado o que acordámos na 1.ª aula:

2. Um ensaio escrito sobre uma das questões discriminadas no programa, articulando com outro tópico livremente escolhido (extensão reguladora: 7/8 pp.)

Entrega até 15 de Maio até às 18 horas.

Enviem-me por E-mail duas versões, uma em Word, para que eu possa anotar, outra em PDF, como garantia. Deverão usar unicamente os endereços

adrianaserrao@letras.ulisboa.pt

adrianaserrao@fl.ul.pt

 

-- Sobre a avaliação final alternativa (entre 1 e 5 de Junho), aguardo nova mensagem do director. Será uma prova escrita que incidirá sobre toda a matéria das aulas do semestre constante dos sumários.

  

2. Aula

Apresentação sumária dos pontos “Rousseau. Sentimento De Si E Estado De Natureza” e “ A emancipação do pensamento sensível”.

Início do estudo do pensamento estético de Kant, tendo por base “Kant. O sujeito estético e o sistema das faculdades do ânimo”.

Peço-vos que leiam da terceira Crítica, de 1790: Kritik der Urteilskraft / Crítica da Faculdade do Juízo, o 1.º momento da Analítica do Belo (§§1-5).

 

3. Prémio

Como estímulo para muito bons trabalhos, peço que vos considereis candidatos ao Prémio Prof. Doutor Joaquim Cerqueira Gonçalves Para Alunos Do 1.º Ciclo/ Cursos De Licenciatura. Edição de 2020, cuja última versão do Regulamento pode ser encontrada no nº 53, em:

http://revistaphilosophica.weebly.com

http://cful.letras.ulisboa.pt/wp-content/uploads/2018/04/capa_contracapa.png

 


O pensamento estético da Modernidade tardia

14 Abril 2020, 14:00 Adriana Veríssimo Serrão

 

14 de Abril (aula não presencial, sem contacto com os alunos, leccionada via Zoom)

 

Foram apresentadas as grandes linhas que estruturam o pensamento estético da Modernidade tardia, com incidência na 2.ª metade do século XVIII.

A crítica à objectividade da beleza e a subjectivação do estético.

A crítica à hegemonia da racionalidade intelectual e lógico-matemática.

A separação entre o modo científico do conhecimento (ciências físico-matemáticas) e o modo estético (sensível e sentimental) de relação directa com “as coisas” do mundo.

Uma nova antropologia ou uma nova imagem do Homem: a valorização das sensações, do sentimento, da imaginação e do juízo de gosto.

 

Foram analisados os pontos 1. e 2. Do texto “Os Sentimentos Estéticos E A Natureza Humana. A Viragem Subjectivista Da Estética”: 1. Sentimento Individual E Norma Do Gosto Em David Hume. 2. Sublime E Antropologia Do Medo Em Edmund Burke.

 

Na próxima aula, prevejo apresentar em síntese o ponto 3. Rousseau. Sentimento De Si E Estado De Natureza.

E o ponto 1. do texto “A Estética Como Antropologia Transcendental”, 1. Baumgarten. A emancipação do pensamento sensível.

Ficará assim preparado o estudo aprofundado de Kant (cf. Kant. O sujeito estético e o sistema das faculdades do ânimo. (já enviado para o Gmail).

 

A obra fundamental de Kant é a terceira Crítica, de 1790: Kritik der Urteilskraft / Crítica da Faculdade do Juízo.

Encontrarão diversas traduções, creio que também a portuguesa de Marques/Rohden, da Imprensa-Nacional. As partes que analisaremos são: Da Parte I. Livro I. Analítica do Belo e Livro II. Analítica do Sublime.