Sumários

A questão estética na Modernidade.

7 Abril 2020, 14:00 Adriana Veríssimo Serrão

7 de Abril (aula não presencial, sem contacto com os alunos)

 

Caros Alunos

I. Informações

 Considerando o calendário definido pelo director (ver página da FLUL), teremos aulas até 8 de Maio. Assim sendo, não há razões para não cumprir a avaliação acordada na 1ª aula.

 

1. Uma prova escrita, a realizar na última aula de Março (24 de Março).

2. Um ensaio escrito de extensão não superior a 5 pp. sobre uma das questões discriminadas no programa, articulando com outro tópico livremente escolhido. Entrega no último dia de aulas. Aqui, creio que a extensão do ensaio pode ser aumentada até 7/8 pp. E talvez também o prazo possa ser um pouco alargado, dependendo de haver ou não a entrevista final.

3. Uma prova oral sobre 1. e 2. e os tópicos e as leituras obrigatórias do programa. Persistem dúvidas sobre a viabilidade (e justiça) da entrevista final. Este ponto fica em aberto.

 

Graças aos bons ofícios do nosso colega João Baptista, a quem agradeço em nome de todos, poderemos ter aulas por videoconferência.

14 de Abril, 21 e 28 e 5 de Maio

 

Adriana Veríssimo Serrão está convidando você para uma reunião Zoom agendada.

 

Tópico: Estética TP1

Hora: 14 abr 2020 02:00 PM Lisboa

    Toda Semana Ter, até 5 mai 2020, 4 evento(s)

    14 abr 2020 02:00 PM

    21 abr 2020 02:00 PM

    28 abr 2020 02:00 PM

    5 mai 2020 02:00 PM

Faça o download e importe os seguintes arquivos iCalendar (.ics) para o seu sistema de calendário.

Semanalmente: https://videoconf-colibri.zoom.us/meeting/tJ0uc-qqrTMqPsR3mm06XCV6UwzVfUkdmg/ics?icsToken=98tyKuChrT8pGNedsF39ArMqW538bM_Mk0FdmPBQkU-zOwNlNDbhLNREB7l7Hd-B

 

Entrar na reunião Zoom

https://videoconf-colibri.zoom.us/j/993432380

 

ID da reunião: 993 432 380

 

Dispositivo móvel de um toque

+351211202618,,993432380# Portugal

+351265120012,,993432380# Portugal

 

Discar pelo seu local

    +351 211 202 618 Portugal

    +351 265 120 012 Portugal

    +351 308 804 188 Portugal

    +351 308 810 988 Portugal

ID da reunião: 993 432 380

Localizar seu número local: https://videoconf-colibri.zoom.us/u/aXW1U9g9U

___________________________

II. Aulas

 

Para a aula de 14 de Abril, agradeço que vão lendo e tenham convosco:

O doc: “Os Sentimentos Estéticos E A Natureza Humana. A Viragem Subjectivista Da Estética”.

 

E o novo doc. “A Estética Como Antropologia Transcendental”, Com 2 pontos: 1. Baumgarten. A emancipação do pensamento sensível 2. Kant. O sujeito estético e o sistema das faculdades do ânimo. (já enviado para o Gmail).

 

Como complemento para o pensamento estético de Kant:

-- O meu “Sentimento da Natureza e Imagem do Homem: Kant – Feuerbach – Simmel", Philosophica, 30 (2007), 203‑224. http://hdl.handle.net/10451/11827

-- O Professor Leonel Ribeiro dos Santos disponibilizou para a nossa turma o texto/antologia “Crítica e Estética em Kant: a Crítica como estética, a Estética como crítica”, que vai para o Gmail como “LRS 15 de Marco- Estética&Crítica”.

 

Para as pausas, recomendo os filmes de Roberto Rossellini: Sócrates, Santo Agostinho, Descartes, Pascal.

 

Votos de Boas Férias

 

 


Os Sentimentos Estéticos E A Natureza Humana. A Viragem Subjectivista Da Estética.

31 Março 2020, 14:00 Adriana Veríssimo Serrão

31 Março (aula não presencial, sem contacto com os alunos)

Caros Alunos

1. Os meus votos de que se encontrem todos bem.

Felicito-me que um grande número de alunos tenha realizado o teste. Estou a corrigir todos 70), mesmo os que chegaram com atraso. É um processo lento, mais moroso do que ler em papel. Será enviado a cada um respeitando a ordem de chegada.

Os alunos que tiveram negativa podem refazê-lo até ao fim das mini-férias.

Até às férias continuamos com este modo de contacto. Se alguns solicitaram aulas on line, outros, pelo contrário, informaram-me de que estão em regiões sem rede ou com muitas dificuldades em aceder. Qualquer das vias tem vantagens e desvantagens.

Estou confiante em que viremos ainda a ter aulas presenciais. Não obstante, tentarei a videoconferência logo a seguir às férias.

 

2. O colega João Pedro Baptista, a quem agradeço em nome da turma, criou uma conta de correio electrónico para a turma de Estética TP1.

O endereço é EsteticaTP1@gmail.com

 A palavra-chave para acesso é mimesis2020

 Usarei esta conta só para depósitos de documentos mais longos, não para troca de mensagens.

 

3. Para as duas aulas que antecedem as mini-férias, proponho uma introdução à questão estética tal como foi colocada na Modernidade.

-- O traço mais distintivo é o da subjectivação da beleza, correlativa da descoberta do Eu como sujeito do conhecimento, da acção e também da apreciação. A associação do estético ao sentimento subjectiviza a experiência e coloca‑a do lado do contemplador ou espectador.

-- A formação da categoria de gosto (primeiro nas obras de arte: o "bom gosto" do conhecedor, do crítico, do académico…), depois como sentimento em relação à natureza e ao mundo em geral, ampliada como uma faculdade de que todos os homens são dotados. Embora o sentimento seja subjectivo, tal não significa que seja exclusivamente individual. Há princípios gerais do gosto (aprovação e de cen­sura), que podem ser partilhados e discutidos.

-- A visão da realidade como sendo composta de propriedades objectivas (primárias) e qualidades subjectivas (secundárias: sensações; entre estas, a beleza): o ser humano "põe" na realidade uma qualidade que não está lá.

Nas teorizações da atitude estética da Modernidade como resposta afectiva perante o mundo na­tu­ral, são de relevar diversos aspectos decisivos para a estética do século XVIII:

- a separação do sentimento da esfera da razão matemática e geométrica. O sentimento emerge como fonte própria de apreciação di­rec­ta, ao mes­mo tempo que a esfera do gosto se distancia do domínio do estrito co­­nhecimento.

‑ a experiência ou sentimento da natureza bifurca‑se em duas formas ou atitudes psi­cológicas funda­mentais – o belo e o sublime. A antropologia acolhe as faculdades estéticas como constitutivas do ser humano.

‑ o intelecto, incapaz de se emo­cio­nar, seja com a obra de arte, seja com o espectáculo da natureza em bruto cede o primado à imaginação, do­ravante eleita como faculdade por ex­ce­lência da es­te­­ti­ci­dade. A ima­gi­nação é associada ao gosto do irregular, como ressalta da disputa entre Jardim francês e Jardim inglês.

 

4. Coloquei no Gmail um doc: Os Sentimentos Estéticos E A Natureza Humana. A Viragem Subjectivista Da Estética.

Com 3 pontos, que tratam de outras tantas doutrinas marcantes do século XVII: 1. Sentimento Individual E Norma Do Gosto Em David Hume. 2. Sublime E Antropologia Do Medo Em Edmund Burke. 3. Rousseau. Sentimento De Si E Estado De Natureza.

Tendo por base um capítulo que preparei para um concurso, creio que está bastante claro. Deixei ficar as bibliografias, que são demasiado extensas, mas que poderão ser-vos-úteis.

 

 

 

 


Continuação do estudo da Poética

24 Março 2020, 14:00 Adriana Veríssimo Serrão

24 Março 10h-12h (aula não presencial, sem contacto com os alunos)

Caros Alunos

Os meus votos de que se encontrem todos bem, protegidos e com ocupações, e com a prudência necessária para preparar o retomar da normalidade que se deseja regresse em breve.

Na impossibilidade de responder a cada um, envio a seguinte sugestão, de que ninguém (nem eu nem nenhum de vós) se lembrou. Seria bom que organizassem entre vós grupos para partilha de materiais e de informações, mas uma ideia melhor seria criar um mail de turma (como muitas turmas fazem). Basta que alguém tome a iniciativa. Assim, já poderia anexar ficheiros, o que neste momento me é impossível por razões de isolamento e limitações tecnológicas.

 

 

Continuação do estudo da Poética

 

Tópicos da Aula

Mimèsis: a imitação como fonte de conhecimento e aperfeiçoamento do natural (Física II, 8)

Causas naturais da imitação (cap.4).

 

Analogia entre a obra e o ser vivo: tal como no mundo natural, a arte (technè) segue um processo (energeia) que deve tender para o seu fim (telos) como realização completa (enteléqueia).

Compreensão da mimèsis em termos de processo diacrónico; do movimento (metabolè) que produz a obra como um ente singular determinado (ousia). A Poética liga-se à visão da natureza trata na Física.

 

Critérios formais / intrínsecos/ da obra: a adequação entre forma e fim

Equivalência entre beleza e perfeição, ou a concepção objectivista da beleza: a per-feição como acabamento de um processo.

7, 1450b34: completude, totalidade e extensão

7, 1451a 10: “quanto à extensão, o mais comprido é o mais belo”

13, 1453a 21: “a mais bela tragédia do ponto de vista da arte”

15, 1454b 9: “ao fornecerem a forma própria, pintam retratos semelhantes, mas em mais belo”.

 

Primado do critério do objecto

a) primado do objecto (enredo (mythos), os caracteres (ethos, pl. ethè) e o pensamento (dianoia) sobre os meios (expressão, ou elocução (lexis) / música, ou canto (melopoia) e sobre o modo (o espectáculo).

b) primado do enredo – homens em acção - sobre os caracteres e o pensamento (Cap.6).

1450a 15: a tragédia é representação, não de homens, mas de acções

O enredo não é o real dado, mas é constituído pela actividade poiética segundo uma correcta estruturação dos factos (sustasis).

Transposição da realidade em obra:

1451b 27: “não deixa de ser poeta por contar factos reais”

1451b 22: “não é preciso seguir exclusivamente as histórias tradicionais”

 

Tragédia e teoria das causas

A Poética liga-se à Metafísica.

A obra é um composto (sunolon) de matéria e forma

Causa material: o objecto (enredo, caracteres e pensamento;

-- causa formal: perfeição intrínseca/ regras da technè poética (para cada género)

-- causa eficiente: technè poética + o talento do poeta

 -- final: prazer próprio da catarse (ouvinte/ espectador/ leitor)

 

O fim da tragédia é a provocação da catarse como “prazer próprio” da obra trágica.

Cap. 13-14: o efeito trágico, as paixões ou emoções (pathos, pl. pathè) de temor (phobos) e compaixão (eleos).

a lógica própria da tragédia: - função intelectual e ética: - do prazer do reconhecimento à catarse como elevação (purificação/libertação/ sublimação)

 

Poética, Pedagogia e Ética

Cap. 4: prazer de aprender/ prazer de reconhecimento

Cap.25: ser, parecer, dever ser

1460 b 23: Sófocles (como devem ser), Eurípides (como são)

Função educativa da catarse

 

Poética e Linguagem

 --Teoria da metáfora (cap. 21-22): “bem metaforizar é ver (theorein) o semelhante” (1459a 4-8)

1. - do género à espécie: o meu barco parou / o meu barco está ancorado

2. - da espécie ao género: Ulisses realizou dez mil façanhas / Ulisses realizou um grande número

3. da espécie à espécie dentro de um género comum: (tirar):

Arrancando a vida com a brônzea espada

Cortando com o bronze indestrutível

4.- por analogia

- quando falta o termo

- por negação ou privativa

 

Por isso, a “poesia é mais universal do que a história”: uma obra singular que expõe um universal.

 

 Leituras complementares:

- O estudo mais esclarecedor é o de Paul Ricœur, La métaphore vive. Paris, Seuil, 1975; trad.port. A metáfora viva (1º estudo sobre Aristóteles). É possível que se encontre on-line.

- Também de Stephen Halliwell, diversos estudos sobre a Poética (existem na Biblioteca FLUL, mas é possível que se encontrem on-line).

- Importante para o tema da catarse: António Freire, A catarse em Aristóteles, Braga: Publicações da Faculdade de Filosofia, 1982.

 

- Uma interpretação/ ficção sobre o desaparecido ou inexistente tratado de Aristóteles sobre a comédia é o romance filosófico-policial de Umberto Eco, O Nome da Rosa.

 

- Embora a Poética não estabeleça “regras”, muitas interpretações posteriores reduziram-na a um conjunto de preceitos para a obra teatral.

Sobre a regra das “três unidades”: aconselho o filme de Hitchcock, The Rope

https://www.youtube.com/watch?v=93Gpm6kLZLk


17 Março (aula não presencial, sem contacto com os alunos)

17 Março 2020, 14:00 Adriana Veríssimo Serrão

17 Março (aula não presencial, sem contacto com os alunos)

Caros Alunos

Desejando que se encontrem todos bem e que continuem a estudar normalmente, mantendo um clima de tranquilidade e de boas rotinas, entre as quais o trabalho será uma ajuda preciosa, envio indicações sobre o teste marcado para o dia 24 de Março, que realizarão em casa.

Procurem reproduzir o ambiente normal, isto é, 1. Ler bem as perguntas e preparar as respostas; 2. Dedicar 3 horas seguidas para realizar esta tarefa.

Até 25 de Março, enviem-me por E-mail duas versões, uma em Word, para que eu possa anotar, outra em PDF.

 

adrianaserrao@letras.ulisboa.pt

adrianaserrao@fl.ul.pt

Recordo que esta prova é obrigatória e não substituível, salvo casos excepcionais por indicação médica. (Cf. a mensagem do director da FLUL já enviada).

Por enquanto, o Fénix será a nossa via de contacto.

 

ESTÉTICA – 2019-2020

 

Docente: Adriana Veríssimo Serrão

24 de Março de 2020.

Esta prova incide sobre a matéria leccionada e será realizada com consulta dos textos obrigatórios.

Deverá localizar todas as referências textuais e bibliográficas.

Serão desclassificadas as respostas que não incidam directamente nas questões.

As respostas serão avaliadas em função: a) do nível de conhecimento da matéria; b) da adequação às questões formuladas; c) da com­preen­são e rigor da exposição; d) clareza e correcção da expressão escrita; e) da maturidade de pensamento e espírito crítico.

 

I. a. Escolha um dos temas propostos.

- Pode a Beleza ser imitada?

- Qual a justificação para a “expulsão” dos poetas?

- É a pintura uma technè?

- O estatuto da imagem em O Sofista.

 

b. Seleccione duas passagens dos textos de Platão relevantes para a elucidação do tema e transcreva-as.

c. Justifique a sua escolha.

d. Elabore um comentário detalhado dessas passagens.

 

II. O Banquete apresenta dois retratos de Sócrates, ambos em estrita correlação com a figura de eros. Compare as diferentes descrições do amor no auto-retrato de Sócrates e na des­crição de Sócrates por Alcibíades, mostrando as implicações mais pertinentes para a con­cepção platónica da beleza.

 


Not Taught.

17 Março 2020, 14:00 Adriana Veríssimo Serrão

17 Março (aula não presencial, sem contacto com os alunos)

Caros Alunos

Desejando que se encontrem todos bem e que continuem a estudar normalmente, mantendo um clima de tranquilidade e de boas rotinas, entre as quais o trabalho será uma ajuda preciosa, envio indicações sobre o teste marcado para o dia 24 de Março, que realizarão em casa.

Procurem reproduzir o ambiente normal, isto é, 1. Ler bem as perguntas e preparar as respostas; 2. Dedicar 3 horas seguidas para realizar esta tarefa.

Até 25 de Março, enviem-me por E-mail duas versões, uma em Word, para que eu possa anotar, outra em PDF.

 

adrianaserrao@letras.ulisboa.pt

adrianaserrao@fl.ul.pt

Recordo que esta prova é obrigatória e não substituível, salvo casos excepcionais por indicação médica. (Cf. a mensagem do director da FLUL já enviada).

Por enquanto, o Fénix será a nossa via de contacto.

 

ESTÉTICA – 2019-2020

 

Docente: Adriana Veríssimo Serrão

24 de Março de 2020.

Esta prova incide sobre a matéria leccionada e será realizada com consulta dos textos obrigatórios.

Deverá localizar todas as referências textuais e bibliográficas.

Serão desclassificadas as respostas que não incidam directamente nas questões.

As respostas serão avaliadas em função: a) do nível de conhecimento da matéria; b) da adequação às questões formuladas; c) da com­preen­são e rigor da exposição; d) clareza e correcção da expressão escrita; e) da maturidade de pensamento e espírito crítico.

 

I. a. Escolha um dos temas propostos.

- Pode a Beleza ser imitada?

- Qual a justificação para a “expulsão” dos poetas?

- É a pintura uma technè?

- O estatuto da imagem em O Sofista.

 

b. Seleccione duas passagens dos textos de Platão relevantes para a elucidação do tema e transcreva-as.

c. Justifique a sua escolha.

d. Elabore um comentário detalhado dessas passagens.

 

II. O Banquete apresenta dois retratos de Sócrates, ambos em estrita correlação com a figura de eros. Compare as diferentes descrições do amor no auto-retrato de Sócrates e na des­crição de Sócrates por Alcibíades, mostrando as implicações mais pertinentes para a con­cepção platónica da beleza.