Sumários

As imagens do 'salvacionismo' e do mercantilismo português

24 Setembro 2019, 10:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

Leitura e análise (continuação) de certos excertos da "Carta de Pero Vaz de Caminha": o equilíbrio entre a descrição e a ‘ficcionalização’ das novas terras. O discurso informativo e o discurso literário: a construção cultural das novas terras e dos povos indígenas.

O conhecimento exógeno do indígena. A construção da alteridade radical na "Carta de Pero Vaz de Caminha".

Os traços comuns observados nas populações e nas culturas indígenas.

A diversidade das culturas indígenas da América analisada por Lévi-Strauss.

Bibliografia:

BENASSAR, Bartolomé e MARIN, Richard (2000): História do Brasil (Lisboa: Teorema).

LÉVI-STRAUSS, Claude (1976): O pensamento selvagem (São Paulo: Editora Nacional [2ª ed.]).

______________________ (1993): Tristes Trópicos (Lisboa: Editora 70).

VENTURA, Margarida Garcez (1999): "…E como Pero Vaz de Caminha descreve a Terra de Vera Cruz" in CAMINHA, Pero Vaz: A carta de Pero Vaz de Caminha (Ericeira: Mar de Letras).


O 'início' da História do Brasil

20 Setembro 2019, 10:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

Leitura e comentário de certos excertos da "Carta de Pero Vaz de Caminha": o equilíbrio entre a descrição e a ‘ficcionalização’ das novas terras.

O tópico da nudez adâmica e a metáfora da nudez civilizacional.

O tema tradicional do horto das delícias na Europa de Leonardo da Vinci: o encontro com a "própria natureza" (Eduardo Lourenço) e a génese do tópico do 'continente-natureza'.

O exotismo da perspetiva portuguesa e da perspetiva indígena. O questionamento do ‘encontro de culturas’ e da ideia da ‘descoberta’ do Brasil.

Bibliografia: 

AZEVEDO, Ana Maria (2002): "As raízes do Brasil. Desta vossa ilha de Vera Cruz… é já outro Portugal!" in AA.VV.: Brasil: 500 anos depois (A Coruña: Universidade de Santiago de Compostela/Deputación Provincial): 239-254.

BENASSAR, Bartolomé e MARIN, Richard (2000): História do Brasil (Lisboa: Teorema).

VENTURA, Margarida Garcez (1999): "…E como Pero Vaz de Caminha descreve a Terra de Vera Cruz" in CAMINHA, Pero Vaz: A carta de Pero Vaz de Caminha (Ericeira: Mar de Letras).


Apresentação do programa

17 Setembro 2019, 10:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

Início do curso. Apresentação do programa a lecionar e do processo de avaliação.

Programa:

Esta unidade curricular pretende apresentar uma visão de conjunto da formação cultural do povo
brasileiro. A partir das novas perspetivas para o estudo da questão cultural, procura-se repensar
criticamente o exame da Cultura Brasileira e aperfeiçoar as capacidades de interpretação e análise
dos alunos.
O estudo da formação cultural brasileira parte de uma perspetiva interdisciplinar, incluindo uma
ampla variedade de abordagens, da história cultural à sociologia, da antropologia à análise literária
ou artística.
Os principais eixos do programa são: o etnocentrismo e o relativismo cultural; a emergência do
conceito de Cultura Brasileira; o dinamismo e a cultura; as relações entre cultura erudita e popular.
Deste modo, para obter uma visão panorâmica destas questões e indagar as particularidades,
continuidades e ruturas, analisaremos três momentos matriciais na formação cultural: a história
precolonial e a ‘Descoberta’ do Brasil; o período colonial e a miscigenação cultural; o Romantismo e a
'invenção' do Brasil.

 Avaliação

Esta unidade curricular parte de uma perspetiva interdisciplinar e utiliza uma metodologia
eclética. Segue-se um modelo mais dialógico que expositivo, privilegiando-se, por isso, a
participação oral informada. Os estudantes são estimulados a fazerem a sua própria pesquisa a
propósito dos diferentes tópicos estudados, colocando em aula os seus resultados.
No início do semestre será fornecida aos alunos uma antologia de textos críticos destinada a
ilustrar e problematizar as questões teóricas estudadas.
Segundo os critérios indicados no Regulamento Geral de Avaliação, aplica-se o regime de
avaliação contínua. Dentro destas coordenadas, a organização das aulas é teórico-prática. A
avaliação será realizada a partir de quatro elementos obrigatórios: assiduidade e participação
(10%), um trabalho individual e escrito (20%), uma primeira prova escrita e presencial (30%) e
uma prova final, escrita e presencial (40%).

 

O tema do trabalho individual e escrito (6 páginas, Times New Roman, espaçamento 1,5) deve ser acordado entre o aluno e a professora durante o primeiro mês de aulas. Data de entrega do trabalho: 17 de dezembro. Datas da apresentação oral dos trabalhos na sala de aula: 17 e 20 de dezembro.

 

A primeira prova escrita e presencial foi marcada para o dia 8 de novembro de 2019 e a prova final, escrita e presencial para o dia 13 de dezembro de 2019.

 

Bibliografia:

AA.VV. (2002): Brasil 500 anos depois (A Coruña: Universidade de Santiago de Compostela).

ANDERSON, Benedict (2012): Comunidades imaginadas: reflexões sobre a origem e a expansão do nacionalismo (Lisboa: Ed. 70).

BENASSAR, Bartolomé e MARIN, Richard (2000): História do Brasil (Lisboa: Teorema).

DONATO, Hernani (2000): Brasil 5 séculos (São Paulo: Academia Lusíada de Ciências, Letras e Artes).

HALL, Stuart (2003): Da diáspora: identidades e meditações culturais (Belo Horizonte: UFMG).

HOLANDA, Sérgio Buarque de (2000): Raízes do Brasil (Lisboa: Gradiva).

MOTA, Carlos Guilherme (org.) (2000): Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000) (São Paulo: Editora SENAC).

RIBEIRO, Darcy (2003): O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil (São Paulo: Companhia das Letras).

ROCHA, João C. de Castro (2004): O exílio do homem cordial (Rio de Janeiro: Museu da República).

SCLIAR, Moacyr (2003): Saturno nos Trópicos – A melancolia européia chega ao Brasil (São Paulo: Companhia das Letras).

 

Será fornecida (na Plataforma Moodle) aos alunos uma pequena antologia de textos críticos e literários destinada a ilustrar e problematizar as questões teóricas e as obras e textos estudados.

 

Acompanhamento e atendimento dos alunos: Acompanhamento por e-mail. Sessões de atendimento/acompanhamento em horário fixo – todas as terças-feiras e sextas-feiras das 12 às 13h (sujeita a marcação prévia) – ou marcadas individualmente com os alunos.

Observações:

Os estudantes-trabalhadores e quaisquer outros que, por uma razão justificada e devidamente documentada, não possam assistir regularmente às aulas deverão contactar a professora durante a primeira ou a segunda semana de aulas para planificação conjunta das actividades a desenvolver e do acompanhamento necessário.

O número de alunos inscritos pode levar a pequenas modificações do programa.