Sumários

O simbolismo urbanístico do Brasil colonial

29 Outubro 2019, 10:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

Os signos do fausto, da opulência e da coerção social do Barroco mineiro.
A 'tortuosidade' do urbanismo barroco de Minas Gerais.
A invenção de uma identidade estética nacional: a adopção de um aspeto estético (a 'depuração' do Barroco mineiro) como traço saliente da identidade local (Paolo D'Angelo).
A transmutação do antigo 'controle social pelo Barroco' em 'frenesi social pelo Barroco' (Costa e Suzuki).

Bibliografia:
Costa, E. B. e Suzuki, J. C. (2012): "A ideologia espacial constitutiva do estado nacional brasileiro". Scripta Nova V(XVI), pp. 1-14.
D'Angelo, P. (2011): Os limites das actuais teorias da paisagem. In A. Serrão (Ed.): Filosofia da paisagem. Uma antologia (Lisboa: Centro de Filosofia), pp. 419-439.


O urbanismo barroco brasileiro

25 Outubro 2019, 10:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

A depuração e o traçado contido da arquitectura e da arte barroca mineira. A graciosidade da linha curva e a integração do elemento decorativo no plano arquitectónico. O teatro em pedra-sabão e madeira policromada do sacro-monte do santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo. As imagens dos Passos da Paixão e dos doze Profetas do Aleijadinho. O caráter expressionista, humano e sensual das talhas do Aleijadinho. A modernidade das assimetrias na obra do escultor mineiro.
A dimensão grandiosa do santuário e a integração teatral das esculturas na construção religiosa. Análise dos discursos de poder subjacentes. A conceção barroca da arte como espetáculo. A produção de uma Arte-paisagem comprometida com a persuasão. A funcionalidade estratégica do Barroco na América Latina.

Bibliografia:

BOSI, A. (1986). Cultura como tradição. In G. Bornheim (Ed.), Tradição Contradição (pp. 121-139). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.    

BRENNA, G. R. (1982). Medieval ou Barroco? Proposta de leitura do espaço urbano colonial. Revista Barroco, n(12), 141-146.


As especificidades do Barroco mineiro

22 Outubro 2019, 10:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

Leitura e análise do último excerto da obra Aspectos das artes plásticas no Brasil, de Mário de Andrade.

A identidade estética e a adopção de um aspecto estético como traço da identidade local ou nacional.
As especificidades do Barroco mineiro. O sincretismo e a miscigenação. A adaptação da arte barroca à devoção popular e ao médium artístico do período.

Bibliografia:

ANDRADE, Mário de (1975): Aspectos das artes plásticas no Brasil (Brasília: Martins/INL [2ª ed.]).

BAYÓN, D. (1982). Reflexiones para la comprensión del fenómeno barroco. Revista Barroco, n(12), 32-38.

MARAVALL, J. (2009). A cultura do barroco. São Paulo: Editora da USP.


O urbanismo barroco no Brasil e a memória estética nacional

18 Outubro 2019, 10:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

A conceção das cidades coloniais brasileiras como "espontâneas" e "produtos do desleixo", presente na obra Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Hollanda. A negação dessa visão nos estudos sobre o urbanismo contemporâneo: a identificação do Barroco brasileiro como elemento de uma memória estética nacional.
Leitura e análise de alguns excertos da obra Aspectos das artes plásticas no Brasil, de Mário de Andrade. Minas Gerais: o locus onde se desenvolveu o estilo artístico colonial mais relevante. As caraterísticas do Barroco mineiro, de acordo com a análise de Mário de Andrade.
Bibliografia:
ANDRADE, Mário de (1975): Aspectos das artes plásticas no Brasil (Brasília: Martins/INL [2ª ed.]).

BOSI, A. (1986). Cultura como tradição. In G. Bornheim (Ed.), Tradição Contradição (pp. 121-139). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.    

BRENNA, G. R. (1982). Medieval ou Barroco? Proposta de leitura do espaço urbano colonial. Revista Barroco, n(12), 141-146.


A sociedade de raízes rurais do Brasil colonial

15 Outubro 2019, 10:00 ALVA MARTINEZ TEIXEIRO

 A importância das fazendas e da autoridade do senhor, do "pater familias", de acordo com Sérgio Buarque de Hollanda: uma sociedade de coloração particularista e aristocrática.

Outras consequências da 'secundarização' das possessões portuguesas na América: a primazia da vida rural em comparação com a criação das primeiras cidades abstratas a fim de assegurar o predomínio militar, económico e político. O temor perante potenciais ideias 'subversivas': a ausência de universidades, de imprensa e de outros instrumentos de cultura no Brasil colonial até à chegada do príncipe regente e as consequências indiretas posteriores, como, por exemplo, o desenvolvimento tardio do sentimento identitário tardio no Brasil.

FREIRE, Felisberto (2000): Os portugueses no Brasil (Aracajú: Editora da UFS).

MOTA, Carlos Guilherme (org.) (2000): Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). A grande transação (São Paulo: Editora SENAC).