Sumários
Seminário História e Filosofia das Ciências
6 Novembro 2025, 11:00 • António José Teiga Zilhão
Conferência: Fronteiras da Consciência
IV. O Problema da Indução - 1
3 Novembro 2025, 11:00 • António José Teiga Zilhão
1. O Problema da Indução
1.1. Apresentação e análise do argumento original, tal como exposto por David Hume.
1.1.1. Métodos de determinar a verdade de proposições acerca de matérias de facto: a observação e a inferência.
1.1.2.
O problema da determinação inferencial da verdade de proposições acerca
de matérias de facto não observadas a partir de proposições verdadeiras
acerca de matérias de facto observadas: estas últimas nem legitimam o
estabelecimento da verdade das premissas maiores necessárias ou à
produção de argumentos dedutivos válidos (por Modus Ponens ou silogismo
BARBARA) ou à produção de silogismos estatísticos válidos que contenham
as conclusões desejadas, nem podem respeitar as condições que
determinariam a validade de uma qualquer generalização estatística
(nomeadamente, o respeito pela condição da selecção ao acaso da
amostra).
1.1.3. O Princípio da Uniformidade da Natureza (PUN). i) a caracterização do mesmo por Hume; ii) como Hume mostra, a inclusão do PUN como premissa extra numa inferência indutiva permitiria validá-la logicamente.
1.1.4. O problema de como justificar a verdade do PUN: não sendo o PUN uma verdade conceptual nem objecto de observação, a verdade do PUN só pode ser justificada inferencialmente.
1.1.5. Mas qualquer procedimento imaginável para justificar inferencialmente a verdade do PUN é necessariamente circular, uma vez que não pode prescindir de fazer apelo ao tipo de inferência indutiva que o PUN pretende fundamentar.
1.1.6.
As Conclusões de Hume: i) as inferências indutivas não podem ser
justificadas racionalmente; ii) mas não podemos prescindir delas, dada a
sua manifesta utilidade; iii) são os nossos hábitos e costumes naturais que constituem a validação última das inferências indutivas, e não uma qualquer justificação racional das mesmas.
III. Explicação - 4
30 Outubro 2025, 11:00 • António José Teiga Zilhão
4. Críticas ao modelo Hempeliano de explicação científica (cont.)
4.2. As críticas que alegam desnecessidade.
4.2.1. A crítica de que existiriam inúmeras explicações satisfatórias que não fariam apelo a quaisquer leis.
4.2.2. a crítica de que existiriam explicações E.-I. válidas nas quais a probabilidade indutiva de a conclusão ser verdadeira, dadas as premissas, seria baixa (i.e., inferior a 0,5).
4.3. Respostas de Hempel às críticas.
4.3.1. Resposta de Hempel às críticas da desnecessidade mencionadas em 4.2.1: o que distingue uma narrativa sequencial explicativa de uma narrativa sequencial não explicativa é o facto de a primeira, ao contrário da segunda, remeter para regularidades subjacentes conhecidas; nestes casos, não estando expressa, uma lei (ou esquema nómico) está implícita.
4.3.2. Resposta de Hempel às críticas da desnecessidade mencionadas em 4.2.2.: os argumentos E.-I. com as características apontadas são um reflexo da nossa ignorância; trata-se de explicações incompletas e não de explicações que remeteriam para um conceito de explicação distinto do conceito definido no modelo das leis de cobertura.
5. Alguns problemas suscitados pelas respostas de Hempel
5.1. Como determinar qual é a explicação completa veiculada por uma explicação incompleta? Onde parar na cadeia explicativa?
5.2. Se o objectivo de uma explicação é providenciar compreensão, como é possível considerar explicativa uma explicação completa, supostamente subjacente a uma explicação incompleta dada, que se encontre formulada em termos que são epistemicamente inacessíveis àquele que forneceu a explicação incompleta?
III. Explicação - 3
27 Outubro 2025, 11:00 • António José Teiga Zilhão
3. O conceito de explicação por lei de cobertura como um modelo analítico
3.1. Elucidação da natureza do conceito de explicação subjacente ao modelo das leis de cobertura
3.1.1. O carácter constitutivo (no sentido kantiano do termo) que Hempel atribui à sua análise do conceito de explicação.
3.1.2. Analogia com o conceito de demonstração, tal como ele é entendido em Metamatemática ou Teoria da Demonstração.
3.1.3. Carácter normativo, não descritivo e não prescritivo destes conceitos.
3.1.4. Completude e incompletude explicativa. Variedades de incompletude explicativa. Identificação de incompletudes explicativas.
3.1.5. A estratégia da "estrutura escondida".
3.1.6. Elucidação do conceito de definição de um conceito: a definição de um conceito como a apresentação do conjunto de condições necessárias e suficientes à sua satisfação.
3.1.6.1. O modelo hempeliano de explicação concebido como uma definição do conceito de explicação científica.
4. Críticas ao modelo Hempeliano de explicação científica.
4.1. As críticas que alegam insuficiência.
4.1.1. A crítica da irrelevância.
4.1.2. A crítica da assimetria.
III. Explicação - 2
23 Outubro 2025, 11:00 • António José Teiga Zilhão
2.1.2. A Explicação Estatístico-Indutiva
2.1.2.1. Caracterização geral do modelo de explicação estatístico-indutiva.
2.1.2.1.1. Exemplos.
2.1.2.1.2. Os Problemas da Ambiguidade Explicativa e da Ambiguidade Epistémica na Explicação Estatístico-Indutiva.
2.1.2.1.2.1. Caracterização exaustiva dos mesmos.
2.1.2.1.2.2. Desvantagens do recurso ao Requisito da Evidência Total (RET), proposto por Carnap, como modo de resolução do problema da ambiguidade epistémica no âmbito da explicação estatístico-indutiva.
2.1.2.1.2.3. Introdução por Hempel do Requisito da Especificidade Máxima (REM) como modo alternativo e mais vantajoso de resolução do problema da ambiguidade epistémica na explicação estatístico-indutiva.
2.1.2.1.3. O carácter não conjuntivo da Explicação Estatístico-Indutiva.
2.1.2.1.3.1. Ilustração do problema por meio de exemplos.