Sumários

IV. O Problema da Indução - 3

13 Novembro 2025, 11:00 António José Teiga Zilhão

3. A resposta kantiana ao problema da indução, tal como formulado por Hume

3.1. Exposição da resposta kantiana a Hume.
3.2. Análise crítica da resposta kantiana a Hume.


IV. O Problema da Indução - 2

10 Novembro 2025, 11:00 António José Teiga Zilhão

2. Distinção entre os planos normativo e descritivo na discussão acerca do problema da indução.


2.1. O carácter descritivamente insatisfatório do Princípio da Uniformidade da Natureza (PUN), tal como introduzido por Hume.

2.2. O Novo Enigma da Indução (NEI), introduzido por Nelson Goodman, como uma dramatização das dificuldades descritivas envolvidas na formulação humeana do PUN: exposição e análise.

2.2.1. A conclusão de Goodman: há uma interdependência entre qualquer diagnóstico de mudança/permanência e os sistemas de predicados usados para caracterizar a realidade natural subjacente. 

2.2.2. A distinção introduzida por Goodman entre sistemas de predicados projectáveis e sistemas de predicados improjectáveis.

2.2.2.1. A reconstrução do problema da indução feita por Goodman: como determinar regras ou critérios de projectabilidade que nos permitam distinguir entre predicados cientificamente aceitáveis (projectáveis) e predicados cientificamente inaceitáveis (improjectáveis)?

2.2.2.2. A noção goodmaniana de entrincheiramento.


Seminário História e Filosofia das Ciências

6 Novembro 2025, 11:00 António José Teiga Zilhão

Conferência: Fronteiras da Consciência


IV. O Problema da Indução - 1

3 Novembro 2025, 11:00 António José Teiga Zilhão

1. O Problema da Indução 
1.1. Apresentação e análise do argumento original, tal como exposto por David Hume.  
1.1.1. Métodos de determinar a verdade de proposições acerca de matérias de facto: a observação e a inferência.
1.1.2. O problema da determinação inferencial da verdade de proposições acerca de matérias de facto não observadas a partir de proposições verdadeiras acerca de matérias de facto observadas: estas últimas nem legitimam o estabelecimento da verdade das premissas maiores necessárias ou à produção de argumentos dedutivos válidos (por Modus Ponens ou silogismo BARBARA) ou à produção de silogismos estatísticos válidos que contenham as conclusões desejadas, nem podem respeitar as condições que determinariam a validade de uma qualquer generalização estatística (nomeadamente, o respeito pela condição da selecção ao acaso da amostra).

1.1.3. O Princípio da Uniformidade da Natureza (PUN). i) a caracterização do mesmo por Hume; ii) como Hume mostra, a inclusão do PUN como premissa extra numa inferência indutiva permitiria validá-la logicamente.
 
1.1.4. O problema de como justificar a verdade do PUN: não sendo o PUN uma verdade conceptual nem objecto de observação, a verdade do PUN só pode ser justificada inferencialmente.
1.1.5. Mas qualquer procedimento imaginável para justificar inferencialmente a verdade do PUN  é necessariamente circular, uma vez que não pode prescindir de fazer apelo ao tipo de inferência indutiva que o PUN pretende fundamentar. 
1.1.6. As Conclusões de Hume: i) as inferências indutivas não podem ser justificadas racionalmente; ii) mas não podemos prescindir delas, dada a sua manifesta utilidade; iii) são os nossos hábitos e costumes naturais que constituem a validação última das inferências indutivas, e não uma qualquer justificação racional das mesmas.


III. Explicação - 4

30 Outubro 2025, 11:00 António José Teiga Zilhão

4. Críticas ao modelo Hempeliano de explicação científica (cont.)

4.2. As críticas que alegam desnecessidade.
4.2.1. A crítica de que existiriam inúmeras explicações satisfatórias que não fariam apelo a quaisquer leis. 
4.2.2. a crítica de que existiriam explicações E.-I. válidas nas quais a probabilidade indutiva de a conclusão ser verdadeira, dadas as premissas, seria baixa (i.e., inferior a 0,5). 
4.3. Respostas de Hempel às críticas.
4.3.1. Resposta de Hempel às críticas da desnecessidade mencionadas em 4.2.1: o que distingue uma narrativa sequencial explicativa de uma narrativa sequencial não explicativa é o facto de a primeira, ao contrário da segunda, remeter para regularidades subjacentes conhecidas; nestes casos, não estando expressa, uma lei (ou esquema nómico) está implícita. 
4.3.2.  Resposta de Hempel às críticas da desnecessidade mencionadas em 4.2.2.: os argumentos E.-I. com as características apontadas são um reflexo da nossa ignorância; trata-se de explicações incompletas e não de explicações que remeteriam para um conceito de explicação distinto do conceito definido no modelo das leis de cobertura. 

5. Alguns problemas suscitados pelas respostas de Hempel

5.1. Como determinar qual é a explicação completa veiculada por uma explicação incompleta? Onde parar na cadeia explicativa?
5.2.  Se o objectivo de uma explicação é providenciar compreensão, como é possível considerar explicativa uma explicação completa, supostamente subjacente a uma explicação incompleta dada, que se encontre formulada em termos que são epistemicamente inacessíveis àquele que forneceu a explicação incompleta?