Sumários

Férias da Páscoa

23 Abril 2019, 12:00 António José Teiga Zilhão

Férias da Páscoa


VI. Livre Arbítrio - 3

16 Abril 2019, 12:00 António José Teiga Zilhão

2. Argumentos Incompatibilistas e Contra-argumentos Compatibilistas aos mesmos.  

2.2. Argumento incompatibilista baseado no Princípio da Responsabilidade Última (PRÚ):

 i) A satisfação do Princípio da Responsabilidade Última (PRÚ) como uma condição necessária para que tenhamos livre arbítrio; ii) A satisfação do Princípio da Responsabilidade Última (PRÚ) como uma condição necessária para que seja possível atribuir responsabilidade moral aos agentes humanos; iii) A defesa pelo libertismo naturalista da tese de que, se o determinismo é verdadeiro, então o PRÚ não pode ser satisfeito; iv) A defesa pelo libertismo naturalista de que é uma tese empírica que os agentes humanos normais são, de facto, dotados de responsabilidade moral e de que, portanto, o PRÚ tem que ser verdadeiro; v) A conclusão libertista de que o determinismo é falso e, logo, o indeterminismo é verdadeiro; vi) O desafio que se coloca ao libertismo naturalista: como mostrar que o indeterminismo naturalista sustenta a verdade do PRÚ e, logo, possibilita que tenhamos livre arbítrio?; vii) A proposta positiva de R. Kane: a introdução do conceito de 'self-forming acts' e de uma teoria acerca dos mesmos; viii) Conclusão: a existência dos 'self-forming acts' permitiria que o PRÚ fosse verdadeiro e tornaria o indeterminismo naturalista compatível com o livre arbítrio.


2.2.1. A resposta compatibilista (de Dennett) ao Argumento incompatibilista baseado no Princípio da Responsabilidade Última (PRÚ):

A teoria dos 'self-forming acts' de Kane é uma solução implausível para um problema inexistente:  i) O problema é inexistente: o argumento libertista que procura fundamentar o PRÚ nos 'self-forming acts' seria logicamente análogo ao 'Argumento do Mamífero Primeiro', o qual pretenderia provar que, para poderem existir mamíferos, teria que ter existido um mamífero primeiro; mas, obviamente, para que existam mamíferos hoje, não tem que ser o caso que tenha jamais existido um mamífero primeiro;  ii) A solução é implausível: o apelo para uma faísca indeterminista original que alegadamente se manifestaria nos 'self-forming acts' seria, na realidade, irrelevante, senão mesmo contraproducente, como fundamento para a atribuição de responsabilidade moral a quaisquer agentes; iii) Conclusão: o indeterminismo seria ainda menos compatível com a existência em nós de livre arbítrio do que o determinismo. 


VI. Livre Arbítrio - 2

12 Abril 2019, 12:00 António José Teiga Zilhão

2. Argumentos Incompatibilistas e Contra-argumentos Compatibilistas aos mesmos. 

2.1. Argumento incompatibilista baseado no Princípio das Possibilidades Alternativas (PPA): 

i) se temos livre arbítrio, então o PPA é verdadeiro; ii) se o determinismo é verdadeiro, então o PPA é trivialmente falso; iii) o comportamento do senso comum e o modo como entendemos as nossas próprias acções apoia-se sobre a suposição de que o PPA é trivialmente verdadeiro; iv) logo, a hipótese de que o determinismo seria verdadeiro choca (no mínimo) com o senso comum e põe em causa (no mínimo) o modo como entendemos as nossas próprias acções; v) por contraste, a suposição de que temos livre arbítrio deixa-se facilmente harmonizar com o senso comum e com o modo como entendemos as nossas próprias acções.  

2.1.1. Contra-argumento compatibilista ao argumento incompatibilista baseado na verdade do Princípio das Possibilidades Alternativas (PPA): 

i) é necessário distinguir entre o princípio metafísico da causalidade e o axioma físico da causalidade; ii) a verdade do PPA só é trivialmente contraditória com a hipotética verdade do determinismo quando o PPA é interpretado à luz do princípio metafísico da causalidade; iii) quando o PPA é interpretado à luz do axioma físico da causalidade, a sua verdade não é contraditória com a hipotética verdade do determinismo; iv) a suposição do senso comum de que o PPA seria trivialmente verdadeiro decorre da interpretação desse princípio à luz do axioma físico da causalidade e não à luz do princípio metafísico da causalidade; v) logo, nem a verdade do PPA, nem a existência de livre arbítrio, nem o senso comum, nem o  modo como entendemos as nossas próprias acções, têm que ser contraditórios com a possível verdade do determinismo.


VI. Livre Arbítrio - 1

9 Abril 2019, 12:00 António José Teiga Zilhão

1. Livre Arbítrio e Determinismo. 

1.1. Compatibilismo e Incompatibilismo
1.2. O problema do determinismo: definições de determinismo de Laplace e de van Inwagen; 
1.3. Universos deterministas, universos indeterministas e universos caóticos; 
1.4. Consequências contra-intuitivas do determinismo;
1.5. Indeterminismo no mundo micro e determinismo no mundo macro; a questão do livre arbítrio como uma questão do mundo macro;
1.6. O conceito dennetteano de um Universo Democriteano: análise  do problema do determinismo no contexto da análise de universos democriteanos; 
1.7. Determinismo, complexidade, horizonte epistémico humano e incerteza. 


V. Consciência - 2

5 Abril 2019, 12:00 António José Teiga Zilhão

Experimentos conceptuais com fenomenologias invertidas. Origem dos mesmos em John Locke no seu 'Essay', no âmbito de uma discussão em torno do cepticismo semântico. Sua reintrodução no contexto da Filosofia da Mente contemporânea: 1) O experimento da colocação de lentes de contacto inversoras do espectro luminoso seguida de amnésia (de Sidney Shoemaker); 2) O experimento da Terra Invertida (de Ned Block). Conclusão de ambos estes experimentos: os  qualia não parecem ser caracterizáveis no âmbito de uma descrição puramente naturalista da mente. Tentativa de encontrar uma resposta naturalista à extracção destas conclusões a partir destes experimentos: a tese de que a percepção seria transparente ou diáfana, de, entre outros, Dennett, Putnam e Travis.