Sumários
Antropologia Ecológica e Ecologia do Neoliberalismo Global
10 Maio 2018, 10:00 • Luís Filipe Sousa Barreto
Teses fundamentais de Umesao Tadao
(1920-2010). Civilização (bunmei) e Cultura (bunka) como totalidade-parte e a
Civilização Japonesa. A dualidade complementar japonesa do
"continental" e do "oceano”. Limites e limitações da
classificação Ocidente-Oriente. O ESTATUTO DA INDIA- IRÃO. As zonas I e
II no diagrama ecológico das civilizações. Condições preferenciais de
civilização avançada e o presente e futuro do Japão.
Os caminhos da China no século XXI segundo Wang Hui. O fim do século passado em
1989 (acontecimentos de Pequim, queda do muro de Berlim, política de implosão
da URSS).Os anos de 1989-1990 como emergência do século XXI que é o do triunfo,
económico e politico, do Neoliberalismo Global.
O caso chinês como diferença, equilíbrio com uma "certa continuidade”,
frente às rupturas catastróficas de Berlim e de Moscovo.
Características do neoliberalismo chinês: o papel interno e externo, fundamental
do Estado e a gradativa redução do capital-coerção estatal.
W. Tetsurô e Tadao Umesao
8 Maio 2018, 10:00 • Luís Filipe Sousa Barreto
Aula 19
08-05-2018
Os textos, originalmente, de 1929, de Watsuji Tetsurô (1889-1960) acerca do
“Caracter Tufónico” da condição japonesa e da Arte como expressão ambiental.
As teses fundamentais sobre a condição existencial humana como tipo ambiental. A condição de monção, partilhada por Índia, Ásia do Sueste, partes da China e do Japão, como “receptiva” e “dócil”. A diferença nipónica nesta regularidade como excesso repentino. A prática e sensibilidade nipónicas como ambivalência de dócil, resistente, combativo. Dualidades fundamentais de tropical e boreal, chuva de verão e neve, arroz e trigo, bambu e(m) neve. Casa e família na tipologia japonesa. A arte japonesa como expressão ambiental: composição e momento (em torno do jardim, pintura, música).
Tadao Umesao e o Diagrama Ecológico global das civilizações. Repensar Ocidentes-Orientes e fundamentar antropologicamente constantes, comuns, especificidades.
Nomear dalgumas figuras contemporâneas do pensamento social japonês: Kenichi Ohmae e o local/global da economia política, Kojin Karatani e repetição e fases no capitalismo global.
Alguma bibliografia mencionada:
Song Kiho – The Clash of Histories in East Asia, Seoul, N. A. H. Foundation, 2010
Tsui – Jung Liu e James Beattie (ed.) – Environment, Modernization and East Asia: perspectives from environmental History, Londres, Palgrave, 2016
Fûdo de W. Tetsuro e ponto de situação dos trabalhos
3 Maio 2018, 10:00 • Luís Filipe Sousa Barreto
Aula 18
03-05-2018
Os três tipos gerais de Meio: Monção, Deserto, Planície. As constantes
hegemónicas: humidade, secura, e a síntese entre humidade e secura. Ideias, ideais,
instituições relacionadas com os três meios. Docilidade e humidade ( India e
Ásia do sueste ). A secura dos oceanos de areia, a ausência de habitantes e de
vida como fundamento do Deus monoteísta de judaísmo, cristianismo, islão. Particularidades
da Monção na China e Japão. O carácter tufónico e a unidade estética do
pensamento japonês. Formas de Jardim, de fazer corpo e mente
e Meio-Ambiente.
A Antropologia Filosófica de Watsuji Tetsurô
26 Abril 2018, 10:00 • Luís Filipe Sousa Barreto
Aula 17
26-04-2018
Watsuji Tetsurô (1889-1960) e o “Fûdo. Ningengaguteki Kôsatsu”, Tóquio, Shoten, 1935 (“O Meio. Estudo Humanológico”). Breves dados bibliográficos e acerca da vida académica (Alemanha e Universidades de Kyoto e Tóquio). As traduções “Ocidentais” nos séculos XX e XXI.
A estrutura dos cinco capítulos de “Fûdo” e a sua relevância como Antropologia Ecológica – Histórico Cultural.
Leitura comentada de passagens chave da “Teoria Fundamental do Meio”. A condição humana como temporoespacialidade intencional e relacional: “a estrutura espaçotemporal da existência humana”. O “Meio” como um ao mesmo tempo feito e fazer dos humanos. O meio como realidade exterior subjectivada/ objectivada / (humanamente): “O Meio é o modo de fazer do próprio humano”. Meio, intencionalidade e relacionamento: “o meio é inseparável da história”. O meio como “corpo social” de sensações/percepções (ter frio), como arquitectura, vestuário, como linguagem e tipos sociais e individuais. O Meio somos “nós” / ”eu” fazendo-se vida/mundo. O ambiente como possibilidade potenciada/estilizada em processo de transformação/definição.
Alguma bibliografia mencionada:
“Fûdo”, trad. de A. Berque, Paris, CNRS, 2011
Ingold, Tim – “Lines”, Londres, Routledge, 2007.
N. Hasegawa e o Padrão Cultural Japonês
24 Abril 2018, 10:00 • Luís Filipe Sousa Barreto
Aula 16
24-04-2018
A propósito da inauguração da exposição na Faculdade, dia 26 às 18H00, sobre a “Rota da Seda”. As categorias “Rotas da Seda”/1877 e “Eurásia/1858 e a passagem de analíticas da geografia, história, C. Sociais, nos séculos XIX e XX, a objetivos reais geoestratégicos no S. XXI: vias de globalização. A “Antropologia Ecológica” de Tim Ingold: breves elementos críticos com leitura comentada de conceitos chave.
Nyozekan Hasegawa e a formação cultural japonesa como diferença essencial frente às culturas continentais da China, Índia, Irão. O peso da educação, oral e visual, na cultura japonesa. Formas de vida que exprimem a singularidade nipónica: a literatura, Murasaki Shikibu (c. 978-c. 1014) e o “Genji Monogatári”.
Bibliografia mencionada
Frankopan, Peter – “The Silk Roads. A new history of the world”, Londres, Bloomebury, Londres, 2015
Ingold, Tim – “The Perception of Environment”, Londres, Routledge, 2000
Lorenz, Konrad – “The Foundations of Ethology”, N. Iorque, Simon, 1982