Sumários
A República: patrícios e plebeus: do conflito ao compromisso – a formação da nobilitas.
18 Fevereiro 2025, 11:00 • Rodrigo Furtado
I. A sociedade:
| Cidadãos Romanos | Não Cidadãos Romanos | Livres | Não Livres |
Ingénuos (= homens nascidos livres) | x | x | x |
|
Peregrinos |
| x | x |
|
Libertos | x |
| x |
|
Escravos |
| x |
| x |
II. Cidadão.
1. Deveres: recenseamento, serviço militar, imposto (até 187 a.C.)
2. Direitos: voto, eleição, sacerdócio, justiça, apelo, casamento, propriedade.
3. Os libertos e as limitações de direitos.
III. Para compreender a origem da aristocracia política romana.
- Quem são os patrícios e plebeus no século V a.C.?
IV. Uma primeira fase: institucionalizar a divisão.
1 Processo político: as duas secessões da plebe (494; 449 a.C.) – protestar, reivindicar?
2 Diz que é uma espécie de sindicato: tribunos e edis da plebe; os concilia plebis e os plebiscitos.
V. Da divisão ao compromisso.
1 O compromisso Licínio/Sextio (367 a.C.): o consulado patrício-plebeu
2 A abertura das magistraturas: edis curuis (364), pretores (356), censores (351), pontifex maximus (300).
3 Lei Hortênsia (287 a.C.): a universalidade dos plebiscitos.
4 A constituição da nobilitas senatorial: a liderança da República.
Rodrigo Furtado
Bibliografia Sumária
Raaflaub, K. (2006), ‘Between myth and history: Rome’s rise from village to empire (the eight century to 264)’, A Companion to the Roman Republic, Malden, Oxford, Victoria, 125-146.
………………………………………
Alföldy, G. (1989), A História Social de Roma, Lisboa.
Fayer, C. (2005), La familia romana: aspetti giuridici ed antiquari, Roma.
Flower, H. I. (1996), Ancestors masks and aristocratic power in Roman culture, Oxford.
Gelzer, M. (1969), Roman nobility, Oxford.
Hölkeskamp, K.-J. (1987), Die Entstehung der Nobilität. Stuttgart.
Hölkeskamp, K.-J. (2004), ‘Under Roman roofs: family, house, and household’, The Cambridge companion to the Roman republic, Cambridge, 113-138.
Münzer, F. (1920), Römische Adelsparteien und Adelsfamilien, Suttgart (trad. ingl. Roman Aristocratic Parties and Families, Baltimore and London, 1999rev.).
Raaflaub, K., ed. (20052), Social struggles in archaic Rome, Malden, Oxford, Victoria.
Rawson, B., ed. (2011), A companion to families in the Greek and Roman worlds, Malden, Oxford, Victoria.
Rodrigues, N. S. (2015), ‘Dos «conflitos de ordens» ao estado patrício-plebeu’, Historia de Roma Antiga 1, Coimbra, 69-102.
Introdução à História de Roma
17 Fevereiro 2025, 14:00 • Martim Nunes França Aires Horta
Introdução à História de Roma.
Conceitos fundamentais. Antiguidade, História Antiga, História Clássica, Estudos Clássicos, Ocidente.
Eurocentrismo e a sua contestação. O legado da Antiguidade Greco-Romana. Processos de Orientalização.
Indicadores de desenvolvimento económico e social do mundo Greco-Romano.
Geografia e Ecologia de Itália e do Mediterrâneo Antigo.
O povoamento de Roma entre 1000-500 a.C.: A fundação da Cidade, o mito e a arqueologia.
13 Fevereiro 2025, 11:00 • Rodrigo Furtado
I. Uma geografia singular?
1. A diversidade da Itália pré-romana.
2. No norte do Lácio, nas margens do Tibre; água doce; a via Salaria; a insula Tiberina; o mar. A comunicação entre a Etrúria e a Campânia.
3. A ‘fundação’. A data: Fábio Pictor (747 a.C.); Catão (751 a.C.); Varrão (753 a.C.). O povoamento: cerca de 1000 a.C.
4. Entre o Palatino, o Esquilino, o Aventino e o Quirinal: quantas comunidades? O forum boarium.
5. À conquista do vale: a urbanização da cidade no século VI.
II. Uma encruzilhada étnica: Latinos e Sabinos; Etruscos e Gregos.
1. A reboque da Etrúria e da Campânia: os primeiros sinais de desenvolvimento desde final do s. IX.
ca. 500 a.C.
2. A ‘monarquia latino-sabina’: Rómulo, Numa Pompílio, Tulo Hostílio, Anco Márcio. Paradigmas de representação.
3. A monarquia etrusca: Tarquínio Prisco, Sérvio Túlio, Tarquínio Soberbo.
4. A tese tradicional: o domínio etrusco: significado político e civilizacional. A tese de T. J. Cornell: a koinê cultural do mar Tirreno.
III. Hollywood em Roma (Forsythe, 2005, 79).
1. A violação de Lucrécia e o paralelismo com o affair Harmódio-Aristogiton-Hiparco.
Rodrigo Furtado
Bibliografia Sumária
Raaflaub, K. (2006), ‘Between myth and history: Rome’s rise from village to empire (the eight century to 264)’, A Companion to the Roman Republic, Malden, Oxford, Victoria, 125-146.
………………………………………
Carandini, A. (2007), Roma. Il primo giorno, Roma.
Cornell, T. J. (1995), The Beginnings of Rome: Italy and Rome from the Bronze Age to the Punic Wars (c. 1000–264 B.C.). London and New York.
Forsythe, G. (2005), A critical history of early Rome: from Prehistory to the first Punic war, Berkeley, Los Angeles.
Grandazzi, A. (1991), La fondation de Rome. Réflexion sur l’histoire, Paris.
Grandazzi, A. (2008), Alba Longa: histoire d’une légende: recherches sur l’archéologie, la religion, les traditions de l’ancien Latium, Rome.
Holloway, R. R. (1994), The Archaeology of Early Rome and Latium, London.
Meier, J.C. (1983), Pre-Republican Rome: An Analysis of the Cultural and Chronological Relations 1000–500 B.C., Odense.
Smith, C. (2000), ‘Early and archaic Rome’, Ancient Rome. The archaeology of the eternal city, Oxford, 16–41.
Storey, G. R. (1999), ‘Archaeology and Roman society: integrating textual and archaeological data’, Journal of Archaeological Research 7(3): 203-243.
Introdução à História de Roma
12 Fevereiro 2025, 14:00 • Martim Nunes França Aires Horta
Roma como objecto de inquirição desde a Antiguidade. Políbio e a “constituição mista”.
A Historiografia Romana e as suas linhas gerais. A tradição analística e os antiquários.
Textos discutidos em aula:
Políbio, Histórias, 1.1-5. (séc. II AEC)
Salústio, Catilina, 1-14 (sécs I AEC - I EC)
Tácito, Anais, 1.1-1.4 (séc. I-II)
Agostinho, Cidade de Deus, 1.1-1.4 (séc. IV)
Zósimo, Nova História, 1.1-1.2, 2.1-2.8 (séc. V)
Apresentação. Avaliação. Bibliografia. O espaço e o tempo da História da Antiguidade Clássica (Roma).
11 Fevereiro 2025, 11:00 • Rodrigo Furtado
| 1. Programa |
PARTE I
Política e Sociedade Romanas: a diacronia.
1. O povoamento de Roma entre 1000-500 a.C.: a fundação da Cidade, o mito e a arqueologia.
2. A República: patrícios e plebeus: do conflito ao compromisso - a formação da nobilitas.
3. Da cidade ao orbe: o domínio de Itália, as guerras púnicas e o Egeu– uma revolução geopolítica.
4. Governar o Mediterrâneo como uma cidade: a quadratura do círculo. Optimates/populares: programas.
5. Os Gracos e Mário: a ruptura do consenso e o debate sobre a “constituição” da República.
6. Sula, Pompeio e César: o assalto ao poder e o combate pela República.
7. Os dois triunviratos e os Idos de Março: os últimos dias da República?
8. A vitória de Augusto e a restauração da República: entre a monarquia e a civilidade.
9. O principado romano: quatro dinastias; o senado; a guarda pretoriana; as legiões.
10. Houve alguma crise no século III? Cinquenta anos alucinantes e a solução (?) da tetrarquia.
11. A Antiguidade tardia: o Império Cristão. Variações ideológicas em torno da teocracia.
Leituras:
i. K. A. Raaflaub (2006), ‘Between myth and history: Rome’s rise from village to empire (the eight century to 264)’, A Companion to the Roman Republic, Malden, Oxford, Victoria, 125-146.
ii. M. Beard (2015), SPQR. A history of ancient Rome, London, 169-296.
iii. W. J. Tatum (2006), ‘The final crisis (69-44)’, A Companion to the Roman Republic, Malden, Ox., Victoria, 190-211.
iv. D. S. Potter, (2006), ‘The Transformation of the Empire: 235-337 CE’, A Companion to the Roman Empire, Malden, MA, Oxford, Victoria, 153-174.
PARTE II
I. A República Romana era democrática?
12. O commentariolum petitionis ou como ganhar eleições em Roma: a República romana era democrática?
13. The frozen waste theory e a reacção democrática: o (im)possível lugar ideológico do populus Romanus.
14. A estrutura política: tipologia e poderes das instituições da Respublica.
15. O Senado republicano: composição, poderes e fragilidades. A responsabilidade senatorial no séc. I a.C.
Leituras:
a) Fontes:
i. Q. Cícero, Breve manual de campanha eleitoral
b) Bibliografia:
i. W. J. Tatum, Quintus Cicero. A brief handbook of canvassing for office (2018), 4-48.
ii. W. J. Tatum (2009), ‘Roman democracy?’, A companion to Greek and Roman political thought, Malden, MA, Oxford, Victoria, 214-227.
iii. J. A. North (2006), ‘The constitution of the Roman Republic’, A Companion to the Roman Republic, Malden, Oxford, Victoria, 256-277.
iv. R. W. Wallace (2015), ‘The Practice of Politics in Classical Athens, and the Paradox of Democratic Leadership’, A Companion to Greek Democracy and the Roman Republic, Malden, Oxford, Victoria, 241-256.
II. Como é que Roma foi capaz de conquistar e dominar todo o Mediterrâneo?
16. Um problema político-cultural: as Histórias de Políbio e a necessidade de explicar o inexplicável.
17. Conquista de Itália e organização provincial: recursos humanos/financeiros; organização do território.
18. O Imperador no seu mundo: a máquina administrativa romana do Principado – vantagens e fragilidades.
19. Romanização, Local Romanness and Central Romanness – processos de negociação de identidade.
Leituras:
a) Fontes:
i. Políbio, Histórias 6.
b) Bibliografia:
i. W. Scheidl (2019), Escape from Rome: The Failure of Empire and the Road to Prosperity, Princeton, 51-123.
ii. K. Hopkins (2009), ‘The political economy of the Roman Empire’, The dynamics of ancient empires. State power from Assyria to Byzantium, Oxford, 178-204.
iii. M. Goodman (1997), The Roman World. 44 BC-AD 180, London, New York, 100-112.
iv. W. Pohl (2018), ‘Introduction: Early medieval Romanness – a multiple identity’, Transformations of Romanness. Early Medieval Regions and Identities, Berlin/Boston, 3-39.
III. O que é um imperador?
20. As Res gestae: o testamento ideológico de Augusto entre a monarquia e a civilidade.
21. O principado augustano: um rei? Um cidadão?
22. Um regime em experimentação contínua: o problema sucessório na construção do Principado.
23. O que deve ser um imperador? As Vidas de Calígula e de Vespasiano de Suetónio.
Leituras:
a) Fontes:
i. Res gestae diui Augusti.
ii. Suetónio, Vida de Calígula; Vida de Vespasiano.
b) Bibliografia:
i. E. S. Gruen (2005), ‘Augustus and the making of the principate’, Cambridge Companion to the Age of Augustus, Cambridge, 33-52.
ii. M. Beard (2015), SPQR. A history of ancient Rome, London, 337-434.
iii. C. F. Noreña (2009), ‘The ethics of autocracy in the Roman world’, A companion to Greek and Roman political thought, Malden, MA, Oxford, Chichester-West Sussex, 266-279
2. Avaliação |
1. teste: 50%
1.ª Chamada: 27 de Março de 2025, à hora da aula, presencial.
Matéria: Parte I do Programa.
2.ª Chamada: 1 de Abril de 2025, à hora da aula, presencial.
Matéria: Parte I do Programa.
2. teste: 50%
1.ª Chamada: 29 de Maio de 2025, à hora da aula, presencial.
Matéria: Parte II do Programa.
2.ª Chamada: 6 de Junho de 2025, em sala a determinar, presencial.
Matéria: Parte II do Programa.